terça-feira, 15 de dezembro de 2020

LÍNGUA PORTUGUESA


ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12

ATIVIDADES

 

 

Atividade de língua inglesa  – semana 14/12 – 18/12

4º bimestre

 

Atividade que vale como avaliação do 4º bimestre e recuperação!

Para os alunos que ainda não fizeram, entrar no link, colocar nome e série, responder as questões e clicar em enviar:

 

https://forms.gle/tDPYkn7E4Hrgtv5u8

 

ou

 

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScW1zKxQzcJER2c0GlZVReWtutM

70K5x06lGOl4KopafxrOaw/viewform?usp=sf_link

 

Prazo de entrega: 17/12/2020

 

Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroomSe não conseguir por uma dessas plataformas pode mandar no whatsapp do professor.

 

Lembrando: Gabarito da “Avaliação Diagnóstica de Retorno” – Enviar para o Benilton ou levar a prova feita na escola.

 

 

Leitura obrigatória do bimestre: “O ateneu” de Raul Pompeia.

 

Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000297.pdf 

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12

ATIVIDADES

 

 

Atividade semana 07/12 – 11/12

4º bimestre

 

Atividade que vale como avaliação do 4º bimestre e recuperação!

 

Entrar no link, responder as questões e clicar em enviar:

 

https://forms.gle/tDPYkn7E4Hrgtv5u8

 

ou

 

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScW1zKxQzcJER2c0GlZV

ReWtutM70K5x06lGOl4KopafxrOaw/viewform?usp=sf_link

 

Prazo de entrega: 12/12/2020

 

Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom. Se não conseguir por uma dessas plataformas pode mandar no whatsapp do professor.

 

 

Leitura obrigatória do bimestre: “O ateneu” de Raul Pompeia.

 

Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000297.pdf 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12

ATIVIDADES

 

 

Atividade   – semana 30/11 - 04/12

4º bimestre

 

Entrar no link, responder as questões e clicar em enviar:

 

https://forms.gle/gAyoPgfc9yLAUfqp6

 

ou

 

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScW1zKxQzcJER2c0GlZVReWtut

M70K5x06lGOl4KopafxrOaw/viewform?usp=sf_link

 

Prazo de entrega: 05/12/2020

 

Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom. Se não conseguir por uma dessas plataformas pode mandar no whatsapp do professor.

 

 

Leitura obrigatória do bimestre: “O ateneu” de Raul Pompeia.

 

Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000297.pdf 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 23/11 -27/11

4ºBimestre

 

Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

Prazo de entrega 30/11/2020

 

 

Leitura do livro “O ateneu” de Raul Pompeia.

 

Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000297.pdf  

 

O professor irá mandar o livro em formato digital via whatsapp e classroom.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11

PREZADO ALUNO, 

APLICAÇÃO  DA AVALIAÇÃO  PROCESSUAL,  TERÁ  INICIO , EM 13/11 ATÉ  23/11/2020,SERÁ  ON LINE.
INFORMAMOS DA OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO  DA REFERIDA AVALIAÇÃO, PARA EFEITO DE  MÉDIA  FINAL DO ANO LETIVO DE 2020.
💢A AVALIAÇÃO  CONSTITUE DE 26 QUESTÕES  DE PORTUGUÊS  E 26 DE MATEMÁTICA 
💢SIGA  AS INSTRUÇÕES  PASSO A PASSO PARA ACESSAR A AVALIAÇÃO:
💢ENTRAR NA SED-SECRETARIA ESCOLAR DIGITAL 
https://sed.educacao.sp.gov.br/
PREENCHA OS DADOS DE LOGIN E SENHA 
LOGIN: (NÚMERO  RA)
SENHA: DATA DE NASCIMENTO ( Se não mudou)
NO MENU, SELECIONE AS  OPÇOES:
💢  PEDAGÓGICO 
💢PLATAFORMA  CAED
CLIQUE EM CADERNO 
DE ATIVIDADES  DE PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
CLIQUE EM INICIAR,LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES,  ESCOLHA A RESPOSTA CORRETA, CLIQUE EM PRÓXIMO 
CHEGANDO NA ÚLTIMA QUESTÃO,  CLIQUE EM FINALIZAR. APÓS FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR  A PROVA.
APÓS  O INÍCIO  DA AVALIAÇÃO   O ALUNO PODERÁ  FINALIZAR EM ATÉ  48 HORAS CORRIDAS.
O ALUNO QUE NÃO  DISPOR DE RECURSOS  TECNOLÓGICOS,  PODERÁ  FAZER  A AVALIAÇÃO  NA ESCOLA,  NO HORÁRIO  DAS 8:00 ÀS 20: 00 HORAS  , COM OS COORDENADORES BENILTON  OU EDUARDO  SEGUINDO O PROTOCOLO DE SEGURANÇA CONTRA O COVID 
FONE ESCOLA: 3425-3044
3425-2107

OU PODERÁ  REALIZAR A AVALIAÇÃO  PELO APLICATIVO  CAED:
ABRIR O PLAY STORE GOOGLE
PESQUISAR  APLICATIVO:
💢CADERNOS DE ATIVIDADES DE SÃO  PAULO( CAED-UFJF)
CLIQUE  EM ENTRAR
DIGITAR RA E SENHA
APARECERÁ  AS OPÇÕES  DE AVALIAÇÃO  PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
LEIA COM ATENÇÃO , MARCANDO  UMA RESPOSTA
O TEMPO SERÁ  DE 48 HORAS  , PARA RESPONDER ÀS  QUESTÕES,  APÓS  TER  INICIADO O TESTE.
FINALIZAR
APÓS  FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR A PROVA.
CASO VOCÊ  TENHA QUALQUER DÚVIDA,  PEÇA  AJUDA AO SEU PROFESSOR 

💢💢💢💢💢💢💢💢


ALUNOS: NÃO DEIXE PARA ÚLTIMA  HORA , REALIZE O QUANTO ANTES A AVALIAÇÃO   ...
FAÇA  COM ATENÇÃO,  BOA PROVA

💢💢💢💢💢💢💢💢







 

 

-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas:

https://www.youtube.com/watch?v=j389erhv-QY

https://www.youtube.com/watch?v=oB6uaAx4Tek

ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 09/11 -13/11

4ºBimestre

 

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.

Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas:

 

prof.celso007@gmail.com

 

Colocar nome e série quando enviar perguntas ou atividades.

 

Prazo de entrega: 14/11/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.

Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.

 

 

Leia o conto para responder as questões de 1 a 13:

 

A Carteira

(Machado de Assis)

 

...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:

- Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.

- É verdade, concordou Honório envergonhado.

Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.

- Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa. - Agora vou, mentiu o Honório.

A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um processo, com que fundara grandes esperanças. Não só recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais.

D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.

Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha, criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos molhados; ficou espantada, e perguntou-lhe o que era.

 - Nada, nada.

Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da miséria. Mas as esperanças voltavam com facilidade. A ideia de que os dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto para a luta. Estava com trinta e quatro anos; era o princípio da carreira: todos os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a gastar, pedir fiado ou: emprestado, para pagar mal, e a más horas.

A dívida urgente de hoje são uns malditos quatrocentos e tantos mil-réis de carros. Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; e, a rigor, o credor não lhe punha a faca aos peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um gesto mau, e Honório quer pagar-lhe hoje mesmo. Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua da Assembleia é que viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando.

Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando andando, andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, -- enfiou depois pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.

Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro, muito dinheiro; não contou, mas viu duas notas de duzentos mil-réis, algumas de cinquenta e vinte; calculou uns setecentos mil réis ou mais; quando menos, seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas despesas urgentes. Honório teve tentações de fechar os olhos, correr à cocheira, pagar, e, depois de paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia consigo. Fechou a carteira, e com medo de a perder, tornou a guardá-la. Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar para quê? era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos... Mas por que não havia de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos; depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-lo a quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.

"Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do dinheiro," pensou ele.

Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?...

Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior; achou mais dous cartões, mais três, mais cinco. Não havia duvidar; era dele.

 A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo. Todo o castelo levantado esboroou-se como se fosse de cartas. Bebeu a última gota de café, sem reparar que estava frio. Saiu, e só então reparou que era quase noite. Caminhou para casa. Parece que a necessidade ainda lhe deu uns dous empurrões, mas ele resistiu.

"Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso fazer."

Chegando a casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado e a própria D. Amélia o parecia também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa.

- Nada.

- Nada?

- Por quê?

- Mete a mão no bolso; não te falta nada?

- Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou? - Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.

Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. Esse olhar foi para Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com a necessidade, era um triste prêmio. Sorriu amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a achara, deu-lhe as explicações precisas.

- Mas conheceste-a?

- Não; achei os teus bilhetes de visita.

Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriua, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.

 

 

1. Considerando que a perda de uma carteira é um acontecimento corriqueiro, qual poderia ter sido a intenção do autor ao escrever um texto a partir de um fato como esse?

 

2. O autor começa com a frase: ...DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Por que você acha que ele iniciou o conto com reticências e usando letras maiúsculas?

 

3. Diante da carteira encontrada, Honório se vê frente a um dilema: devolvê-la ou não. Relacione os motivos que poderiam influenciá-lo a ficar com a carteira e os que o levariam a procurar o dono.

 

4. Ao se referir ao personagem Gustavo, o autor novamente faz uso das reticências - Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa. Qual seria o motivo de o autor não ter revelado o sobrenome dessa personagem?

 

5. Volte ao texto e localize trechos em que há indícios que caracterizam os personagens e outros que descrevem suas ações. A partir dessas informações, o que se pode inferir sobre a conduta de cada um? a. Honório: b. D. Amélia: c. Gustavo C...:

 

6. Ao longo da narrativa, são citados alguns lugares (espaços físicos) onde se desenrola o enredo, mostrando a dinamicidade da história. Identifique-os e comente qual a contribuição desse recurso para a construção da narrativa.

 

7. Nesse conto, Machado de Assis emprega diferentes pontuações, no discurso direto. Identifique-o ao longo do texto e comente o porquê desse recurso

 

8. Temos, no texto, um narrador onisciente. Considerando o tom irônico do estilo machadiano, qual é a intencionalidade decorrente da escolha desse tipo de narrador?

 

9. O enredo se inicia no presente e depois volta ao passado. Esse recurso é chamado de digressão. Com que intenção o autor utilizou esse recurso?

 

10. Ao longo do texto, encontram-se palavras de pouco uso nos dias de hoje, como: mofinas, remisso, voragem e pilhérias. Você foi capaz de inferir o significado dessas palavras pelo contexto da obra ou foi necessário utilizar o dicionário? Comente.

 

11. Releia atentamente o trecho: “Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.” Este momento final do conto revelou ao leitor o conhecimento de um fato inesperado. Que fato é esse? Comente.

 

12. Em que sentido, pode-se dizer que o conto reflete o comportamento da sociedade atual?

 

13. Honório deixou-se vencer pela honestidade. Que motivo o levou a agir assim? Você faria o mesmo? Por que, hoje em dia, quem encontra algo de valor e devolve ao dono, torna-se notícia?

 

Após acabar a atividade leia o livro “Memórias póstumas de Brás Cubas” enviado no classroom pelo professor.

 

Se já acabou de ler o livro acima, leia o livro “O ateneu” de Raul Pompéia.

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 02/11 -06/11

4ºBimestre

 

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.

Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas:

 

prof.celso007@gmail.com

 

Colocar nome e série quando enviar perguntas ou atividades.

 

Prazo de entrega: 07/11/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.

Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.

 

Assista a aula do CMSP sobre essa atividade: https://www.youtube.com/watch?v=u_S-kaRai-w

 

 

1 - Quais ritmos musicais têm sua origem no Brasil?

 

2 - Você tem algum cantor ou grupo de samba de sua preferência?

 

3 - O que você sabe sobre o samba? (Se não sabe sobre, faça uma pesquisa e escreva o que encontrou)

 

4 - O que você sabe sobre Noel Rosa? (idem)

 

Leia a música de Noel Rosa:

Felicidade! Felicidade!

Minha amizade foi-se embora com você

Se ela vier e te trouxer

Que bom, felicidade que vai ser!

Trago no peito

O sinal duma saudade

Cicatriz de uma amizade

Que tão cedo vi morrer

Eu fico triste

Quando vejo alguém contente

Tenho inveja dessa gente

Que não sabe o que é sofrer

(Felicidade...)

 

O meu destino

Foi traçado no baralho

Não fui feito pra trabalho

Eu nasci pra batucar

Eis o motivo

Que do meu viver agora

A alegria foi-se embora

Pra tristeza vir morar

(Felicitá...)

 

5 - Qual é a sua opinião sobre esta letra de um samba de Noel Rosa?

 

6 – Agora leia o poema “O ‘adeus’ de Teresa”, de Castro Alves:

 

A vez primeira que eu fitei Teresa,

Como as plantas que arrasta a correnteza,

A valsa nos levou nos giros seus

E amamos juntos... E depois na sala

“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala

E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .

E da alcova saía um cavaleiro

Inda beijando uma mulher sem véus…

Era eu… Era a pálida Teresa!

“Adeus” lhe disse conservando-a presa

E ela, entre beijos, murmurou-me: “adeus!”

 

Passaram tempos… sec’los de delírio

Prazeres divinais… gozos do Empíreo…

... Mas um dia volvi aos lares meus.

Partindo eu disse — “Voltarei! descansa!...”

Ela, chorando mais que uma criança,

Ela, em soluços, murmurou-me: “adeus!”

 

7 -  Quais são as semelhanças quanto à forma dos dois textos?

 

8 - Quais são as diferenças em relação aos dois textos?

 

9 - Quais são as semelhanças e diferenças em relação ao desfecho da situação romântica em ambos os textos?

 

10 - Eu fico triste

Quando vejo alguém contente

Tenho inveja dessa gente

Que não sabe o que é sofrer”

 

Qual é a sua opinião em relação ao que o eu lírico afirma nesta estrofe da canção?

 

11 - Trago no peito

O sinal duma saudade

Cicatriz de uma amizade

Que tão cedo vi morrer”

 

A imagem da cicatriz representa qual ideia na canção?

 

12 -  “Trago no peito

O sinal duma saudade

Cicatriz de uma amizade

Que tão cedo vi morrer”

 

Qual é o efeito de sentido criado pelo uso da linguagem figurada nesta estrofe?

 

13 - Escreva um breve texto argumentativo mostrando como os dois textos retratam um destino trágico. (6 a 10 linhas)

Faça esta atividade no seu caderno e apresente-a ao seu professor.

 

 

 

 

 ATIVIDADES DA SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 26/10 -30/10

4ºBimestre

 

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.

Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas:

 

prof.celso007@gmail.com

 

Colocar nome e série quando enviar perguntas ou atividades.

 

Prazo de entrega: 31/10/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.

Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.

 

Assista a aula do CMSP sobre essa atividade: https://www.youtube.com/watch?v=m-0s1erEj5g

 

 

Leia o texto abaixo do livro “Senhora” de José de Alencar:

 

O Preço

Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela.

Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.

Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.

Era rica e formosa.

Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante.

Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor?

Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia.

Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.

Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina.

Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse.

Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta.

A convicção geral era que o futuro da moça dependia exclusivamente de suas inclinações ou de seu capricho; e por isso todas as adorações se iam prostrar aos próprios pés do ídolo.

Assaltada por uma turba de pretendentes que a disputavam como o prêmio da vitória, Aurélia, com sagacidade admirável em sua idade, avaliou da situação difícil em que se achava, e dos perigos que a ameaçavam.

[...]

 

Aprender Sempre, 2020. Caderno do professor, 2ª série, Vol. 3, p. 12. Fonte: ALENCAR, J. Senhora.

 

 

 

1 - Quais adjetivos são usados para descrever Aurélia?

 

_______________________________________________________.

 

Observe:

Comparação

Metáfora

Duas opulências (ser rica e formosa), que se realçam como a flor em vaso de alabastro.

As duas opulências são flor em vaso de alabastro.

 

 

 

2 - Transforme a comparação em metáfora.

 

a)

Comparação

Metáfora

Dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante.

 

b)

Comparação

Metáfora

Aurélia Camargo atravessou o firmamento da Corte como brilhante meteoro.

 

 

c)

Comparação

Metáfora

Uma turba de pretendentes disputava Aurélia como o prêmio da vitória.

 

d)

Comparação

Metáfora

(eles) Rendiam vassalagem a Aurélia como rainha desdenhosa.

 

 

3- De acordo com o exercício anterior, qual a diferença entre comparação e metáfora?

 

Leia outro fragmento do romance “Senhora”:

 

Noite de Núpcias de Aurélia e Fernando

 

Seixas ajoelhou aos pés da noiva; tomou-lhe as mãos que ela não retirava; e modulou o seu canto de amor, essa ode sublime do coração, que só as mulheres entendem, como somente as mães percebem o balbuciar do filho.    

A moça com o talhe languidamente recostado no espaldar da cadeira, a fronte reclinada, os olhos coalhados em uma ternura maviosa, escutava as falas de seu marido; toda ela se embebia dos eflúvios de amor, de que ele a repassava com a palavra ardente, o olhar rendido, e o gesto apaixonado.

— É então verdade que me ama?

— Pois duvida, Aurélia?       

— E amou-me sempre, desde o primeiro dia que nos vimos?

— Não lho disse já?

— Então nunca amou a outra?

— Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti...

Soerguendo-se para alcançar-lhe a face, não viu Seixas a súbita mutação que se havia operado na fisionomia de sua noiva. Aurélia estava lívida, e a sua beleza, radiante há pouco, se marmorizara.

— Ou de outra mais rica!... disse ela retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos dedos. A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir-lhe nos lábios como aço.

— Aurélia! Que significa isto?

— Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido.

— Vendido! exclamou Seixas ferido dentro d’alma.

