ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12
ESTA SEMAMA SERÁ DESTINADA PARA FAZER A RECUPEAÇÃO OU AS ATIVIDADES ATRASADAS (DO BLOG DA ESCOLA OU DO CLASSROOM).
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika) e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até 17/12
Alunos que precisam fazer a recuperação: 2°A: Números: 4; 14; 26; 28
2°B: Números: 6; 10; 15; 16; 21; 25; 27; 28; 29
2°C: Números: 1; 3; 11; 13; 15; 17; 19; 23; 25; 31
2°D: Números: 1; 2; 10; 11; 15; 21; 22; 27; 28; 29
RECUPERAÇÃO
Objetivo: Essa recuperação permite que você entre em contato com temas importantes trabalhados no segundo e terceiro bimestres, tais como: o iluminismo, a Revolução Francesa e a independência dos EUA. Assim, o tema que remete à elaboração e aplicação dos direitos está presente desde a França revolucionária e permanece como base política até hoje nas sociedades. Leia com atenção as três fontes abaixo e responda as questões no caderno: · Em agosto de 1789, na França, a Assembleia Constituinte aprovou a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, inspiradas nos ideais do Iluminismo. Este documento declara que todos os homens nascem livres e iguais em direitos, e que a única fonte de poder é o