— Vendido, sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica; sou milionária; precisava de um marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor estava no mercado; comprei-o. Custou-me cem contos de réis, foi barato; não se fez valer. Eu daria o dobro, o triplo, toda a minha riqueza por este momento. Aurélia proferiu estas palavras desdobrando um papel, no qual Seixas reconheceu a obrigação por ele passada ao Lemos. Não se pode exprimir o sarcasmo que salpicava dos lábios da moça; nem a indignação que vazava dessa alma profundamente revolta, no olhar implacável com que ela flagelava o semblante do marido. Seixas, trespassado pelo cruel insulto, arremessado do êxtase da felicidade a esse abismo de humilhação, a princípio ficara atônito.

Depois quando os assomos da irritação vinham sublevando-lhe a alma, recalcou-os esse poderoso sentimento do respeito à mulher, que raro abandona o homem de fina educação. Penetrado da impossibilidade de retribuir o ultraje à senhora a quem havia amado, escutava imóvel, cogitando no que lhe cumpria fazer; se matá-la a ela, matar-se a si, ou matar a ambos. Aurélia como se lhe adivinhasse o pensamento, esteve por algum tempo afrontando-o com inexorável desprezo.

— Agora, meu marido, se quer saber a razão por que o comprei de preferência a qualquer outro, vou dizê-la; e peço-lhe que me não interrompa. Deixe-me vazar o que tenho dentro desta alma, e que há um ano a está amargurando e consumindo.

A moça apontou a Seixas uma cadeira próxima.

— Sente-se, meu marido.

Com que tom acerbo e excruciante lançou a moça esta frase meu marido, que nos seus lábios ríspidos acerava-se como um dardo ervado de cáustica ironia! Seixas sentou-se. Dominava-o a estranha fascinação dessa mulher, e ainda mais a situação incrível a que fora.

 

4 - Como a expectativa de Fernando Seixas se transforma em uma discussão entre o casal?

 

5 - Em que momento Seixas se dá conta de que sua expectativa não se realizará?

 

 

6 - Para construir a transição na narrativa, José de Alencar faz uso de recursos expressivos muito comuns nos textos literários da época, como descrição detalhada, com uso de adjetivos ou locuções adjetivas.

Veja alguns exemplos retirados do texto:

“olhos coalhados”

“inexorável desprezo”

“tom acerbo e excruciante”

“eflúvios de amor”

 

Qual efeito de sentido o uso de adjetivos e locuções adjetivas provoca na descrição da narrativa?

 

7 - Faça uma pesquisa sobre outras personagens femininas importantes da literatura brasileira.

Em quais livros estão representadas, quais são suas histórias, quais são os escritores?

 

Escreva tudo o que você descobriu no seu caderno e apresente-o ao seu professor.

Dica: pesquise por nomes como Capitu, Lucíola, Ana, Madalena. (São personagens formidáveis de livros de Machado de Assis, José de Alencar, Clarice Lispector e Graciliano Ramos.)

 

 

 ATIVIDADES DA SEMANA DE 19/10 ATÉ 23/10

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 19/10 -23/10

1ªAtividade do 4ºBimestre/Recuperação do 3ºBimestre

 

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.

Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

Colocar nome e série quando enviar perguntas ou atividades.

 

Prazo de entrega: 24/10/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.

Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.

 

Todo enunciado é uma frase, mesmo sem verbo.

Para que haja oração, é necessário o verbo.

No período simples há apenas um verbo e, no período composto, há dois ou mais verbos.

 

Leia o texto abaixo:

 

Ninguém sabia donde viera aquele homem. O agente do Correio pudera apenas informar que acudia ao nome de Raimundo Flamel, pois assim era subscrita a correspondência que recebia. E era grande. Quase diariamente, o carteiro lá ia a um dos extremos da cidade, onde morava o desconhecido, sopesando um maço alentado de cartas vindas do mundo inteiro, grossas revistas em línguas arrevesadas, livros, pacotes...

[...]

 

1)      Quantas orações há no parágrafo acima?

.

 

 

Para que uma oração esteja organizada de forma a atingir a sua proposta enunciativa, é necessária a correta utilização dos elementos de coesão. Entre os mais importantes, estão as conjunções, que funcionam como elos interligando as frases, as orações e os parágrafos.

O seu texto é um quebra-cabeça, no qual as palavras são as peças que necessitam de organização e um adequado encadeamento de ideias para que façam sentido

 

Exemplo de encadeamento de orações:

 

Maria gosta de abacate.

João gosta de manga.

 

Maria gosta de abacate e João gosta de manga.

 

2)      Qual relação a conjunção “e” estabelece entre as orações?

Maria gosta de abacate e João gosta de manga.

 

a)      Oposição

b)      Comparação

c)       Condição

d)      Adição

 

 

3)      Transforme os dois períodos em apenas um.

Durante anos nós acreditamos em tudo.

Agora nós não acreditamos em suas mentiras.

 

.

 

 

4)      Separe o período composto em vários períodos simples.

[...]

Toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores glórias nacionais.

[...]

 

.

.

.

 

5)      Qual a diferença entre frase, oração e período?

.

 

6)      Compare os seguintes períodos:

 

“Eles devem apresentar um levantamento das necessidades locais e uma possível solução, pois o trabalho não pode ficar restrito a visitas ou ao mero assistencialismo;”

“Eles devem apresentar um levantamento das necessidades locais e uma possível solução; o trabalho não fica, pois, restrito a visitas ou ao mero assistencialismo.’

 

Explique a diferença de sentido existente entre eles.

 

.

 

7)      Compare estas frases:

“Escolha o presente mais depressa, pois a loja vai fechar;”

“A loja vai fechar; escolha, pois, o presente mais depressa.”

 

Explique a diferença de sentido nas duas orações.

 

               Dadas as frases:

ü  Volte para casa.

ü   Eu terminarei o trabalho.

 

Agrupe-as em um único período de modo a conseguir um sentido conclusivo.

 

______________________________________________________________________.

 

8)      A locução conjuntiva sublinhada abaixo expressa qual sentido:

“Posso fazer-lhe este favor, contanto que não me peça mais nada.”

 

a)      Proporcionalidade

b)      Finalidade

c)       Condição

d)      Oposição

 

9)      A conjunção “como” na frase a seguir expressa qual sentido?

“Como estivesse chovendo, não saí de casa”

 

a)      Comparação

b)      Consequência

c)       Explicação

d)      Causa

 

10)   Recorte uma frase do livro “Memórias póstumas de Brás Cubas” (disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf ) que contém uma ou mais conjunções e transcreva no caderno, apontando qual é a conjunção e seu sentido no texto ou na frase.

 


 ATIVIDADES DA SEMANA 13/10 ATÉ 16/10

ATIVIDADES

 

 

Última atividade do 3º bimestre:

 

Atividade de português– semana 13 a 16 de outubro

 

- Faça um resumo das correntes literárias do final do século XIX: Realismo/Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo, dedicando no mínimo 4 linhas para cada um. Aponte as características principais das estéticas literárias.

- Escreva as características de cada parte de um artigo de opinião: introdução, desenvolvimento e conclusão ou pesquise um artigo de opinião na internet e transcreva cada uma dessas três partes, indicando também sua fonte (site).

 

Mandar as respostas ao professor no e-mail: prof.celso007@gmail.com  .

 

Prazo de entrega: 16/10/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom. Se não conseguir por uma dessas plataformas pode mandar no whatsapp do professor.

 

 


 ATIVIDADES DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 28/09 – 02/10

 

Atenção!” Alunos que não fizeram a atividade anterior, devem também

 fazê-la: https://forms.gle/9ZPrX4VPJ5hjoD6a7

 

Após fazer a atividade anterior fazer a do link abaixo:

https://forms.gle/A6uCuLAnWwpiMch76

ou

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfuEzcETRJQlQT_FnV9sp_3wp

L3kjbQN-00JjxRw0AMY2cbCQ/viewform?usp=sf_link        

 

Entrega das atividades escritas: enviar para o e-mail do professor foto do

 caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

 

Prazo de entrega: 03/10/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.

Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom

 

 

 ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09

ATIVIDADES

 

Atividades de língua portuguesa – semana 21/09 – 25/09

 

Link: https://forms.gle/9ZPrX4VPJ5hjoD6a7

ou
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfH6zclXDEGh-LqFzddlLI0AinqvL5f6SQu2Ijyf8yn5i8LLw/viewform?usp=sf_link

 

Entrega das atividades escritas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

 

Prazo de entrega: 26/09/2020

 

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.

Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.


                                                

Atividades de língua portuguesa – semana 14/09 – 18/09

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

Prazo de entrega: 19/09/2020

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.
Essa atividade é continuação da atividade anterior que trata sobre a corrente literária denominada “realismo”.
1 - Em sua opinião, qual é a diferença entre um livro romântico e um realista?
2 – Observe as imagens: 

Jean-François Millet,
As catadoras, 1857.

 Caspar David Friedrich,
O peregrino sobre o mar de névoa, 1818.
Kunsthalle
2 - Em sua opinião, qual das duas imagens parece mais real? Por quê?
.

3.       A qual classe social pertence as personagens do primeiro quadro?
.
4.       Como é possível chegar a essa conclusão?
.

5.       A qual classe social pertence a personagem do segundo quadro?
.
6.       Como é possível chegar a essa conclusão?
.

7.       Qual das imagens, poderia ser considerada, por você: romântica? Justifique.
.
Pelo percurso que fizemos por meio dos textos literários, há possibilidade de perceber que a literatura capta acontecimentos do cotidiano no intuito de propiciar perspectiva transformadora aos leitores. Desse modo, permanece sempre atual, pois nela transitam valores, denúncias, propostas, modelos.
Com isso, essa forma de manifestação aponta formas de ver, de viver, convidando o indivíduo a refletir sobre sua conduta, tomando por base o contexto da sociedade em que esteja inserido.
(Caderno do aluno p. 103)

O Realismo surgiu na segunda metade do século XIX, sendo marcado pela publicação da obra de Gustave Flaubert, Madame Bovary, na França, em 1857. Esse estilo literário sucede o Romantismo e opõe-se aos ideais românticos, pois devido ao contexto histórico em que há a ascensão da burguesia a ideia vigente é afastar-se da idealização romântica e aproximar-se do que é real. Nesse sentido, os autores apresentam a realidade, criticando a sociedade burguesa que vive de aparências, por meio de personagens retratados de maneira bem objetiva.

Os escritores realistas apresentavam a realidade e a criticavam.
8 - Se fosse você o autor de um livro realista, quais temas você abordaria, por ser um livro que seria escrito no período atual?
_______________________________________________________________________.
Memórias póstumas de Brás Cubas foi o primeiro livro realista escrito no Brasil.
9 - O que seriam memórias póstumas?
_______________________________________________________________.
 Observe a dedicatória do livro de Machado de Assis:
Memórias póstumas de Brás Cubas.

AO VERME

QUE

PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES

DO MEU CADÁVER

DEDICO

COMO SAUDOSA LEMBRANÇA

ESTAS

MEMÓRIAS PÓSTUMAS
 


10 - Ao dedicar a obra “ao verme”, qual deve ter sido a intenção do autor do livro?
____________________________________________________________________.

11 - Pesquise na internet os livros de Machado de Assis.
O autor escreveu contos, crônicas, romances, teatro, poesia, crítica literária.
Responda:
Quais eram os temas favoritos nos romances realistas de Machado de Assis?
       Quais foram as principais influências de Machado de Assis?
Troque informações com os seus colegas de escola e com o seu professor.
Escreva no seu caderno todas as informações pertinentes que você conseguiu a respeito do autor e de sua obra.
Apresente seu texto ao professor.

12 - Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo:
a) Preocupação crítica.
b) Visão materialista da realidade.
c) Ênfase nos problemas morais e sociais.
d) Valorização da Igreja.
e) Determinismo na atuação das personagens.

13 - Uma das características do Naturalismo é o determinismo. Assinale a alternativa que contém o exemplo correto para essa característica.
a) Determinismo é apresentar a vida como ela é.
b) Determinismo é a tendência de imitar a realidade.
c) O destino das personagens está subordinado às condições de raça, meio e momento histórico.
d) O narrador determina qual é o conflito que viverão as personagens.
e) A paisagem e as personagens obedecem a uma ordem científica.




 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/09 ATÉ  11/09
Atividades de língua portuguesa – semana 08/09 – 11/09

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

Prazo de entrega: 12/09/2020

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.
Essa atividade está no caderno do aluno, p. 103-106
ATIVIDADE 4 – LITERATURA E SOCIEDADE 1. Leia as informações a seguir:
Pelo percurso que fizemos por meio dos textos literários, há possibilidade de perceber que a literatura capta acontecimentos do cotidiano no intuito de propiciar perspectiva transformadora aos leitores. Desse modo, permanece sempre atual, pois nela transitam valores, denúncias, propostas, modelos. Com isso, essa forma de manifestação aponta maneiras de ver, de viver, convidando o indivíduo a refletir sobre sua conduta, tomando por base o contexto da sociedade em que esteja inserido.
Dando continuidade aos estudos com textos literários, nesse momento, você vai conhecer um pouco a respeito de duas escolas literárias: Realismo e Naturalismo, por meio de trechos de textos representativos das épocas. Em alguns casos, esses estilos literários são usados até como sinônimos, devido ao fato de ambos abordarem muitos pontos em comum.
0 Realismo surgiu na segunda metade do sécuIo XIX, sendo marcado pela publicação da obra de Gustave Flaubert, Madame Bovary, na França, em 1857. Esse estilo literário sucede o Romantismo e opõe-se aos ideais românticos, pois devido ao contexto hist6rico em que há a ascensão da burguesia, a ideia vigente é afastar-se da idealização romântica e aproximar-se do que é real. Nesse sentido, os autores apresentam a realidade, criticando a sociedade burguesa que vive de aparências, por meio de personagens retratados de maneira bem objetiva.
Referente ao Realismo, você vai ler um capítulo extraído da obra de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881, marcando o início desse estilo literário no Brasil. Trata-se de um clássico significativo da literatura realista. Nessa obra, Machado de Assis muda, drasticamente, o panorama da literatura brasileira ao criar um narrador que conta sua vida após a morte e, também, expõe, de forma irônica, os privilégios da elite da época, bem como seu comportamento.
 Leia o capítulo 17, da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, para, depois, responder às questões propostas.
CAPÍTULO 17 - Do Trapézio e Outras Coisas
...Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.
 – Desta vez, disse ele, vais para a Europa; vais cursar uma Universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: – Gatuno, sim senhor; não é outra coisa um filho que me faz isto...
Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por ele, e sacudiu-mos na cara. – Vês, peralta? é assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas? Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma.
Estava furioso, mas de um furor temperado e curto. Eu ouvi-o calado, e nada opus à ordem da viagem, como de outras vezes fizera; ruminava a idéia de levar Marcela comigo. Fui ter com ela; expus-lhe a crise e fiz-lhe a proposta. Marcela ouviu-me com os olhos no ar, sem responder logo; como insistisse, disse-me que ficava, que não podia ir para a Europa.
– Por que não?
 – Não posso, disse ela com ar dolente; não posso ir respirar aqueles ares, enquanto me lembrar de meu pobre pai, morto por Napoleão...
– Qual deles: o hortelão ou o advogado?
Marcela franziu a testa, cantarolou uma seguidilha, entre dentes; depois queixou-se do calor, e mandou vir um copo de aluá. Trouxe-lho a mucama, numa salva de prata, que fazia parte dos meus onze contos. Marcela ofereceu-me polidamente o refresco; minha resposta foi dar com a mão no copo e na salva; entornou-se-lhe o líquido no regaço, a preta deu um grito, eu bradei-lhe que se fosse embora. Ficando a sós, derramei todo o desespero de meu coração; disse-lhe que ela era um monstro, que jamais me tivera amor, que me deixara descer a tudo, sem ter ao menos a desculpa da sinceridade; chamei-lhe muitos nomes feios, fazendo muitos gestos descompostos. Marcela deixara-se estar sentada, a estalar as unhas nos dentes, fria como um pedaço de mármore. Tive ímpetos de a estrangular; de a humilhar ao menos, subjugando-a a meus pés. Ia talvez fazê-lo; mas a ação trocou-se noutra; fui eu que me atirei aos pés dela, contrito e súplice, beijei-lhos, recordei aqueles meses da nossa felicidade solitária, repeti-lhe os nomes queridos de outro tempo, sentado no chão, com a cabeça entre os joelhos dela, apertando-lhe muito as mãos; ofegante desvairado, pedi-lhe com lágrimas que me não desamparasse... Marcela esteve alguns instantes a olhar para mim, calados ambos, até que brandamente me desviou e, com um ar enfastiado:
– Não me aborreça, disse.
Levantou-se, sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou para a alcova. – Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-lhe as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se.
Saí desatinado; gastei duas mortais horas a vaguear pelos bairros mais excêntricos e desertos, onde fosse difícil dar comigo. Ia mastigando o meu desespero, com uma espécie de gula mórbida; evocava os dias, as horas, os instantes de delírio, e ora me comprazia em crer que eles eram eternos, que tudo aquilo era um pesadelo, ora, enganando-me a mim mesmo, tentava rejeitá-los de mim, como um fardo inútil. Então resolvia embarcar imediatamente para cortar a minha vida em duas metades, e deleitava-me com a idéia de que Marcela, sabendo da partida, ficaria ralada de saudades e remorsos. Que ela amara-me a tonta, devia de sentir alguma coisa, uma lembrança qualquer, como do alferes Duarte... Nisto, o dente do ciúme enterrava-se-me no coração; e toda a natureza me bradava que era preciso levar Marcela comigo.
 – Por força... por força... dizia eu ferindo o ar com uma punhada.
Enfim, tive uma idéia salvadora... Ah! trapézio dos meus pecados, trapézio das concepções abstrusas! A idéia salvadora trabalhou nele, como a do emplasto (capítulo 2). Era nada menos que fasciná-la, fasciná-la muito, deslumbrá-la, arrastá-la; lembrou-me pedir-lhe por um meio mais concreto do que a súplica. Não medi as conseqüências: recorri a um derradeiro empréstimo; fui à rua dos Ourives, comprei a melhor jóia da cidade, três diamantes grandes, encastoados num pente de marfim; corri à casa de Marcela.
Marcela estava reclinada numa rede, o gesto mole e cansado, uma das pernas pendentes, a ver-se-lhe o pezinho calçado de meia de seda, os cabelos soltos, derramados, o olhar quieto e sonolento.
– Vem comigo, disse eu, arranjei recursos... temos muito dinheiro, terás tudo o que quiseres... Olha, toma.
E mostrei-lhe o pente com os diamantes. Marcela teve um leve sobressalto; a pupila rutilou como a de um gavião faminto; ela ergueu metade do corpo, e, apoiada num cotovelo, olhou para o pente durante alguns instantes curtos; depois retirou os olhos; tinha-se dominado. Então, eu lancei-lhe as mãos aos cabelos, coligi-os, enlacei-os à pressa, improvisei um toucado, sem nenhum alinho, e rematei-o com o pente de diamantes; recuei, tornei a aproximar-me, corrigi-lhes as madeixas, abaixei-as de um lado, busquei alguma simetria naquela desordem, tudo com uma minuciosidade e um carinho de mãe.
– Pronto, disse eu.
 – Doudo! foi a sua primeira resposta.
A segunda foi puxar-me para si, e pagar-me o sacrifício com um beijo, o mais ardente de todos. Depois tirou o pente, admirou muito a matéria e o lavor, olhando a espaços para mim, e abanando a cabeça, com um ar de repreensão:
– Ora você! dizia.
– Vens comigo?
Marcela refletiu um instante. Não gostei da expressão com que passeava os olhos de mim para a parede, e da parede para a jóia; mas toda a má impressão se desvaneceu, quando ela me respondeu resolutamente:
 – Vou. Quando embarcas?
– Daqui a dois ou três dias.
 – Vou.
Agradeci-lho de joelhos. Tinha achado a minha Marcela dos primeiros dias, e disse-lho; ela sorriu, e foi guardar a jóia, enquanto eu descia a escada.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Disponível em: . Acesso em: 21 jan. 2020. 3.
3. Agora, associe o capítulo lido às informações abaixo:
Brás Cubas, o “defunto-autor”, narra a história de quando viveu em meio a regalias, sendo protegido pela conivência paternal. Nesse capítulo, o autor utiliza a ironia e o eufemismo para que o leitor perceba o relacionamento do protagonista com Marcela, que tem grande interesse nos caros presentes que ele lhe dava. Ainda assim, Brás Cubas, afirma decididamente que ela o amou, mas é possível perceber que, nesse relacionamento, amor e interesse financeiro estão intimamente ligados.
Quando seu pai vê a rapidez com que o rapaz esbanja a herança da família, o envia, à força, a Portugal, para estudar na Universidade de Coimbra.
a) Considerando o tom irônico próprio do estilo machadiano e o contexto da obra quanto à desmitificação do ideal romântico, qual sua opinião a respeito do início do capítulo: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”?
b) Que crítica implícita é possível identificar quanto à idealização romântica do amor? Qual é a resposta de Marcela ao pedido de Brás Cubas? O que essa resposta pode revelar a respeito da moça?
c) Na tentativa de convencer Marcela a viajar com ele, Brás Cubas lança mão de outro argumento: “— Vem comigo, disse eu, arranjei recursos... temos muito dinheiro, terás tudo o que quiseres... Olha, toma. E mostrei-lhe o pente com os diamantes.” O que há de diferente em relação à primeira tentativa de convencê-la a ir com ele? Comente.
 d) No trecho “Que ela amara-me a tonta, devia de sentir alguma coisa, uma lembrança qualquer, como do alferes Duarte... Nisto, o dente do ciúme enterrava-me no coração; e toda a natureza me bradava que era preciso levar Marcela comigo.”, como em outros momentos do texto, o narrador apresenta indícios sobre o comportamento de Marcela. O que se pode inferir a respeito do tipo de interesses que ela possuía?
e) Nesse capítulo, a palavra “trapézio”, no trecho “Ah! trapézio dos meus pecados, trapézio das concepções abstrusas1 !’, expressa uma metáfora. Pense nos significados dessa palavra, os quais nos remetem à ideia de acrobacias, astúcia, destreza. Desse modo, o que se pode inferir sobre o emprego da palavra “trapézio” neste texto?
f) Um dos temas da obra machadiana é a abordagem das relações humanas pautadas apenas pelo interesse financeiro. Machado escancara a hipocrisia das personagens que vivem numa sociedade mascarada pelos valores morais do momento. A partir desse capítulo da obra, é possível antecipar a visão que o autor tinha sobre as pessoas e, também, da sociedade da época. A esse respeito, comente sobre: • A postura de Brás Cubas. • A postura de seu próprio pai. • O amor - inversão do conceito romântico de amor.
g) O que se pode dizer a respeito do fato de o autor ter escolhido um “defunto-autor” para narrar a própria história, levando-se em conta que o narrador conhece o caráter de todas as personagens?

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 30/08 ATÉ  04/09

ATIVIDADES

Atividades – semana 31/08 – 04/09

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

Prazo de entrega: 06/09/2020

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.


Recomendação do professor: Anote o que julgar importante sobre os textos sobre a corrente literária do simbolismo no caderno. Após acabar a atividade leia pelo menos três poemas de Cruz e Souza na internet.

Esta atividade é sobre o simbolismo, uma corrente literária desenvolvida no final do século XIX, na mesma época que o parnasianismo e o realismo.


As questões 1 e 2 estão no caderno do aluno p. 101 -102.
Tendo como base o mote “consciência”, leia o poema e faça associação de seu conteúdo com os dias atuais. Pense no desastre ocorrido em Brumadinho, nas enchentes urbanas que assolaram o país, entre outros acontecimentos que envolvem o ser humano e sua atuação no lugar onde vive.

 O morcego Meia-noite.

 Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

 “Vou mandar levantar outra parede...”
 — Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
 E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
 A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
 Que ventre produziu tão feio parto?!

 A Consciência Humana é este morcego!
 Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
 ANJOS, Augusto dos. O Morcego. In: Eu e outras poesias. Disponível em:< http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17 72>. Acesso em: 21 jan. 2020.
1 – Com base na leitura do poema, responda:
a)       O poema mostra uma visão pessimista da vida e do ser humano? Comente.
b)      Quanto aos desastres naturais e os provocados contra o meio ambiente, você considera que a “Consciência Humana”, atualmente, vem em segundo plano? É a mesma daquela trabalhada por Augusto dos Anjos, em seu poema do século XIX? Comente.
- A seguir, veja quem foi Augusto dos Anjos.
O contexto literário da época traz uma proposta diferenciada quanto ao modo de abordar os conteúdos tratados nos poemas. Os poemas de Augusto dos Anjos passam a expressar um realismo exagerado, distanciando-os das idealizações sentimentais. Por examinar a realidade sob a ótica do pessimismo, provocaram estranhamento no público, o que fez com que a obra do autor demorasse a ser reconhecida. Ele próprio se declarou "cantor da poesia de tudo que é morto".
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos ficou conhecido como Augusto dos Anjos. Poeta brasileiro, nasceu na Paraíba, em 22 de abril de 1884. Considerado um dos poetas mais críticos de sua época (Simbolismo), também foi reconhecido como o mais importante poeta do pré-modernismo, segundo alguns críticos. Em sua obra, é possível reconhecer raízes do simbolismo, tais como: o gosto pela morte, a presença da angústia, a utilização de metáforas e de vocabulário mórbido.
2 - Associando as informações que você acabou de ler a respeito do autor de “O Morcego”, retome o poema e responda aos itens
a)       Qual a primeira impressão que o poema provocou em você?
b)       O título “O morcego” provoca expectativas com relação à leitura do poema? O que a figura do morcego pode representar nesse texto?
c)        Assim como a palavra que intitula o poema, que outras palavras empregadas pelo poeta podem causar estranhamento? Identifique-as.
d)      Na primeira estrofe, há um momento em que o eu lírico mostra-se assombrado. Em que verso é possível identificar esse sentimento?
e)      Como você interpreta os versos: “Na bruta ardência orgânica da sede, / Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.”
f)         Nas segunda e terceira estrofes, o eu lírico parece estar temeroso diante da situação em que se encontra. Identifique nos versos, passagens que demonstrem o desejo de se livrar do “morcego”.
g)        Como se denomina este poema, considerando sua forma composicional (versos e estrofes)?

A última atividade foi sobre a escola literária do parnasianismo. Leia sobre simbolismo e parnasianismo para diferenciá-los:
0 Parnasianismo divergiu dos estilos literários anteriores por priorizar a “arte pela arte”, valorizando a técnica e a imparcialidade. Além disso, apresentava como característica marcante o antissentimentalismo e antirromantismo, por considerarem que estas eram influências que poderiam comprometer a imaginação do poeta, pois sua poética situa-se na objetividade no trato do tema e no culto da forma. Os principais representantes, aqui no Brasil, foram Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

0 Simbolismo é uma escola literária do século XIX e seu início foi marcado, no Brasil, pela publicação de Missal e Broquéis, de Cruz e Sousa. Apresentou-se como uma estética que divergia do Parnasianismo. No que se refere aos aspectos formais, os simbolistas enfatizavam o requinte e o rebuscamento nos poemas, recusando o rigor e a disciplina. Assim, as características marcantes são o antimaterialismo, o antirracionalismo, o transcendental, o gosto pela loucura e pelo onírico, bem como pelo inconsciente e subconsciente. Primavam pela utilização de metáforas, assonâncias, aliterações e sinestesias. Os principais representantes, aqui no Brasil, foram Alphonsus de Guimaraens, Cruz e Sousa e Graça Aranha.

Leia sobre características do simbolismo no trecho do seguinte poema:

Muito diferentemente
Do nosso Parnasianismo
O Simbolismo aproxima-se
Das obras do Romantismo
Por fazer uma poesia
Vaga e subjetiva
Sem temas do Realismo.
Os simbolistas procuram
Unir o material
De uma forma terrena
Ao mundo espiritual
Diferentes dos românticos
Que citavam em seus cânticos
A morte como final.
Acreditam na ideia
De que tudo que existe
Neste mundo natural
Não demora, não resiste
Depende do espiritual
Tudo do mundo real
São símbolos para o decifre.
Ânsia pelo absoluto
Faz o simbolista tentar
A matéria e o espírito
Juntar e unificar
Sua arte é sugestão
Fluidez e negação
Da poesia que há.
Para os nossos simbolistas
Poesia é expressar
Mistérios da alma e da vida
Sem poder os nomear
Deve apenas sugeri-los
Usando o som e o símbolo
Pra poesia enfeitar.
Em suma a poesia
Da escola simbolista
É mistério, imprecisão
Na mente de seu artista
Usa musicalidade
Pra produzir com vontade
Uma arte que conquista.

Leia sobre o simbolismo no Brasil e em Portugal:
1. Momento histórico

    Após a euforia da Segunda Revolução Industrial, quando se incrementou a construção de ferrovias, a economia mundial entra em crise, devido ao aumento da concorrência e da falta de mercado consumidor.
    Surgem os primeiros trustes (fusão de empresas do mesmo ramo), já que as empresas pequenas não conseguiam sobreviver e eram encampadas pelas grandes e têm início os cartéis, isto é, grandes empresas de determinado ramo industrial começam a monopolizar a comercialização de um produto, mediante estabelecimento de condições de venda, pagamento, entre outras.
    Como o capitalismo não se desenvolveu de maneira uniforme no mundo, houve concentração de capital em países como França, Inglaterra e Estados Unidos (este último aparecendo agora como potência), que passaram a buscar mercado em países menos desenvolvidos, dando início ao que hoje conhecemos como "imperialismo econômico".

2. A cultura e a sociedade

    Com a evolução da ciência, da tecnologia e do capitalismo, o mundo começa a caminhar cada vez mais em direção dos interesses materiais.
    Diferentemente dos empreendedores capitalistas, a classe trabalhadora não melhorou suas condições de vida, já que a exploração da mão-de-obra é um dos meios de auferir grandes lucros. Surgem os partidos socialistas, reivindicando reformas sociais.
    Apesar de tanta luta, o homem comum não consegue realizar-se financeiramente. A esperança cede lugar à frustração e esta leva à busca do lado místico, espiritual do universo.
    Contrariamente ao cientificismo e objetivismo anterior, a arte passa a representar o subjetivo, o inconsciente, buscando a unidade do ser.
    A reação da burguesia foi referir-se a esses artistas como boêmios, decadentes, malditos.
    Apesar das diferenças, o Simbolismo é considerado uma espécie de continuação do Romantismo, na medida em que anseia por reformas e, ao mesmo tempo, busca refúgio fora do mundo real.

3. Características principais da produção artística

   1. Predominância da emoção.
   2. O objeto deve estar subentendido, não mostrando claramente – daí o "símbolo".
   3. Musicalidade (através de aliterações, assonâncias e outras figuras de estilo).
   4. Referências a cores.
   5. Presença de motivos religiosos; a poesia representaria uma espécie de ritual.
   6. Sonho e imaginação.
   7. Espiritualismo.
   8. Subjetividade.
   9. Culto da forma, com influências parnasianas.
  10. Uso da figura de linguagem chamada sinestesia, que representa a fusão de sensações (beijo amargo, cheiro azul).
  11. Abordagem vaga de impressões subjetivas e/ou sensoriais (Impressionismo), sobretudo na pintura.

4. Principais autores e obras
Portugal

    * Eugênio de castro: Oaristos, Horas, Tirésias.
    * Antônio Nobre: Só, Despedidas, Primeiros versos.
    * Camilo Pessanha: Clépsidra.
Brasil
    * Cruz e Sousa: Broquéis, Missal, Evocações, Faróis, Últimos sonetos.
    * Alphonsus de Guimaraens: Setenário das dores de Nossa Senhora, Câmara ardente, Dona Mística, Kiriale.
    * Pedro Kilkerry: Re-visão de Kilkerry (organizado por Augusto de Campos).
    Na França, destacaram-se principalmente Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine.
3 - As obras e o autor que deram início ao Simbolismo brasileiro foram:
       a) “Missal” e “Broquéis” de Cruz e Sousa.
       b) “Kiriale” e “Dona Mística” de Alphonsus de Guimaraens.
       c) “Versos e Rimas” e “Meridionais” de Alberto de Oliveira.
       d) “Aleluias” e “Sinfonias” de Raimundo Correia.
4 - Assinale a alternativa que NÃO apresenta características da poesia simbolista:
a)       Sugestão.
b)      Mistério.
c)       Sublimação.
d)      Objetividade.

5 – Leia o poema abaixo:
Cárcere das almas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
(CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.)
Os elementos formais e temáticos relacionados com o contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são:
a) a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
b) a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista.
c) o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.
d) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas inovadoras.
e) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano.
Leia o poema abaixo par responder as questões 6 a 8.

Hão de chorar por ela os cinamomos

Hão de chorar por ela os cinamomos*,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos
Lembrando-se daquela que os colhia.

As estrelas dirão: - "Ai! Nada somos,
Pois ela se morreu silente* e fria..."
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

A Lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.

Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: - "Por que não vieram juntos?"

*cinamomos: canela (substância aromática usada pelos antigos)
*silente: mudo

(Alphonsus de Guimaraens)
(Apud Manuel Bandeira, org. Apresentação da poesia brasileira)

Questões para Interpretação

   6 -  Que há no poema que nos remete ao Romantismo? Explique.
.
   7 -  Que elemento do poema contraria os princípios parnasianos? Explique.
.
   8 -  Que características simbolistas encontramos no poema?
.


 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 17/08 ATÉ  21/08


Atividades – semana 17/08 – 21/08
Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .

Prazo de entrega: 22/08/2020

Dúvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.

Material de apoio:
Link do CMSP sobre o tema:


Recomendação do professor: Anote os textos sobre a corrente literária do parnasianismo no caderno. Após acabar a atividade leia pelo menos três poemas parnasianos.

Esta atividade é sobre o parnasianismo, uma corrente literária desenvolvida no final do século XIX.


O parnasianismo:
      Surgiu na França em 1896, com a publicação da revista Le Parnasse Contemporain (que também deu origem ao nome da Escola), nela se destacavam poetas como Baudelaire e Théophile Gautier.
      Contexto da Revolução Industrial, portanto, em uma época marcada pelo desenvolvimento tecno científico e pela valorização da razão.
      Em Portugal, esta corrente só começou a ser sentida na segunda metade do séc. XIX e nunca chegou a ser assumida de verdade.

As ideias novas chegaram ao nosso país tardiamente. O Parnasianismo foi colidindo com o Realismo, com o Simbolismo, tendo como aspecto comum a todos eles a renúncia ao sentimentalismo e ao egocentrismo românticos.
Portanto essa escola literária se trata da produção de poemas com rigor estético.

Responda:

1 - Em sua opinião, o que faz um poema ser considerado um excelente texto?
.

2 – Agora, leia o poema abaixo: “Hino à tarde” de Olavo Bilac para responder as questões a, b e c.

Glória jovem do sol no berço de ouro em chamas,
Alva! Natal da luz, primavera do dia,
Não te amo! Nem a ti, canícula bravia,
Que a ti mesma te estruís no fogo que derramas!

Amo-te, hora hesitante em que se preludia
O adágio vesperal, — tumba que te recamas
De luto e de esplendor, de crepes e auriflamas,
Moribunda que ris sobre a própria agonia!

Amo-te, ó tarde triste, ó tarde augusta, que, entre
Os primeiros clarões das estrelas, no ventre,
Sob os véus do mistério e da sombra orvalhada,

Trazes a palpitar, como um fruto do outono,
A noite, alma nutriz da volúpia e do sono,
Perpetuação da vida e iniciação do nada…

a)      Quais sensações o poema de Olavo Bilac desperta em você?
.
b)     Ao fazer “Hino à tarde”, o poeta se preocupou mais com a forma ou com o conteúdo de seu poema? Por quê?
.
c)      Quais palavras deste poema as pessoas não costumam mais utilizar no cotidiano?
.

Observe algumas características do parnasianismo e tome notas, no caderno, se preferir:

      Apresentava como características marcantes a valorização da “arte pela arte”, o antissentimentalismo e o antirromantismo, por considerar que essas influências poderiam comprometer a imaginação do poeta, pois sua poética se situa na objetividade no trato do tema e no culto da forma. Os principais representantes, aqui no Brasil, foram Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
      Preciosismo.
      Objetividade e impessoalidade.
      Arte pela arte: A poesia parnasiana estava preocupada com o belo, com a parte estética, daí a palavra esteticismo
      Culto à forma.

Agora leia outro poema de Olavo Bilac, “Profissão de fé”, e veja se encontra uma ou mais das características acima:
[...]
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.

Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
Corre; desenha, enfeita a imagem,
A ideia veste:
Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
Azul-celeste.
[...]

3 - Nos primeiros quatro versos, a que é comparado o poeta nesta estrofe?
.

4 - Qual é a visão que o eu lírico tem de um poema, isto é, qual seria a função de um poema no Parnasianismo?
.
5 - A poesia parnasiana foi, em seu período, o estilo literário mais popular no Brasil.
Em sua opinião, ao que se devia essa popularidade?
.

6 - Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.” 
O trecho do poema em destaque é parnasiano. Ele revela um poeta:
a) distanciado da realidade. 
b) engajado. 
c) crítico. 
d) irônico. 
e) informal.

Leia abaixo e tome notas, se preferir:

      Com o que ficar atento? Após 1878, havia no Brasil várias correntes que combatiam os excessos ultrarromânticos. O Parnasianismo somou-se a elas, buscando sentido para a existência humana através da perfeição estética.
      Por que o assunto é importante? Fortemente combatido pelo Modernismo, devido ao excessivo apego formal, o Parnasianismo gravitou durante longo tempo em torno aos centros do poder e foi a "poesia oficial" do século 19.

7 - “Tu, artista, com zelo, Esmerilha e investiga! Níssia, o melhor modelo Vivo, oferece, da beleza antiga. Para esculpi-la, em vão, árduos, no meio. De esbraseada arena, Batem-se, quebram-se em fatal torneio, Pincel, lápis, buril, cinzel e pena.” [...]
O trecho evidencia tendências ___________, na medida em que ______________ o rigor formal e utiliza-se de imagens _____________.
a) Românticas/ neutraliza/ abstratas 
b) simbolistas/ valoriza/ concretas
c) parnasianas/ exalta/ mitológicas 
d) simbolistas/ busca/ cotidianas
e) parnasianas/ evita/ prosaicas

8 – Leia o poema “Vaso grego” de Alberto de Oliveira:

Vaso Grego     

Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, à bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce.

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

Acerca do soneto Vaso grego, de Alberto de Oliveira, e do período histórico-literário a que ele remete, julgue os itens a seguir como correto ou incorreto.
a) No período em que o Parnasianismo se destacou, o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, vivia forte influxo de modernização tardia em relação aos centros europeus, o que incentivou o consumo de mercadorias culturais luxuosas, mas desligadas da realidade local. Assim, verifica-se que a recorrência a temas advindos da Antiguidade Clássica era a correspondência estética dessa tendência manifestada na objetividade social brasileira.
b) O refinamento da linguagem e as formas labirínticas dos versos do soneto Vaso grego atestam o quanto a poesia parnasiana no Brasil, país de desigualdade social, asseverou a distância entre a língua falada e a escrita.
c) A temática abordada no soneto Vaso grego é representativa da tendência atribuída pela crítica literária ao Parnasianismo no Brasil: a descrição apaixonada de objetos antigos, por meio da qual se expressava, de forma evidente, a subjetividade do eu lírico.

9 - Leia o poema abaixo:

AS VELHAS ÁRVORES

 "Olha estas velhas árvores, - mais belas,
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto à sombra delas
 Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas,
 E alegria das aves tagarelas...
Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
 Dando sombra e consolo aos que padecem!"
BILAC, Olavo. Obra reunida, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 336. 9.

Quanto à forma, destaque uma característica do Parnasianismo presente no poema.
.


 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ  17/08
ATIVIDADES


Atenção. Os alunos que não fizeram a AAP (Avaliação de aprendizagem e processo) devem fazê-la antes das atividades abaixo (até dia 12/08).
 Link: https://forms.gle/KGRbqtXiLnTaiuBh6 ou aqui no blog na seção das AAPs localizada na primeira página.

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .
Prazo de entrega: 16/08/2020
Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.

Observe a imagem abaixo e leia os textos:



















Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/pripyat-chernobyl-1374515/ acesso em 22 de Jul. 2020
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil acesso em 22 de Jul. 2020
O desastre de Chernobil foi um acidente nuclear catastrófico ocorrido entre 25 e 26 de abril de 1986 no reator nuclear nº 4 da Usina Nuclear de Chernobil, perto de Pripiat, cidade no norte da Ucrânia Soviética, próximo da fronteira com a Bielorrússia Soviética.
























Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia acesso em 23 de Jul. 2020

acidente radiológico de Goiânia, conhecido como o acidente com o césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás.
O acidente foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de 0 a 7, em que o nível 0 corresponde a um desvio sem significação para segurança  e o nível 7 se refere aos acidentes graves.






















explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no Golfo do México, Estados Unidos, no dia 20 de abril de 2010, uma terça-feira. O desastre consistiu na explosão de uma plataforma de petróleo semissubmersível pertencente à Transocean.
A plataforma estava sendo operada pela BP e afundou na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas.
Uma grande mancha de óleo se espalhou pelas águas e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 22 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.
































Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiroshima acesso em 22 de Jul. de 2020
Em uma segunda-feira, 6 de agosto de 1945, às 8 horas e 15 minutos da manhã, a bomba atômica Little Boy foi lançada sobre Hiroshima pelo Enola Gay, um bombardeiro B-29 dos Estados Unidos, e matou instantaneamente por volta de 80 mil pessoas.
No fim do ano, havia entre 90 mil e 140 mil vítimas  devido a ferimentos e radiação. Cerca de 69% das construções da cidade foram totalmente destruídas e 7% delas foram severamente danificadas.
1 - Qual é o assunto comum a todos os textos das imagens anteriores?
.
2 - Qual é o impacto social que os desastres ambientais citados tiveram na vida dos habitantes das cidades atingidas?
.
3- O que é uma reportagem?

.

reportagem é um gênero textual que, geralmente, circula em jornais e revistas impressos e digitais. Esse gênero nasce de uma notícia de relevância, aprofunda os fatos de interesse público e apresenta variadas versões a respeito de tais fatos.
O relato dos fatos é ampliado por meio de depoimentos, entrevistas, citações, resumos etc. Embora não possua estrutura fixa, na maioria das vezes, inicia-se com um título e apresenta um lide que anuncia o fato central. A linguagem utilizada nesse gênero é marcada por objetividade e clareza, com predomínio do uso da norma-padrão.
4 - O que você vê nesta imagem?

















Disponível no caderno do aluno 2ª série do Ensino Médio, 3º Bimestre.
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/sites/7/downloads/2a%20se%CC%81rie%203o%20BIM.pdf
5 - No lide abaixo, o que poderia ser acrescentado para que a informação ficasse mais completa?
No dia 25 de janeiro de 2019, ocorreu o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração. O 
desastre industrial, humanitário e ambiental causou a morte de 259 pessoas e o desaparecimento de outras 11.
.

6 - Pensando na elaboração de uma reportagem sobre o desastre ambiental em Brumadinho, responda:
Quem poderia ser entrevistado para que houvesse a ampliação dos fatos acerca do rompimento da barragem?
.
7 – Elabore uma notícia, de até 8 linhas, a partir da notícia que inspirou a imagem, preenchendo as lacunas do quadro abaixo. Não se esqueça de fazer o lide para chamar o público a ler o texto.

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ  07/08
ATIVIDADES


Atividades de língua portuguesa – semana 03/08 a 07/08
PROVA AAP -Avaliação de Aprendizagem e Processo- 2º Bimestre
Retirar avaliação na escola, na semana de 03/08 A 07/08
Das 10 às 16:00 horas .
Responder até o dia 12/08








                                    
 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/07 ATÉ  31/07
ATIVIDADES

Atividades de língua portuguesa – semana 27/07 -31/07

Atenção!!!! Os alunos que não fizeram a atividade online do bimestre devem fazê-la antes das atividades abaixo. Link da atividade:  https://forms.gle/uufNoKec4tMkWXNF7 .

Esta é a última semana do 2º bimestre, portanto confira se você está em um dos perfis abaixo e siga as respectivas orientações:

- Alunos que não fizeram nenhuma atividade que foi passada, desde o dia 01/06, devem fazer pelo menos uma atividade e entregar ao professor até quarta-feira, dia 29/07.
- Aqueles que já fizeram uma ou duas atividades mas não terminaram outras atividades que estão no blog: colocá-las em dia.
- Os alunos que estão em dia com atividades devem revisar o conteúdo, voltar na primeira atividade do bimestre e depois nas outras, conferindo se está correto, fazendo as modificações que o professor solicitou e perguntar ao professor sobre conteúdos que não entendeu.

Recomendações
Alunos que não fizeram nenhuma atividade: comecem fazendo a última postada e depois façam as anteriores. Estão todas abaixo, aqui no blog.
Alunos que não conseguirem acessar o blog ou o classroom: falem com os professores no e-mail ou whatsapp.

Como entregar as respostas para o(a) professor(a)?
Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .
Prazo de entrega: 29/07/2020
Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom. Se não conseguir por uma dessas plataformas pode mandar no whatsapp do professor.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.



 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 20/07 ATÉ  24/07

Atividades de língua portuguesa– semana 20/07 -24/07

Atenção. Os alunos que não fizeram a atividade da semana anterior devem fazê-la antes das atividades abaixo. Link da atividade anterior: https://forms.gle/uufNoKec4tMkWXNF7 .

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas, com nome do aluno e série: prof.celso007@gmail.com .
Prazo de entrega: 25/07/2020
Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.
Após finalizar as atividades abaixo, os alunos devem ler os seguintes livros: “A pata da Gazela” de José de Alencar e “Noite na taverna” de Álvarez de Azevedo. Ambos estão no google classroom. Após terminar a leitura desses livros avise o professor!

Material de apoio
 - Aula do CENTRO DE MÍDIAS sobre a atividade:
Contexto histórico do romantismo: https://www.youtube.com/watch?v=PyUy_9mKGCk
Fases da poesia romântica: https://www.youtube.com/watch?v=M7okFxuX8fM .



Leia o poema abaixo:

Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!

Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!… já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!

O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.

Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!

AZEVEDO, Álvares de. Soneto. Lira dos vinte anos. p. 112. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00025a.pdf>.

1 – A qual fase do romantismo pertence o poema acima e porquê? Aponte duas causas.

.

2 - O que você sabe sobre o mal do século?
.

3) Qual dos termos abaixo não pode ser associado ao Ultrarromantismo?
a)       Byronismo
b)      Indianismo
c)       Mal do século
d)      Noite na Taverna
e)       Idealização da mulher

4) Em qual das alternativas abaixo há um verso em que é possível inferir que o sofrimento do eu lírico se deve a um sentimento não correspondido?
a)       “Já da morte o palor me cobre o rosto,” 
b)      “Surda agonia o coração fenece,”
c)       “O corpo exausto que o repouso esquece…”
d)      “E tenha os olhos meus na escuridade.”
e)       “Volve ao amante os olhos por piedade,”

Leia o poema abaixo:

“É ELA! É ELA!”, de Álvares de Azevedo
É ela! é ela! — murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou — é ela!...
Eu a vi... minha fada aérea e pura,
A minha lavadeira na janela!

Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas...
Eu a vejo e suspiro enamorado! [...]

AZEVEDO, Álvares de. É Ela! É Ela! Lira dos vinte anos. p. 99. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00025a.pdf>.

5) Assinale a alternativa que evidencia a característica desse trecho do poema acima.
a)       Indianismo, pois o romântico idealiza a mulher.
b)      Tendência ao misticismo.
c)       Melancolia e mal do século.
d)      Ironia romântica.
e)       Descrição da típica heroína romântica.

Observe o fragmento do livro: “Noite na taverna”:
“[...] Nessa torrente negra que se chama a vida, e que corre para o passado enquanto nós caminhamos para o futuro, também desfolhei muitas crenças, e lancei despidas as minhas roupas mais perfumadas, para trajar a túnica da Saturnal! O passado é o que foi, é a flor que murchou, o sol que se apagou, o cadáver que apodreceu. Lágrimas a ele? fora loucura! Que durma, e que durma com suas lembranças negras! revivam: acordem apenas os miosótis abertos, naquele pântano! Sobreágue naquele não-ser o eflúvio de alguma lembrança pura!
            — Bravo! Bravíssimo! Claudius, estás completamente bêbedo! bofé que estás romântico!
— Silêncio, Bertram! certo que esta não é uma lenda para inscrever-se após das vossas: uma dessas coisas que se contem com os cotovelos na toalha vermelha, e os lábios borrifados de vinho e saciados de beijos... Mas que importa?
            Vós todos, que amais o jogo, que vistes um dia correr naquele abismo uma onda de ouro — redemoinhar-lhe no fundo, como um mar de esperanças que se embate na ressaca do acaso, sabeis melhor que vertigem nos tonteia então: ideais melhor a loucura que nos delira naqueles jogos de milhares de homens, onde fortuna, aspirações, a vida mesma vão-se na rapidez, de uma corrida, onde todo esse complexo de misérias e desejos, de crimes e virtudes que se chama a existência se joga numa parelha de cavalos!”
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Noite na Taverna. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000023.pdf>.
6) Quais elementos do mal do século estão presentes neste trecho de “Noite na Taverna”, de Álvares de Azevedo?

7) Quais elementos românticos são possíveis inferir da imagem abaixo?













.

Leia o texto:
“[…] Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; e era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Cap. 27. Virgília?. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>.

8 - Em qual frase do texto se percebe a crítica do narrador ao Romantismo? Justifique.

 Leia o poema de Castro Alves:
Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.

Boa-noite!... E tu dizes – Boa-noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
[...]
Julieta do céu! Ouve... a calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti?... pois foi mentira...
...Quem cantou foi teu hálito, divina!
[...]

ALVES, Castro. ‘Boa-noite”. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/wk000606.pdf

9 - Nesse trecho do poema de Castro Alves, é possível inferir características do amor idealizado? Justifique sua resposta.
.








ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 13/07 ATÉ 17/07

ATIVIDADES


Atenção. Os alunos que não fizeram a atividade da semana anterior devem fazê-la antes das
atividades abaixo. Link da atividade anterior: https://forms.gle/uufNoKec4tMkWXNF7 .

Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou 
respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .
Prazo de entrega: 18/07/2020
Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.
Após finalizar as atividades abaixo, os alunos devem ler os seguintes livros: “A pata da Gazela” 
de José de Alencar e “Noite na taverna” de Álvarez de Azevedo. Ambos estão no google classroom. 
Após terminar a leitura desses livros avise o professor.

Material de apoio:
Contexto histórico do romantismo: https://www.youtube.com/watch?v=PyUy_9mKGCk
Fases da poesia romântica: https://www.youtube.com/watch?v=M7okFxuX8fM .

Leia os textos e responda as questões sobre a construção da figura do herói e da heroína na prosa
 romântica:

Leia abaixo os excertos do livro “Inocência” de Visconde de Taunay.

“[...]
             — Esta obrigação de casar as mulheres é o diabo!... Se não tomam estado, ficam jururus e 
fanadinhas...; se casam, podem cair nas mãos de algum marido malvado... E depois, as histórias!... Ih,
 meu Deus, mulheres numa casa, é coisa de meter medo... São redomas de vidro que tudo pode 
quebrar... Enfim, minha filha, enquanto solteira, honrou o nome de meus pais... O Manecão que se 
aguente, quando a tiver por sua... Com gente de saia não há que fiar... Cruz! Botam famílias inteiras a
 perder, enquanto o demo esfrega um olho.”

“Esta opinião injuriosa sobre as mulheres é em geral corrente nos nossos sertões, e traz como 
consequência imediata e prática, além da rigorosa clausura em que são mantidas, não só o casamento 
convencionado entre parentes muito chegados para filhos de menor idade, mas sobretudo os numerosos crimes cometidos, mal se suspeita possibilidade de qualquer intriga amorosa entre pessoa da família e algum estranho.
[...]”

1-       No primeiro parágrafo do excerto, a personagem Pereira revela qual traço de sua personalidade?
.

2-       Qual traço da personalidade do narrador é revelado no segundo parágrafo (comentário acerca das opiniões de Pereira)?
.

3-       Leia as seguintes epígrafes:
“Onde há mulheres, aí se congregam todos os males a um tempo.” (Menandro)
“Nunca é bom que um homem sensato eduque seus filhos de modo a desenvolver-lhes demais o espírito.” (Eurípedes, Medeia)
“Filhos, sois para os homens o encanto da alma.” (Menandro).
As epígrafes acima introduzem o capítulo cinco do livro “Inocência”, de Visconde de Taunay.
Levando em consideração o que você aprendeu sobre intertextualidade e sobre a opinião do narrador em relação ao posicionamento de Pereira, responda:
Por que, em sua opinião, o autor fez uso dessas epígrafes?
.

       4 – Leia o excerto do livro “Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco.

“            — Vais hoje dar a mão de esposa a teu primo Baltasar, minha filha. É preciso que te deixes cegamente levar pela mão de teu pai. Logo que deres este passo difícil, conhecerás que a tua felicidade é daquelas que precisam ser impostas pela violência. Mas repara, minha querida filha, que a violência dum pai é sempre amor. Amor tem sido a minha condescendência e brandura para contigo. Outro teria subjugado a tua desobediência com maus-tratos, com os rigores do convento, e talvez com o desfalque do teu grande patrimônio. Eu, não. Esperei que o tempo te aclarasse o juízo, e felicito-me de te julgar desassombrada do diabólico prestígio do maldito que acordou o teu inocente coração. Não te consultei outra vez sobre este casamento, por temer que a reflexão fizesse mal ao zelo de boa filha com que tu vais abraçar teu pai, e agradecer-lhe a prudência com que ele respeitou o teu gênio, velando sempre a honra de te encontrar digna do seu amor.
Teresa não desfitou os olhos do pai; mas tão abstraída estava, que escassamente lhe ouviu as primeiras palavras, e nada das últimas.
             — Não me respondes, Teresa?! — tornou Tadeu, tomando-lhe cariciosamente as mãos.
             — Que hei de eu responder-lhe, meu pai? — balbuciou ela.
             — Dá-me o que te peço? Enches de contentamento os poucos dias que me restam?
            — E será o pai feliz com o meu sacrifício?
            — Não digas sacrifício, Teresa... Amanhã, a estas horas, verás que transfiguração se fez na tua alma. Teu primo é um composto de todas as virtudes; nem a qualidade de ser um gentil moço lhe falta, como se a riqueza, a ciência e as virtudes não bastassem a formar um marido excelente.

O que revela o diálogo entre Teresa e seu pai? Assinale a alternativa correta.

a)       Revela um pai carinhoso que deseja apenas um futuro seguro para sua filha, ao lado de seu primo Baltasar.
b)      Revela o desejo de casá-la com Simão, o herói da história.
c)       Revela o desejo de Teresa de casar com seu primo, amor proibido, repreendido por seu pai.
d)      Revela os sentimentos conflituosos entre pai e filha e o desejo de Teresa de ir para o convento.
e)       Revela um pai alheio aos sentimentos e aspirações de sua filha.


5 – Leia o excerto de “o guarani” de josé de Alencar.
            “Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte, mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
            Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas que, descrevendo uma longa espiral, vinham rogar com as pontas negras o pescoço flexível.
            Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.”

No excerto, a descrição do índio é idealizada? Justifique.

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6 - Dos folhetins românticos, surgiram as novelas de TV, as comédias românticas do cinema e diversos outros gêneros ficcionais da atualidade.  Existem diferenças na descrição das personagens do Romantismo das personagens das novelas, séries de TV e cinema atuais? Justifique.
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7 - Escolha um filme, um episódio de sua série favorita ou um capítulo de novela e faça a descrição das características de herói ou heroína romântico das personagens.
Encontre nessas personagens elementos que as associem à tradição romântica, tanto nas caracterizações físicas quanto nas psicológicas.
       Escreva o nome do filme, da série ou da novela.
       O nome da personagem analisada.
       Por que suas características remontam ao Romantismo?

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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 06/07 ATÉ 10/07
Atenção. Os alunos que não fizeram a atividade da semana anterior (22 a 26 de junho) devem fazê-la antes das atividades abaixo. Link da atividade anterior: https://forms.gle/5EHeoLLbnKo7aJbq5  .
As atividades a seguir estão no material “Aprender sempre”.
Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas digitadas: prof.celso007@gmail.com .
Prazo de entrega: 11/07/2020
Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.
Após finalizar as atividades abaixo os alunos devem ler um dos dois livros: “A pata da Gazela” de José de Alencar ou “Noite na taverna” de Álvarez de Azevedo. Ambos estão no google classroom.


1.       Leia o texto abaixo para responder à questão seguinte:

Só é literatura quando incomoda
Jana Lauxen

Como escritora, editora e, principalmente, leitora, tenho observado um fenômeno desconcertante acometer a literatura nacional: o processo de politização obediente dos novos escritores brasileiros. Muitas vezes tenho a impressão de que a nossa produção literária cortou o cabelo, fez a barba, colocou sapatos de couro, terno, gravata, e agora é o genro que mamãe pediu a Deus. E, sabem: isso me incomoda. Profundamente.
Porque, em minha opinião, a literatura que não lhe sacode; que não lhe tira do lugar onde você confortavelmente está; que não lhe faz repensar; que não desconstrói e bagunça; que não coloca o dedo na ferida e chafurda; é uma literatura inofensiva – logo, irrelevante. Os livros e autores que me conquistaram, e me fizeram compreender o poder da literatura na formação política e social de qualquer cidadão, falavam de sexo, de drogas, de dor, de vida, de desespero – e não de dragões, fadas e gnomos. [...]
(Fonte: G1 – epcar - Cpcar 2018. Disponível em: <http://zonacurva.com.br/o-caminho-dos-excessos-fazendo-diferenca/>.
Acesso em: 21 fev. 2017.

Jana Lauxen, ao utilizar a expressão metafórica "genro que a mamãe pediu a Deus", comparando-a à Literatura de nosso tempo, esclareceu que essa literatura é, para ela:

a. provocativa e reflexiva.
b. desconcertante e relevante.
c. inofensiva e obediente.
d. reflexiva e desconstrutiva.
e. inovadora e autoritária.

Leia os dois textos abaixo para responder às questões seguintes:
LÍNGUA PORTUGUESA | 3
Geração Canguru
(Gilberto Dimenstein)
Ao mapear novas tendências de consumo no Brasil, publicitários acreditam ter detectado a "Geração Canguru". São jovens bem-sucedidos profissionalmente, têm entre 25 e 30 anos de idade e vivem na casa dos pais. O interesse neles é óbvio: compõem um nicho de consumidores com alto poder aquisitivo.
Ainda na "bolsa" da mãe, eles mostram que mudaram as fronteiras entre o jovem e o adulto. Até pouquíssimo tempo atrás, um marmanjão de 30 anos enfado na casa dos pais seria visto como uma anomalia, suspeito de algum desequilíbrio emocional que retardou seu crescimento.
O efeito "canguru" revela que pais e filhos estão mutuamente mais compreensivos e tolerantes, capazes de lidar com suas diferenças. Para quem se lembra dos conflitos familiares do passado, marcados pelo choque de gerações, os "cangurus" até sugerem um grau de civilidade. Não é tão simples assim.
Estudos de publicitários divulgados nas últimas semanas indicam um lado tumultuado – e nem um pouco saudável – dessa relação familiar. Por trás das frias estatísticas sobre tendência do mercado, a pergunta que aparece é a seguinte: até que ponto os brasileiros mais ricos estão paparicando a tal ponto seus filhos que produzem indivíduos com baixa autonomia?
Ao investigar uma amostra de 1.500 mães e filhos, no Rio e em São Paulo, a TNS InterScience concluiu que 82% das crianças e dos adolescentes influenciam fortemente as compras das famílias. A pressão é especialmente intensa nas classes A e B, cujas crianças, segundo os pesquisadores, empregam cada vez mais a estratégia das birras públicas para ganhar, na marra, o objeto de desejo.
Com medo das birras, as mães tentam, segundo a pesquisa, driblar os filhos e não os levar às compras, especialmente nos supermercados, mas, muitas vezes, acabam cedendo. Os responsáveis pelo levantamento da InterScience atribuem parte do problema ao sentimento de culpa. Isso porque, devido ao excesso de trabalho, os pais ficam muito tempo longe de casa e querem compensar a ausência com presentes.
Uma pesquisa encomendada pelo Núcleo Jovem da Abril detectou que muitos dos novos consumidores vivem uma ansiedade tamanha que nem sequer usufruem o que levam para casa. Já estão esperando o produto que vai sair. É ninfomania consumista. Jovens relataram que nunca usaram, nem mesmo uma vez, roupas que adquiriram. Aposentam aparelhos eletrodomésticos comprados recentemente porque já estariam defasados.
Psicólogos suspeitam que essa atitude seja uma fuga para aplacar a ansiedade e a carência provocadas, em parte, pela falta de limite. Imaginando-se modernos, pais tentam ser amigos de seus filhos e, assim, desfaz-se a obrigação de dizer não e enfrentar o conflito. O resultado é, no final, uma desconfiança, explicitada pelos entrevistados, ainda maior em relação aos adultos.
Outro estudo, desta vez patrocinado pela MTV, detectou um início de tendência entre os jovens de insatisfação diante de pais extremamente permissivos. Estão demandando adultos mais pais do que amigos. Para complicar ainda mais a insegurança das crianças e dos adolescentes, a violência nas grandes cidades leva os pais, compreensivelmente, a pilotar os filhos pelas madrugadas, para saber se não sofreram uma violência. Brincar
nas ruas está desaparecendo da paisagem urbana, ajudando a formar seres obesos, presos ao computador.
Há pencas de estudo mostrando como a brincadeira, dessas em que nos sujamos e ralamos o joelho na
árvore, ajuda a desenvolver a criatividade, o senso de autonomia e de cooperação. É um espaço de estímulo à imaginação.
Todos sabemos como é difícil alguém prosperar com autonomia se não souber lidar com a frustração. Muito se estuda sobre a importância da resiliência – a capacidade de levar tombos e levantar como um elemento educativo fundamental.
Professores contam, cada vez mais, como os alunos não têm paciência de construir o conhecimento e desistem logo quando as tarefas se complicam um pouco. Por isso, entre outras razões, os alunos decepcionam-se rapidamente na faculdade, que exige mais foco em poucos assuntos.
Os educadores alertam que muitos jovens têm dificuldade de postergar o prazer e buscam a realização imediata dos desejos; respondem exatamente ao bombardeamento publicitário, inclusive na ingestão de álcool, como vamos testemunhar, mais uma vez, nas propagandas de cerveja neste verão. Daí o risco de termos "cangurus", que fiquem cada vez mais na bolsa (e no bolso) dos pais.

P.S. – Em todos esses anos lidando com educação comunitária, posso assegurar que uma das melhores coisas que as escolas de elite pode fazer por seus alunos é estimulá-los ao empreendedorismo social. É um notável treino para enfrentar desafios. Enfrentam-se em asilos, creches e favelas os limites e as carências. Conheci casos e mais casos de alunos problemáticos que mudaram sua cabeça ao desenvolver uma ação comunitária e passaram, até mesmo, a valorizar o aprendizado curricular.

Fonte: Folha de São Paulo. Geração Canguru. Gilberto Dimenstein Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/
colunas/gd121205.htm>. Acesso em: 28 de maio de 2020.


Leia, com atenção, o poema de Paulo Leminski abaixo selecionado:

Caprichos & Relaxos
Paulo Leminski, 1983
Quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

2.       Após a leitura comparativa dos dois textos acima, o que o poema de Paulo Leminski representa em relação ao primeiro texto?
Ao se comparar os dois textos acima, verifica-se que:

a. Os dois textos mantêm relação entre si no plano da forma, pois são poemas.
b. Os dois textos são de gêneros textuais diferentes e possuem temas diferentes.
c. O poema, texto literário, motiva o leitor a se tornar um jovem da geração canguru.
d. Os dois textos não possuem nenhum tipo de relação, pois são de autores diferentes.
e. Embora sejam de autores diferentes, há relações entre os dois textos quanto ao conteúdo.
3.       Como se chama a leitura comparativa possível de ser realizada entre dois textos de diferentes épocas, a
exemplo dos dois textos acima?

a. Intertextualidade
b. Ironia
c. Poesia
d. Crônica
e. Metáfora
4.       Com base na leitura dos dois textos, imagine que você é um jovem que não quer ser enquadrado na "geração canguru". Desse modo, produza um texto semelhante ao de Leminski, mas troque o início do texto por: "Quando eu tiver 20 anos". Escreva cerca de dez versos, dizendo o que esse jovem de 20 anos necessita para não ser enquadrado na "geração canguru."

Leia o texto abaixo, de Jacques Fux, para responder às questões que seguem.

Literatura e Matemática

Letras e números costumam ser vistos como símbolos opostos, correspondentes a sistemas de pensamento e linguagens completamente diferentes e, muitas vezes, incomunicáveis. Essa perspectiva, no entanto, foi muitas vezes recusada pela própria literatura, que em diversas ocasiões valeu-se de elementos e pensamentos matemáticos como forma de melhor explorar sua potencialidade e de amplificar suas possibilidades criativas.

A utilização da matemática no campo literário se dá por meio das diversas estruturas e rigores, mas também através da apresentação, reflexão e transformação em matéria narrativa de problemas de ordem lógica. Nenhuma leitura é única: o texto, por si só, não diz nada; ele só vai produzir sentido no momento em que há a recepção por parte do leitor. A matemática pode, também, potencializar o texto, tornando ainda mais amplo o seu campo de leituras possíveis a partir de regras ou restrições.
6 | LÍNGUA PORTUGUESA
Muitas passagens de Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho, de Lewis Carroll, estão repletas de enigmas e problemas que até os dias de hoje permitem aos leitores múltiplas interpretações. Edgar Allan Poe é outro escritor a construir personagens que utilizam exaustivamente a lógica matemática como instrumento para a resolução dos enigmas propostos.

Explorar as relações entre literatura e matemática é resgatar o romantismo grego da possibilidade do encontro de todas as ciências. É fazer uma viagem pelo mundo das letras e dos números, da literatura comparada e das ficções e romances de diversos autores que beberam (e continuarão bebendo) de diversas e potenciais fontes científicas, poéticas e matemáticas.

(Fonte: Dom Total (adaptado). Disponível em: <https://domtotal.com/noticia/1363494/2019/06/o-uso-da-matematica-logica-ecomputacao-na-literatura/>. Acesso em: 28 de maio de 2020

5. (Fatec 2017) No texto, entende-se que:
a. O substantivo literatura, no primeiro parágrafo, está utilizado no sentido denotativo, pois se refere à produção escrita informal.
b. O verbo dizer, no segundo parágrafo, está utilizado no sentido denotativo, pois há um substantivo quepossui voz ativa.
c. O substantivo matemática, no segundo parágrafo, está utilizado no sentido denotativo, pois as incógnitas são representadas por letras gregas.
d. O advérbio exaustivamente, no terceiro parágrafo, está utilizado no sentido conotativo, pois está relacionado ao cansaço dos escritores.
e. O verbo beber, no quarto parágrafo, está utilizado no sentido conotativo, pois remete ao sentido de absorver intelectualmente.

6.       Segundo o texto, pode-se afirmar que:

a. A separação entre Literatura e Matemática tem origem no romantismo grego.
b. A separação entre Literatura e Matemática é necessária, pois a lógica só está presente em uma delas. 
c. A relação entre Literatura e Matemática prejudica os leitores, por apresentar problemas e enigmas.
d. A relação entre Literatura e Matemática só é possível quando as letras e os números são vistos como símbolos opostos.
e. A relação entre Literatura e Matemática faz com que as produções artísticas se apresentem de maneira integrada e produtiva.

Leia o texto abaixo para responder as duas questões seguintes.

Felicidade Clandestina
Clarice Lispector
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. (...) Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. (...)
Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina, devia nos odiar, nós que
éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía
As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. (...)
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. (...) E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. (...) Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. (...)
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! (...)
Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. (...) Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. (...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. (...)
(Fonte: E-disciplinas/USP. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfle.php/4926123/mod_resource/content/4/
FELICIDADE%20CLANDESTINA.pdf>. Acesso em: 28 de maio de 2020.
7.       De acordo com a leitura do texto, pode-se afirmar que a narradora-personagem:

a. Para conseguir um livro emprestado, mentia para a colega e fazia falsas promessas.
b. Para conseguir um livro emprestado, ia à casa da colega a fm de humilhá-la.
c. Para recuperar um livro emprestado, humilhava a colega, que não se importava.
d. Para conseguir um livro emprestado, era humilhada pela colega, porém não desistia.
e. Para recuperar um livro emprestado, procurou a mãe de uma colega, dona de livraria.


          8 . Considerando as informações do texto, é correto afirmar que a narradora-personagem possuía:
a.       O desejo de ler, mas não tinha condições de comprar o livro de Monteiro Lobato.
b. O livro de Monteiro Lobato, mas não o emprestava para suas amigas de colégio.
c. Uma felicidade clandestina de emprestar os livros de Monteiro Lobato à amiga.
d. Uma colega que gostava de emprestar os livros de Monteiro Lobato para ela.
e. Uma livraria com obras de diversos autores, mas preferia ler as de Monteiro Lobato.

Leia, com bastante atenção, este artigo de opinião:

 Viver em sociedade
Dalmo de Abreu Dallari

A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas às outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos.
Sem vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo. E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando na cidade, com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros muitas vezes por dia.
Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material, como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transporte e os cuidados de saúde. Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem. Além disso, todo ser humano tem suas crenças, tem sua fé em alguma coisa, que é a base de suas esperanças.
Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar ideias, necessitada de dar e receber afeto. E muito
provavelmente ficaria louca se continuasse sozinha por muito tempo.
Mas, justamente porque vivendo em sociedade é que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, é preciso que a sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim. E não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas necessidades da pessoa humana ou de todas as necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com justiça é aquela em que se procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm as mesmas oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos.
Para que essa repartição se faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos exijam que eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades sociais.

Questões:

9. Explique, de forma argumentada, a seguinte tese defendida pelo autor:

Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana.


10. Identifique a que se referem os termos sublinhados em:
a) Para que essa repartição se faça com justiça [...]


b) [...] quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem.
______________________________________________________________________________

11. Em consonância com a “Nova Ortografia”, não se acentua mais a palavra ideias, presente no 4º parágrafo do texto. Cite outras palavras que seguem essa regra:
______________________________________________________________________________

12. Assinale a alternativa em que a preposição, utilizada para a união de substantivos, foi empregada de forma inadequada:
a) meios de transporte
b) tristeza da solidão
c) cuidados de saúde
d) quantidade de alimentos


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 29/06 ATÉ 03/07

ATIVIDADES

Atividades – semana 29/06 – 03/07

Atenção. Os alunos que não fizeram a atividade da semana anterior (22 a 26 de junho) devem fazê-la
 antes das atividades abaixo. Link da atividade anterior: https://forms.gle/6jX1SgfXuw6EbWhG8 .

As atividades a seguir estão no caderno do aluno, volume 2, páginas 114-121.
Onde fazer: no caderno, digitado no e-mail, pdf ou word.
Forma de entrega das respostas: enviar para o e-mail do professor foto do caderno ou respostas
 digitadas: prof.celso007@gmail.com .
Prazo de entrega: 04/07/2020
Dùvidas? Mandar para o professor no e-mail ou classroom.
Todas as atividades estarão disponíveis também no classroom.
Material de apoio
 Link para o conto “A preta Susana” na íntegra:

Link para o livro Noite na taverna:

ATIVIDADE  3
A VOZ SILENCIADA
Durante o século XIX, período do Romantismo na Literatura Brasileira, a presença do negro nas 
obras literárias foi muito reduzida. Nas publicações de época, eram muitas vezes silenciados ou 
 representados como submissos e subjugados, sem voz ou resistência.
Em 1859, uma escritora maranhense, Maria Firmina dos Reis, publicou Úrsula,  onsiderado o
 primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil, e o primeiro por uma mulher negra na 
América Latina. Neles, a protagonista é uma mocinha branca clássica de romance, mas a autora
 dá voz às personagens escravizadas, representando-as em toda a sua dimensão humana, com 
subjetividade e desejos individuais, quebrando o padrão da escrita dos folhetins da época.
Maria Firmina dos Reis permaneceu esquecida dos estudos acadêmicos até a década de
70 do século passado, quando sua obra começou a ser resgatada e a devida importância ao que 
produziu veio à tona.
Para conhecer a história da autora, leia um fragmento de Úrsula. No trecho, pela primeira vez na 
 literatura brasileira, o escravizado tem sua voz respeitada e denuncia as condições bárbaras dadas
 aos povos africanos. Essa é uma das muitas razões da importância histórica dessa narrativa.

CAPÍTULO 9 – A PRETA SUZANA
[...]Tudo me obrigaram os bárbaros a deixar! Oh! tudo, tudo até a própria liberdade!
Estava extenuada de aflição, a dor era-lhe viva, e assoberbava-lhe o coração.
– Ah! pelo céu! – exclamou o jovem negro enternecido – sim, pelo céu, para que essas re­cordações!?
– Não matam, meu filho. Se matassem, há muito que morrera, pois vivem comigo todas as horas.
Vou contar-te o meu cativeiro.
      Tinha chegado o tempo da colheita, e o mi­lho e o inhame e o mendubim eram em abundân­cia nas nossas
roças. Era um destes dias em que a natureza parece entregar-se toda a brandos folga­res, era uma manhã
 risonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enor­me no coração. Sim, eu estava 
triste, e não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar. 
 Minha filha sorria-se para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência semelhava um anjo. Desgraçada de 
mim! Deixei-a nos braços de minha mãe, e fui-me à roça colher milho. Ah! nunca mais devia eu vê-la...
      Ainda não tinha vencido cem braças de ca­minho, quando um assobio, que repercutiu nas matas, me veio
 orientar acerca do perigo iminente, que aí me aguardava. E logo dois homens apare­ceram, e amarraram-me
 com cordas. Era uma pri­sioneira – era uma escrava! Foi embalde que su­pliquei em nome de minha filha, que
 me restituís­sem a liberdade: os bárbaros sorriam-se das mi­nhas lágrimas, e olhavam-me sem compaixão. 
 enlouquecer, julguei morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava ainda longos com­bates. Quando
 me arrancaram daqueles lugares, onde tudo me ficava – pátria, esposo, mãe e filha, e liberdade! Meu Deus! 
O que se passou no fundo de minha alma, só vós o pudestes avaliar!...
       Meteram-me a mim e a mais trezentos com­panheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto 
porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos, e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à
 vida passamos nessa sepultura até que abordamos as praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no 
porão fomos amarrados em pé e para que não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais
 ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa. Davam-nos a água imunda, 
podre e dada com mesquinhez, a comida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado muitos
 companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus
 semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos!
Muitos não deixavam chegar esse último ex­tremo – davam-se à morte.
        Nos dois últimos dias não houve mais alimento. Os mais insofridos entraram a vozear. Grande Deus! Da escotilha lançaram sobre nós água e breu fervendo, que escaldou-nos e veio dar a morte aos cabeças do motim.
A dor da perda da pátria, dos entes caros, da liberdade foi sufocada nessa viagem pelo hor­ror constante de tamanhas atrocidades.
Não sei ainda como resisti – é que Deus quis poupar-me para provar a paciência de sua serva com novos tormentos que aqui me aguardavam.
      O comendador P... foi o senhor que me es­colheu. Coração de tigre é o seu! Gelei de horror ao aspecto de meus irmãos... os tratos, por que pas­saram, doeram-me até o fundo do coração! O comendador P... derramava sem se horrorizar o sangue dos desgraçados negros por uma leve ne­gligência, por uma obrigação mais tibiamente cum­prida, por falta de inteligência! E eu sofri com resig­nação todos os tratos que se dava a meus irmãos, e tão rigorosos como os que eles sentiam. E eu também os sofri, como eles, e muitas vezes com a mais cruel injustiça.
Pouco depois casou-se a senhora Luísa B..., e ainda a mesma sorte: seu marido era um homem mau, e eu suportei em silêncio o peso do seu rigor.
       E ela chorava, porque doía-lhe na alma a dureza de seu esposo para com os míseros escra­vos, mas ele via-os expirar debaixo dos açoites os mais cruéis, das torturas do anjinho, do cepo e outros instrumentos de sua malvadeza, ou então nas prisões onde os sepultava vivos, onde, carre­gados de ferros, como malévolos assassinos aca­bavam a existência, amaldiçoando a escravidão; e quantas vezes aos mesmos céus!...
       O senhor Paulo B... morreu, e sua esposa, e sua filha procuraram em sua extrema bondade fazer-nos esquecer nossas passadas desditas! Túlio, meu filho, eu as amo de todo o coração, e lhes agradeço: mas a dor, que tenho no coração, só a morte poderá apagar! – Meu marido, minha filha, minha terra... minha liberdade...
E depois ela calou-se, e as lágrimas, que lhe banhavam o rosto rugoso, gotejaram na terra.
Túlio ajoelhou-se respeitoso ante tão profun­do sentir: tomou as mãos secas e enrugadas da africana, e nelas depositou um beijo.
       A velha sentiu-o, e duas lágrimas de sincero enternecimento desceram-lhe pela face: ergueu então seus olhos vermelhos de pranto, e arrancou a mão com brandura e elevando-a sobre a cabeça do jovem negro, disse-lhe tocada de gratidão:
– Vai, meu filho! Que o Senhor guie os teus passos, e te abençoe, como eu te abençoo.
REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Disponível em:<https://cadernosdomundointeiro.com.br/pdf/Ursula-2a-edicaoCadernos-do-Mundo-Inteiro.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2019

1 - Uma das características do Romantismo é o apelo aos sentimentos e às emoções; esse
recurso é utilizado pela autora? Comente.
.
2 - A liberdade é um direito básico do ser humano. Em quais trechos do texto a autora
enfatiza essa questão?

3 - Analise a seguinte afirmação: A personagem Suzana é consciente em relação à sua
cultura e seu passado africano. Faça um comentário destacando passagens do texto
que permitem confirmá-la.
.

Leia o trecho a seguir que inicia o romance Úrsula para responder às próximas questões:

MESQUINHO E HUMILDE LIVRO é este que vos apresento, leitor. Sei que passará
entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador de outros, e ainda assim o dou
a lume. Não é a vaidade de adquirir nome que me cega, nem o amor próprio de autor. Sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e a conversação dos homens ilustrados,
que aconselham, que discutem e que corrigem [...]
REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Disponível em:<
https://cadernosdomundointeiro.com.br/pdf/Ursula-2a-edicaoCadernos-do-Mundo-Inteiro.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2019.

4 - Qual era condição das mulheres no Brasil do século XIX, especificamente das mulheres
negras?
.
5 - O que mudou em relação ao tratamento dado às mulheres nos dias de hoje,
especificamente às pobres, negras e periféricas?
.

ATIVIDADE 4
O CONTO FANTÁSTICO
A palavra “fantástico”, em sua origem, é da mesma família de fantasia e fantasma. Entre os diferentes contos fantásticos, encontramos os de Álvares de Azevedo, o conto fantástico gótico, que induz o leitor à mais profunda concentração, deixando-o frente a frente com os próprios fantasmas e desejos.
Manoel Antônio Álvares de Azevedo foi um escritor da Segunda Geração Romântica (Ultrarromântica, Byroniana ou Mal-do-Século), autor de Noite na Taverna e Lira dos Vinte
Anos
, dentre outras obras de igual relevância. Apesar de ter falecido muito jovem, aos 20 anos, seu legado é estudado e referenciado pela qualidade de sua escrita.
Em sua obra Noite na Taverna, o autor elabora uma narrativa em sete episódios, entrelaçados por um enredo que se passa com um grupo de jovens em uma taverna. Reunidos, eles compartilham histórias trágicas, com crimes hediondos, sempre envolvendo amores controversos. Todos os relatos envolvem relações delirantes, absurdas ou pouco reais. A coletânea de contos retrata o entusiasmo da geração romântica pelo chamado Mal do Século, uma expressão que se refere à crise de crenças e valores que ocorreu na Europa, no século XIX, dentro do contexto do Romantismo, mas que se manteve presente também no Simbolismo.
Por tratar-se de um sentimento de tédio, desilusão e melancolia, acabou desenvolvendo na
literatura um gosto pelo mórbido e por personalidades autodestrutivas e decadentes.
Leia a seguir um trecho da coletânea de contos Noite na Taverna.
III - BERTRAM
Amei muito essa moça, chamava-se Ângela. Quando eu estava decidido a casar-me com ela, quando após das longas noites perdidas ao relento a espreitar-lhe da sombra um aceno, um adeus, uma flor, quando após tanto desejo e tanta esperança eu sorvi-lhe o primeiro beijo, tive de partir da Espanha para Dinamarca onde me chamava meu pai.
Foi uma noite de soluços e lágrimas, de choros e de esperanças, de beijos e promessas, de amor, de voluptuosidade no presente e de sonhos no futuro... Parti. Dois anos depois foi que voltei. Quando entrei na casa de meu pai, ele estava moribundo; ajoelhou-se no seu leito e agradeceu a Deus ainda ver-me, pôs as mãos na minha cabeça, banhou-me a fronte de lágrimas — eram as últimas — depois deixou-se cair, pôs as mãos no peito, e com os olhos em mim murmurou: Deus!
A voz sufocou-se-lhe na garganta: todos choravam.
Eu também chorava, mas era de saudades de Ângela...
Logo que pude reduzir minha fortuna a dinheiro pus-la no banco de Hamburgo, e parti para a Espanha.
Quando voltei. Ângela estava casada e tinha um filho...
Contudo meu amor não morreu! Nem o dela!
Muito ardentes foram aquelas horas de amor e de lágrimas, de saudades e beijos, de sonhos e maldições pare nos esqueceremos um do outro.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Uma noite, dois vultos alvejavam nas sombras de um jardim, as folhas tremiam ao ondear de um vestido, as brisas soluçavam aos soluços de dois amantes, e o perfume das violetas que eles pisavam, das rosas e madressilvas que abriam em torno deles era ainda mais doce perdido no perfume dos cabelos soltos de uma mulher...
Essa noite — foi uma loucura! foram poucas horas de sonhos de fogo! e quão breve passaram! Depois a essa noite seguiu-se outra, outra... e muitas noites as folhas sussurraram ao roçar de um passo misterioso, e o vento se embriagou de deleite nas nossas frontes pálidas...
Mas um dia o marido soube tudo: quis representar de Otelo com ela. Doido!...
Era alta noite: eu esperava ver passar nas cortinas brancas a sombra do anjo. Quando passei, uma voz chamou-me. Entrei. — Ângela com os pés nus, o vestido solto, o cabelo desgrenhado e os olhos ardentes tomou-me pela mão... Senti-lhe a mão úmida.... Era escura a escada que subimos: passei a minha mão molhada pela dela por meus lábios . Tinha saibo de sangue.
— Sangue, Ângela! De quem é esse sangue?
A Espanhola sacudiu seus longos cabelos negros e riu-se.
Entramos numa sala. Ela foi buscar uma luz, e deixou-me no escuro.
Procurei, tateando, um lugar para assentar-me: toquei numa mesa. Mas ao passar-lhe a mão senti-a banhada de umidade: além senti uma cabeça fria como neve e molhada de um líquido espesso e meio coagulado. Era sangue...
Quando Ângela veio com a luz, eu vi... Era horrível!... O marido estava degolado.
Era uma estátua de gesso lavada em sangue... Sobre o peito do assassinado estava uma criança de bruços. Ela ergueu-a pelos cabelos... Estava morta também: o sangue que corria das veias rotas de seu peito se misturava com o do pai!
— Vês, Bertram, esse era o meu presente: agora será, negro embora, um sonho do meu passado. Sou tua e tua só. Foi por ti que tive força bastante para tanto crime... Vem, tudo esta pronto, fujamos. A nós o futuro!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Foi uma vida insana a minha com aquela mulher! Era um viajar sem fim. Ângela vestia-se de homem: era um formoso mancebo assim. No demais ela era como todos os moços libertinos que nas mesas da orgia batiam com a taça na taça dela. Bebia já como uma inglesa, fumava como uma Sultana, montava a cavalo como um Árabe, e atirava as armas como um Espanhol.
Quando o vapor dos licores me ardia a fronte ela ma repousava em seus joelhos, tomava um bandolim e me cantava as modas de sua terra...
Nossos dias eram lançados ao sono como pérolas ao amor: nossas noites sim eram belas!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Um dia ela partiu: partiu, mas deixou-me os lábios ainda queimados dos seus, e o coração cheio de gérmen de vícios que ela aí lançara. Partiu. Mas sua lembrança ficou como o fantasma de um mau anjo perto de meu leito.
Quis esquecê-la no jogo, nas bebidas, na paixão dos duelos. Tornei-me um ladrão nas cartas, um homem perdido por mulheres e orgias, um espadachim terrível e sem coração.
AZEVEDO, Álvares. Bertram. In: Noite na Taverna. Disponível  em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/
texto/bv000023.pdf
>. Acesso em: 11 nov. 2019. (adaptado)
6 - Responda às seguintes questões:
a) Quais sensações a leitura do texto provocou em você? Faça um comentário, sintetizando-as.
.
b) Quais são as características da personagem Ângela que a tornam um contraponto a um
modelo idealizado de mulher criado pela geração romântica?
.
c) De que forma o conto reproduz os ideais vinculados ao chamado Mal do Século?

Observe o trecho a seguir para responder às questões d e e.

“Foi uma vida insana a minha com aquela mulher! Era um viajar sem fim. Ângela vestia-se de homem: era um formoso mancebo assim. No demais, ela era como todos os moços libertinos que nas mesas da orgia batiam com a taça na taça dela. Bebia já como uma inglesa, fumava como uma Sultana, montava a cavalo como um Árabe, e atirava as armas como um Espanhol

d) Qual figura de linguagem prevalece no trecho?
.

e) Qual característica da personagem Ângela é enfatizada? 


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 26/05 ATÉ 29/05
ATIVIDADES

Ou
Responder as questões e clicar em enviar.

As orientações para a atividade estão no mesmo link acima.

Para se aprofundar sobre o tema, os alunos podem assistir à aula do Centro de mídias: https://www.pebsp.com/videos/2a-serie-em-portugues-artigo-de-opiniao-15-05-2020/.
Para auxiliar nas atividades, os alunos também devem acompanhar os informes e conteúdos colocados no google classroom da disciplina.


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 15/06 ATÉ 19/06


ATIVIDADES

ATIVIDADE para a semana 15/06 – 19/06

ATENÇÃO!!
Os alunos que não fizeram a atividade anterior (https://forms.gle/JudjWYVKzuNeB3SQ8), 
deverão fazê-la e depois fazer a atividade abaixo.
Os alunos que já fizeram a atividade anterior – semana 8 a 12 de junho, deverão fazer a
 atividade a seguir e ler o livro “A pata da Gazela” de José de Alencar.
As respostas devem ser enviadas, digitadas ou em fotos do caderno, ao professor no 
Obs: a atividade abaixo está no caderno do aluno, volume 2.

INTRODUÇÃO AO ROMANTISMO

A seguir, você lerá dois trechos de obras do século XIX. É possível que se depare com palavras
e expressões desconhecidas ou que não sejam comuns nos dias de hoje. Destaque tais termos e,
a partir do contexto e pesquise seu significado.
Texto 1
 Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém
 lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes; a musa
 dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa. Duas opulências, que se
 realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no 
prisma do diamante. Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da
 Corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira
o seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam;
 e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita
coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos
 de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; e tinha em sua companhia uma velha parenta, 
viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. [...]
 ALENCAR, José de. Senhora. Disponível em:. Acesso em: 12 nov. 2019.
 Texto 2
[...] Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a 
virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que
seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o
 sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil
e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia,
ao pino do Sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais 
fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos.
 Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água 
ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma 
das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo,
o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos 
da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a
selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas
 de que matiza o algodão. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, 
que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro
 estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que
 bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe
o corpo. Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de 
sangue borbulham na face do desconhecido. De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da
 espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo
de ternura e amor. Sofreu mais d’alma que da ferida. O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não
 o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa
 que causara. A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois
 Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
 O guerreiro falou: — Quebras comigo a flecha da paz? — Quem te ensinou, guerreiro branco, 
a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu?
 — Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm
 os meus. — Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de 
Araquém, pai de Iracema. [...] ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em:. Acesso em: 12 nov. 2019.

Sobre o autor
 José de Alencar foi jornalista, dramaturgo, advogado, político e escritor brasileiro. Representou, com
maestria, o romantismo brasileiro, produzindo romances indianistas, regionalistas e urbanos.
 É considerado o fundador do romance brasileiro com temática nacionalista.

Após a leitura, consulte no dicionário as palavras desconhecidas que você destacou para checar
as hipóteses levantadas. Transcreva apenas o significado que se relaciona ao contexto. Entrelaçando 
os textos
     1.       A produção literária da 1ª e 2ª gerações românticas, do século XIX, destacou a mulher como figura idealizada. Identifique nos trechos retirados das obras Senhora e Iracema, características que comprovem essa afirmação. Comente.
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________.
     2.       No trecho da obra Senhora, o que é possível identificar quanto ao perfil da personagem Aurélia,
     por meio de sua descrição?
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
 3. Quais são as figuras de linguagem utilizadas pelo autor no trecho da obra Senhora? Transcreva-as
 no caderno.
________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________.
4. No excerto: “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado”. Quais figuras de linguagem aparecem neste trecho?
(A) Pleonasmo e antítese; (B) Eufemismo e hipérbole; (C) Metonímia e antítese; (D)Metáfora e comparação; (E) Catacrese e metonímia.


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/06 ATÉ 12/06

ATIVIDADES

Os alunos deverão:
Abrir o link:

Ou

Responder às questões;
 Colocar nome e série;
Clicar em enviar.


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 26/05 ATÉ 29/05

ATIVIDADES

Os alunos deverão:
Abrir o link;
ou
Responder às questões de 1 à 16;
 Colocar nome e série;
Clicar em enviar.



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 18/05 ATÉ 22/05

ATIVIDADES

Os alunos deverão:
Abrir o link;

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfSnjMEsmQJobit0Xy_G41Pv91fTy-i_ROfvPurYxxdZt6fLg/viewform?usp=sf_link



Responder às questões de 1 à 16;
 Colocar nome e série;
Clicar em enviar.



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 11/05 ATÉ 15/05


ATIVIDADES

. 

Os alunos deverão responder ao formulário disponível no link:


As fotos das atividades solicitadas no caderno devem ser enviadas para o email: prof.celso007@gmail.com.
- Enviar todas as respostas e atividades até o dia 15/05.

Acompanhamento das atividades dos alunos: o professor, ao longo da semana irá tirar as dúvidas dos alunos sobre os temas estudados, realizando feedback via whatsapp da turma, e-mail e aulas pelo aplicativo Zoom.



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 04/05 ATÉ 08/05

ATIVIDADES

. 2ºD

Não é necessário copiar as perguntas, mas somente fazer as respostas.
As orientações do professor estão sublinhadas  em verde.
Quando a questão for de múltipla escolha, copiar a alternativa correta.
Colocar nome, série e data da atividade.
Escreva todas as respostas com caneta azul ou preta.
Não mude a numeração das questões.
Tire fotos ou digite as respostas e mande no email: prof.celso007@gmail.com.
- Enviar todas as respostas das atividades até o dia 09/05.

Atividade das 2 aulas do dia 05/05 – Terça-feira

Leia com atenção e tome nota se necessitar:

Características do anúncio publicitário

Gênero textual que busca persuadir o leitor a tomar alguma atitude, convencê-lo a 
extrapolar a simples leitura, mas refletir e agir conforme a visão do anúncio.
- Uso de verbos no imperativo.
- Textos curtos, que atraem o leitor.

O objetivo do anúncio é fazer com que o leitor tenha vontade de comprar o produto, 
cria uma necessidade ao público.

Elemento não verbal: imagem que desperta interesse no leitor.
Elemento verbal: slogan, título, nome da marca e texto curto.

A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de ideias 
associadas a empresas, a produtos ou a serviços, especificamente, propaganda 
comercial.
Anúncio publicitário é um gênero textual que tem a finalidade de promover 
uma marca de um produto ou de uma empresa, ou de promover uma ideia.
A linguagem dos anúncios publicitários geralmente se adapta ao perfil do 
público ao qual eles se destinam e ao suporte ou veículo em que eles são 
publicados. A fim de alcançar seu objetivo, o publicitário se utiliza de inúmeros 
recursos da língua portuguesa.


Sabendo dessas informações, responda as questões a seguir.


LEIA O TEXTO PARA RESPONDER AS PRÓXIMAS QUESTÕES:





1ª) Qual a tipologia do texto em estudo?
_________________________________________________________

2ª) O objetivo do texto é
a) promover uma ideia.
b) motivar os clientes a visitarem a empresa Aurora.
c) vender um produtor.
d) falar sobre a importância de uma boa alimentação.

3ª) Escreva a frase impacto da propaganda.
___________________________________________________________


4ª) Qual a importância da personagem escolhida (Guga Kuerte, ex-tenista brasileiro famoso) 
para apresentar o produto da empresa Aurora?
___________________________________________________________


5ª) Que tipo de linguagem é predominante no texto?
a) Literária.
b) Verbal e não verbal.
c) Subjetiva.
d) Formal e informal.

6ª) Escreva a logomarca da propaganda.
____________________________________________________________

7ª) Escreva o slogan da propaganda.
_____________________________________________________________

8ª) Como os recursos gráficos (imagens) contribuem para o sucesso da propaganda?
_____________________________________________________________


9ª) O anúncio publicitário é direcionado principalmente
a) aos jovens.
b) aos adultos.
c) às crianças.
d) aos idosos.


10ª) O texto em estudo é um exemplo de gênero
a) publicitário.
b) informativo.
c) classificado.
d) notícia.

Leia o anúncio a seguir:

11)


11.
     a)    Explique: quem esse anúncio procura atingir? O anúncio deseja vender uma ideia ou produto ? 
Justifique sua resposta.


b)    A linguagem deve ser adequada ao público alvo? Justifique sua resposta.



12.


12. Sobre o anúncio acima responda:

    a)     Qual o produto  publicado?
______________________________________________________.
    b)    Quais os elementos que constituem o anúncio  SLOGAN?
________________________________________________________
    c)     Que imagem encontramos no anúncio?
_______________________________________________________.
    d)    A que tipo de público se destina?
_________________________________________________________
    e)     Que  argumentos são utilizados para persuadir esse público?



Atividade das 2 aulas do dia 07/05 – Quinta-feira

Leia com atenção e tome notas se preferir:

Sobre o gênero “artigo de opinião”.

ü O autor  se posiciona acerca de uma questão polêmica de interesse público;
ü Apresenta uma polêmica: assunto que gera discussões, opiniões distintas;
ü  Essas opiniões afetam a vida de todos   ->        interesse público e relevância 
 social;
ü Há um debate        forma de participar da vida pública de uma comunidade, 
exercer o papel de cidadão.



Um texto argumentativo tem como objetivo persuadir alguém das nossas ideias. 
Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto.

- Diferença entre aúncio publicitário e artigo de opinião: O anúncio publicitário não 
aprofunda sobre um tema ou defende uma tese, mas tem como objetivo vender um 
produto.
O artigo de opinião versa sobre um posicionamento. Tem como objetivo comprovar 
uma tese, contrapondo outras opiniões.

Tendo em vista essas informações, leia o texto a seguir e responda as questões 
13 a 19:

CHEGA DE VIOLÊNCIA!

Aluna Débora de Sousa Magalhães
Professor Maurício Araújo

 A violência contra a mulher no Brasil vem aumentando assustadoramente.  A cada 12 
segundos, uma mulher é violentada, dados altíssimos se comparados aos outros países.  
61% das mulheres assassinadas são negras e 36% dos casos acontecem ao final de semana
 por seus parceiros. As leis deveriam ser mais rígidas para os que cometem esses tipos de 
violência, ou então, chegaremos a números ainda mais alarmantes.
            Muitas mulheres se casam e depositam toda sua confiança em um relacionamento conjugal, 
com a certeza de serem felizes. Elas se unem e acreditam ter encontrado o amor de sua vida. 
Depois vêm os filhos, surgem os problemas financeiros e as brigas começam a aparecer. Logo pensa 
em separação, mas desistem ao imaginar que não teriam capacidades de viverem sozinhas.
            Seus ferimentos são muitos. Além dos físicos, existem os traumas psicológicos com sequelas
 para o resto da vida. O que falta ainda para as mulheres terem o seu valor é coragem de denunciar
 os abusos sofridos. Elas precisam fazer isso não pensando na conseqüência de suas denúncias, mas
 sim, na solução desses problemas.
            Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha com intuito de proteger mulheres de agressões, 
mas poucos foram os seus avanços. A violência ainda continua em diversos lares. Os casos de 
agressões são praticados, em sua maioria, por seus parceiros, namorados, ex-companheiros ou até 
parentes.
            Para ajudar as vítimas dessa violência desenfreada, é necessário ter mais delegacias, casas
 de apoio para as mulheres e projetos públicos que incentivem a participação da comunidade em 
denunciar os crimes e protegê-las. As leis também devem ser mais rígidas e punir com mais justiça 
os agressores. Oferecer um apoio psicológico tanto à vítima como também ao agressor seria um meio
de amenizar tais atos de abuso.  Apoio é o que elas mais precisam, pois não é fácil conviver com a 
violência dentro da própria casa.

Magalhães, Débora de Sousa, Setembro de 2016 / 

13) Qual o tema do artigo de opinião?
_________________________________________________________________

14) Localize no 1º parágrafo a tese defendida pela autora.
_________________________________________________________________

15) Que fatos desencadearam a discussão sobre a violência contra as mulheres?
 _________________________________________________________________


16) Localize no texto

a) uma opinião:
__________________________________________________________________


b) um fato:
__________________________________________________________________

17) A aluna Débora enumerou fatos que contribuem para discussões entre casais. Escreva-os abaixo.
__________________________________________________________________


 18) No trecho: “Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha com intuito de proteger mulheres de 
agressões, mas poucos foram os seus avanços.” A conjunção mas, que introduz a segunda oração,
 estabelece ideia de

a) explicação.
b) conclusão.
c) adição.
d) oposição.


19) Qual a proposta de solução apresentada pelo texto para resolver o problema?

20. Qual a diferença entre o gênero notícia e artigo de opinião? Cite exemplos.
 
Atividade da aula do dia 08/05 – Sexta-feira

Leia os apontamentos a seguir sobre o romantismo na literatura brasileira e tome notas se preferir.

Contexto histórico.

Até a Proclamação da República, foi a Independência do Brasil o principal fato político do século XIX que 
determinou os rumos políticos, econômicos e sociais do país (1889). Merece destaque também o Segundo 
Reinado, em que a nação conheceu um período de grande desenvolvimento em relação aos três séculos
 anteriores. Apesar disso, o Brasil continuou um país fundamentalmente agrário, cuja economia se baseava
 no latifúndio, na monocultura e na mão de obra escrava.

Características do Romantismo no Brasil

- Liberdade formal;
- Nacionalismo (valorização das manifestações populares);
- Indianismo e regionalismo;
- Personagem linear;
- Sentimentalismo;
- Subjetivismo;
- Individualismo;
- Religiosidade;
- Idealização da mulher, do herói, do tempo, do espaço;
- Fuga da realidade;
- Busca da morte;
- Pessimismo.
O Romantismo foi a primeira escola literária que procurou desenvolver uma literatura efetivamente brasileira.

Principais autores

Gonçalves Dias
Álvares de Azevedo
Castro Alves
Sousândrade

Prosa
Joaquim Manuel de Macedo
José de Alencar
Bernardo Guimarães
Manuel Antônio de Almeida.

Romance urbano.

O romance urbano  retratava a vida social da época. A pequena burguesia é apresentada sem  aprofundamento
 psicológico, visto que a sociedade brasileira, ainda pouco urbanizada, não propicia análises de suas relações 
sociais pouco variadas. Cenas de saraus, bailes, passeios ao campo, etc., alternam-se com complicações de
 caráter social e moral, como casamentos, namoros, bisbilhotices etc (6).

São romances urbanos: A Moreninha, O Moço Loiro, de Joaquim Manuel de Macedo;
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida; Diva, Lucíola, Senhora,
 A Pata da Gazela, Cinco Minutos e A Viuvinha, de José de Alencar.


21 - Pesquise a biografia dos autores e faça um resumo, em 6 linhas da biografia que mais gostou e 
explique o porquê.

.

22. Assinale a alternativa correta.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda.
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

(Álvares de Azevedo)


A característica do Romantismo mais evidente desta quadra é:
Parte superior do formulário
o espiritualismo.
 o pessimismo.
 a idealização da mulher.
 o confessionalismo.
 a presença do sonho
Parte inferior do formulário


23.  A partir do texto, responda as questões 23 e 24.
“Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³ . Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.”
(Manuel Antônio de Almeida, “Memórias de um sargento de milícias”)
Glossário:
1- algibebe: mascate, vendedor ambulante.
2- saloia: aldeã das imediações de Lisboa.
3- maganão: brincalhão, jovial, divertido.
Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria:

a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em oposição ao refinamento dos brasileiros.
b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares, mas de maneira respeitosa a aristocracia e o clero.
c) reduz as relações amorosas a seus aspectos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do Naturalismo.
d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante no Romantismo.
e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial-escravista.

24. No excerto, o narrador incorpora elementos da linguagem usada pela maioria das personagens da obra, como se verifica em:
a) aborrecera-se porém do negócio.
b) de que o vemos empossado.
c) rechonchuda e bonitota.
d) envergonhada do gracejo.
e) amantes tão extremosos.





ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/04 ATÉ 01/05


ATIVIDADES

Atividades a seguir são referentes às 2 aulas – 28/04
Leia o texto sobre o gênero “Anúncio publicitário”.
anúncio publicitário é um gênero textual cuja
finalidade é promover um produto ou uma ideia; é
veiculado por diferentes meios de comunicação – a
mídia impressa, jornalística, radiofônica e virtual.
Uma das características desse gênero é o
é convencimento do consumidor para a compra de
determinados produtos, serviços ou ideias. Assim, são
utilizadas variadas ferramentas discursivas – recursos
expressivos - como o uso de imagens, de linguagem
simples, de humor e ironia, verbos no imperativo, os
quais funcionam como aspectos persuasivos.
Disponível em: <https://pixabay.com/pt/images/search/propaganda/>. Acesso em: 15 jan.
2020.


1- a) Observe atentamente o texto não verbal. O que você vê nessa imagem?


b) Qual o efeito de sentido expresso pelos pulsos atados ao celular?

c) O verbo deletar é amplamente utilizado na esfera virtual. No anúncio
publicitário, ele foi empregado com o mesmo sentido?

d) Qual ideia deveria ser deletada de acordo com o contexto do anúncio?

e) A que se refere a frase “Busque outras conexões”?

f) Qual o efeito de sentido do emprego do emoji em substituição à vogal “o”?

g) Você pensa que o uso exagerado dos aparelhos tecnológicos influencia nas
relações interpessoais? Como deveriam ser usados?

h) A dependência do uso do celular e outras tecnologias pode provocar uma doença
chamada Nomofobia. Você conhece essa síndrome? Sabe o que ela pode
provocar? Faça uma breve pesquisa a respeito e anote o que pesquisou em formato de resumo, citando os dados de onde pesquisou:



Sobre a obraO romance urbano ou de costumes, “Memórias de um sargento de milícias”4, de
Manuel Antônio de Almeida, foi escrito durante a primeira geração romântica
brasileira
, porém, não possui as características dessa época, na qual
predominavam romances sob a ótica nacionalista, retratando heróis belos,
corajosos, cheios de princípios. Inicialmente, a obra foi publicada em forma de
folhetins semanais, no Correio Mercantil do Rio de Janeiro, e trouxe, pela primeira
vez, a representação do malandro na literatura nacional. Esse romance apresenta
personagens típicas da sociedade carioca do século XIX, revela a pobreza e a
corrupção, faz uso de linguagem coloquial, traz a presença de anti-herói, com
muitas cenas de humor e ausência de valores morais e sociais.

O trecho que você vai ler a seguir foi retirado da obra Memórias de um sargento de
milícias
, de Manuel Antônio de Almeida.
1. Você sabe o significado da palavra “milícia”? Caso não conheça, pesquise seu significado e escreva abaixo:


2. Você conhece algum romance urbano ou de costumes? Sobre o que eles
costumam tratar? Qual?

3. Considerando as informações apresentadas no box acima, o que espera encontrar
neste trecho da obra?

· Agora, faça uma leitura silenciosa, grifando as palavras que lhe são
desconhecidas. Tente inferir seus significados pelo contexto, porém, caso
não consiga, recorra ao dicionário para apreender suas definições e
selecione a acepção que seja mais adequada.

MilíciaVida ou carreira militar. Disponível em: <"milicia", in Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa [em linha], 2008-2013. Disponível em: <
https://dicionario.priberam.org/milicia>. Acesso em: 14
out. 2019. (Adaptado).

Responda:
Sobre a prosa no Romantismo brasileiro, é incorreto afirmar:
a) Um de seus principais representantes foi José de Alencar, que, por meio das obras IracemaO gaúcho Senhora, conseguiu transitar entre as diferentes vertentes da prosa romântica brasileira, além de ter contribuído também para a poesia do período.
b) O romance indianista e histórico encontrou no índio brasileiro a sua mais autêntica expressão de nacionalidade. Foi uma das principais tendências do Romantismo brasileiro, realizando o projeto literário de construção de uma literatura que retratasse nossa identidade cultural.
c) O romance regional, representado por nomes como José de Alencar, Franklin Távora e Visconde de Taunay, contribuiu muito para a formação da literatura brasileira, bem como para a nossa autonomia literária. Como não possuíam moldes europeus nos quais pudessem espelhar-se, os escritores regionalistas criaram seus próprios modelos, retratando na prosa os quatro cantos do país.
d) Álvares de Azevedo é considerado como um dos principais nomes da prosa romântica brasileira. Foi o único escritor que transitou entre as suas diferentes vertentes por meio de obras que representavam o romance indianista e histórico, o romance regional e o romance urbano.
e) Por retratar a realidade da burguesia e do homem das grandes cidades, o romance urbano alcançou grande popularidade entre os leitores, obtendo maior êxito em relação aos romances indianista e regional. Nessa fase, destacaram-se os escritores Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar.

Atividades a seguir são referentes às 2 aulas -  30/04

CAPÍTULO XIII - MUDANÇA DE VIDA(...)
Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade com um pequeno sacristão
que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; apenas se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo andava ocupado no serviço da igreja; assim, porém, que se acabavam as   missas, e que saíam as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas diabruras mais recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou antes por prova de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um caniço7, e faziam juntos o serviço e as maroteiras8: a mais pequena que faziam era irem de altar em altar escorropichando9todas as galhetas10, o que lhes incendeia mais o desejo de traquinar. Esta vida durou por muito tempo; porém afinal já eram as gazetas12 tão repetidas, que o padrinho se viu forçado a acompanhá-lo outra vez todos os dias para a escola, o que desfez todos os planos que os dois tinham concertado. O nosso futuro clérigo tinha muitas vezes pensado em como não lhe seria agradável ver-se revestido como o seu companheiro de uma batina e uma sobrepeliz13, e feito também sacristão, ter a toda hora à sua disposição quantos caniços quisesse, ter por sua e de seu amigo toda a igreja, poder nos dias de festa, tomando o turíbulo14, afogar em ondas de fumaça a cara da velha que mais perto lhe ficasse na ocasião da missa. Oh! Isto era um sonho de venturas! Vendo-se privado, depois que o padrinho o acompanhava, de gozar parte destes prazeres, como fazia nos dias de fugida, atearam15-se-lhe os desejos, e começou a confessá-los ao padrinho, dando a entender que nada havia de que agora gostasse tanto como fosse a igreja, para a qual, dizia ele, parecia ter nascido. Isto foi para o padrinho um alegrão, porque neste gosto recente do pequeno via furo aos seus projetos.
— Eu bem dizia... pensava consigo; não tem dúvida, vou adiante; o rapaz está-me enchendo as medidas.
Afinal o menino tomou um dia uma resolução última, e propôs ao padrinho que o fizesse sacristão.
— Isso seria muito bom, disse ele, a fim de acostumar-me para quando for padre.
A princípio a ideia deslumbrou o padrinho, porém mais tarde acudiu-lhe a reflexão, e assentou que seria rebaixar o menino e comprometer a sua dignidade futura. Afinal, porém, tantas foram as rogativas
16 e argumentos do pequeno, que se viu obrigado a ceder. O menino tinha nisso duas enormes vantagens, satisfazia seus desejos e saía da escola, poupando assim as remessas diárias de bolos.
— Está bem, dissera consigo o padrinho, ele já sabe ler alguma coisa e escrever: deixoo, para fazer-lhe a vontade, algum tempo na Sé, para que também tome mais amor àquela vida, e depois, apenas o vir com o juízo mais assente17, hei de ir adiante com a coisa. Foi em consequência procurar aquele sacristão da Sé que dançara o minuete18 na festa do batizado, que era nada menos do que o pai do sacristãozinho com que o nosso pequeno travara amizade, para arranjar o afilhado, que não queria outra igreja que não fosse a Sé.  Felizmente pôde ele ser admitido; com a prática que tivera dos dias de gazeta aprendera pouco mais ou menos todo o cerimonial que é mister19 a um sacristão: ajudar a missa já ele sabia, às outras coisas aperfeiçoou-se em pouco tempo. Em poucos dias aprontou-se, e em uma bela manhã saiu de casa vestido com a competente batina e sobrepeliz, e foi tomar posse do emprego. Ao vê-lo passar a vizinha dos maus agouros20 soltou uma exclamação de surpresa a princípio, supondo alguma asneira do compadre; porém reparando, compreendeu o que era, e desatou uma gargalhada. — E que tal?!... Deus vos guarde, Sr. cura, disse fazendo um cumprimento. O menino lançou-lhe um olhar de revés, e respondeu entre dentes: — Eu sou cura, e hei de te curar... Era aquilo uma promessa de vingança. — Ora dá-se? continuou a vizinha consigo mesma; aquilo na igreja é um pecado!! Chegou o menino à Sé impando de contente; parecia-lhe a batina um manto real. Por fortuna houve logo nesse dia dois batizados e um casamento, e ele teve assim ocasião de entrar no pleno exercício de suas funções, em que começou revestindo-se da maior gravidade deste mundo. No outro dia, porém, o negócio começou a mudar de figura, e as brejeiradas começaram. A primeira foi em uma missa cantada. Coube ao pequeno o ficar com uma tocha, e ao companheiro o turíbulo ao pé do altar. Por infelicidade a vizinha do compadre, a quem o menino prometera curar, sem pensar no que fazia colocou-se perto do altar junto aos dois.   Assim que a avistou, o novo sacristão disse algumas palavras a seu companheiro, dando-lhe de olho para a mulher. Daí a pouco colocaram-se os dois disfarçadamente em distância conveniente, e de maneira tal, que ela ficasse pouco mais ou menos com um deles atrás e outro adiante. Começaram então os dois uma obra meritória: enquanto um, tendo enchido o turíbulo de incenso, e balançando-o convenientemente, fazia com que os rolos de fumaça que se desprendiam fossem bater de cheio na cara da pobre mulher, o outro com a tocha despejava-lhe sobre as costas da mantilha a cada passo plastradas de cera derretida, olhando disfarçado para o altar. A pobre mulher exasperou-se, e disse-lhes não sabemos o quê.— Estamos te curando, respondeu o menino tranquilamente.
Vendo que não tirava partido, quis a devota mudar de lugar e sair, porém, o aperto era tão grande que o não pôde fazer, e teve de aturar o suplício até o fim. Acabada a festa, dirigiu-se ao mestre-de-cerimônias, e fez uma enorme queixa, que custou aos dois uma tremenda sarabanda. Pouco, porém, se importaram com isso, uma vez que tinham realizado o seu plano. (...)
ALMEIDA Manuel Antonio de, Memórias de um Sargento de MilíciasMudança de Vida, p. 31-34. Disponível
em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em: 14 out. 2019.

SacristãoHomem que tem a seu cargo a sacristiaservir de ajudante à missa.Beata: Mulher beatificada pela Igreja; mulher excessivamente moralistapuritana.CaniçoCana fina e comprida para pescar.Maroteira: Ato ou dito de maroto, marotice.Escorropichando: Beber até à última gota.10 Galhetas: Pequeno vaso que contém o vinho ou a águapara o serviço de missa.11 Traquinar: Fazer travessuras, fazer barulhoestar irrequieto.12 Gazetas: Faltar às aulas ou às suas obrigações para se divertir.13 Sobrepeliz:Vestidura branca com ou sem mangas que os padres vestem sobre a batina.14 Turíbulo: Vaso onde se queima o incenso, incensário.

15 Atearam: (verbo atear) Lançar fogo a inflamar, excitar, fomentar.16 Rogativa: Súplicapedidoprece.17 Assente (assentar-se): Sentar-se, apoiar-se, firmar-se.18 Minuete: Antiga dança de passo simples e vagaroso.19 Mister: Cargo ou atividade profissional, artista, arte, atividade profissional.

Conversando sobre o texto.1. De acordo com o texto, o que levou o menino a se manter na igreja?

2. Quais foram reais motivos que o levaram a ser sacristão?

3. Que argumentos ele usou para convencer o padrinho a esse respeito?

4. Assim como em O Noviço, de Martins Pena, também escrito no século XIX, a obra Memórias de um sargento de milícias, aborda questões ligadas à ausência de valores morais. Selecione um trecho do texto que represente uma situação amoral e comente sobre ela.


ANÁLISE LINGUSÍTICA- PERÍODOS E CONECTIVOS1. Ao falar sobre as estripulias da personagem e sobre como o padrinho é enganado
pelo afilhado, o autor emprega vários períodos compostos.
Releia o primeiro parágrafo e identifique alguns exemplos. Para isso, relembre:
2. É possível inferir que um motivo para esse emprego se deve ao fato de o autor
querer dar detalhes sobre as ações das personagens, a fim de mostrar bem o caráter do
afilhado e o seu comportamento. Volte ao texto e comente sobre essa hipótese.
3. Releia o trecho extraído do texto. Quantas orações há? Separe-as, destacando o
elemento que as une.
Período simples: formado a partir de um único verbo, ou seja, construído por uma oração
absoluta.
Período composto: possui mais de uma oração, portanto construído por mais de um verbo.
Devido ao modo como as orações articulam-se nesse tipo de período, elas podem   ser chamadas
de orações coordenadas orações subordinadas.

a) À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência,
conseguiu o compadre que o menino frequentasse a escola durante dois anos e que
aprendesse a ler muito mal e escrever ainda pior.

4. Além do conectivo “que” unindo as orações acima, aparece também outro elemento
de ligação. Qual é ele e que efeito de sentido seu emprego atribui ao período?


Responda:

5. Veja, agora, outros períodos compostos e diga qual o tipo de relação os
conectivos em destaque estabelecem entre as orações. Confira as possibilidades
de relações que podem ser estabelecidas:
adição, alternância, causa, consequência, explicação, oposição, tempo, modo,
lugar, finalidade, conclusão.

a) Esta vida durou por muito tempo; porém afinal já eram as gazetas tãorepetidas, que o padrinho se viu forçado a acompanhá-lo outra vez todos
os dias para a escola, o que desfez todos os planos que os dois tinham
concertado.


b) Afinal o menino tomou um dia uma resolução última, propôs ao
padrinho que o fizesse sacristão.


c) Assim que a avistou, o novo sacristão disse algumas palavras a seu
companheiro, dando-lhe de olho para a mulher.



d) [...] ele já sabe ler alguma coisa e escrever: deixo-o, para fazer-lhe a vontade,
algum tempo na Sé, para que também tome mais amor àquela vida, e
depois, apenas o vir com o juízo mais assente, hei de ir adiante com a coisa.


e) Vendo que não tirava partido, quis a devota mudar de lugar e sair, porém,
o aperto era tão grande que o não pôde fazer, teve de aturar o suplício até
o fim.



f) Isso seria muito bom, disse ele, a fim de acostumar-me para quando for
padre.
.



6. Veja o período abaixo.
Acabada a festa, dirigiu-se ao mestre-de-cerimônias, e fez uma enorme queixa, que custou aos dois uma tremenda sarabanda.
a) Separe-o em orações e circule os conectivos.
b) Escreva-as abaixo, de acordo com o que se pede:
· Oração que indica ideia de tempo. Reescreva-a, mantendo a mesma
relação de temporalidade.


· Oração que indica ideia de adição.

· Oração que explica um termo anterior


Leitura obrigatória:
 “Memórias de um Sargento de Milícias” de Manuel Antônio de Almeida.
- Poema de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves. Anotar duas características românticas no livro e em cada um dos poemas escolhidos.
Leitura complementar:
“A pata da Gazela” de José de Alencar.
Vídeo:
Filme a sua escolha com características do romantismo.

- Faça as questões abaixo:
1. Memórias de um Sargento de Milícias não apresenta a idealização e sentimentalismo comuns ao Romantismo. É uma obra excêntrica, bastante diferente das narrativas dessa escola literária.
Assinale a alternativa em que se evidencia o anti-sentimentalismo, o distanciamento do lugar-comum romântico.
 a) "Isto tudo vem para dizermos que Maria Regalada tinha um verdadeiro amor ao major Vidigal."
b) "Não é também pequena desventura o cairmos nas mãos de uma mulher a quem deu na veneta querer-nos bem deveras."
c) "O Leonardo estremeceu por dentro, e pediu ao céu que a lua fosse eterna; virando o rosto, viu sobre seus ombros aquela cabeça de menina iluminada."
d) "Sem saber como, unia-se ao Leonardo, firmava-se com as mãos sobre os seus ombros para se poder sustentar mais tempo nas pontas dos pés, falava-lhe e comunicava-lhe a sua admiração."
e) "Leonardo ficou também por sua vez extasiado; pareceu-lhe então o rosto mais lindo que jamais vira."

2. Assinale a alternativa em que aparece fragmento que se refere ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias.
a) "Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria;aborrecera-se porém do negócio e viera ao Brasil.Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado."
b) "Era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração: era o juiz que julgava e distribuía a pena."
c) "Quando passou de menino a rapaz, e chegou a saber barbear e sangrar sofrivelmente, foi obrigado a manter-se à sua custa."
d) "Era este um homem todo em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, excessivamente calvo, tinha pretensões de latinista."
e) "Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança."

3. Sobre Memórias de um Sargento de Milícias, só não se pode afirmar que:
a) A obra tem como protagonista um anti-herói de características picarescas, o que afasta o livro dos padrões de idealização românticos.
b) À parte a dimensão fantasiosa de que se revestem as peripécias de Leonardo, o livro pode ser considerado realista devido à análise crítica dos costumes da corte.
c) O final do protagonista é bem sucedido, visto que ele se curva ao universo da ordem e das regras sociais.
d) O livro não apresenta perspectiva moralista, pois o “herói malandro“ não é castigado, mas premiado, e o narrador não emite juízos de valor sobre o que narra.
e) A ausência de polarização maniqueísta entre o que é considerado correto ou incorreto, moral ou imoral, pode ser verificada na caracterização dos personagens, em que redomina o humor sobre a idealização.
4. Leia a seguinte afirmação crítica a respeito de Memórias de um Sargento de Milícias:
“Diversamente de todos os romances brasileiros do século XIX, mesmo os que formam a pequena minoria dos romances cômicos, as Memórias de um Sargento de Milícias criam um universo que parece liberto do peso do erro e do pecado.“
Assinale a alternativa que não apresenta um fato relacionado ao universo mencionado na afirmação acima:
a) Luisinha prometera casamento a Leonardo, o que não a impede de trair o juramento sem remorsos, casando-se com José Manuel.
b) A comadre forja uma calúnia para afastar do caminho José Manuel, antagonista de Leonardo, visando à felicidade do afilhado.
c) O mestre-de-reza vale-se de sua intimidade junto à casa de D. Maria para reverter a maledicência criada para denegrir José Manuel.
d) O patrimônio do compadre, que viria a servir de amparo ao afilhado abandonado, origina-se de um juramento rompido desonestamente.
e) Leonardo Pataca expulsa de casa o próprio filho, para depois dar-lhe abrigo, afastando-o da vida desregrada.


5- Leia o fragmento abaixo de um texto do romantismo brasileiro:
O sertão e o sertanejo
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando surda na touceira, queda a vida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados éticas perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade. Transborda a vida.
TAUNAY, A. Inocência. São Paulo: Ática, 1999 (adaptado).
O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de nação. Considerando o trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais e permanentes contribuições do Romantismo para construção da identidade da nação é a:
a) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacional, marcada pelo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação.
b) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe dominante local, o que coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país.
c) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou exaltação, de uma imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira.
d) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de unidade do território nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil aos brasileiros.
e) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, formulando um conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia brasileira.
6 - A natureza, nessa estrofe:
“Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.”
Gonçalves Dias
Obs.:
tamarindo = árvore frutífera; o fruto dessa mesma planta
bogari = arbusto de flores brancas

a) é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
b) expressa sentimentos amorosos.
c) é representada por divindade mítica da tradição clássica.
d) funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
e) é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.

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     a)      O romance “Memórias de Um sargento de Milícias” pode ser considerado como pré-realista? Por quê? Aponte características românticas e de crítica social no romance.
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     b)      Nos poemas de Álvares de Azevedo, Gonçalves Dias e Castro Alves que você escolheu para ler, a natureza é descrita de forma amena ou horrenda? Descreva pelo menos um verso de cada poema que mostre sua constatação.
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8 -  Descreva a personagem Vidinha, de “Memórias de um sargento de Milícias” salientando a impressão que ela causa em Leonardo.

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9 – Assim como na literatura, nos filmes as temáticas sentimentais, conflitos amorosos, amores platônicos, sofrimento, gran finale (morte de uma personagem importante), natureza mórbida (ambiente de tristeza) e natureza amena (ambiente de felicidade) são colocados em cena. Assista a um filme com temática romântica e aponte três características do filme que são similares às do romantismo na literatura. Escreva o nome do filme e as características abaixo, mostrando como elas se desenvolvem em uma ou mais cenas do filme:

Obs:
Nessa atividade, você pode escolher um filme que já assistiu. Não precisa ser filme romântico. Filmes de ação e aventura também podem se caracterizar como românticos, com sentimentalismo exagerado e um conflito amoroso ou um herói que passa por adversidades, mas soluciona-as, em um plano ideal.

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III. REFERÊNCIAS/FONTES


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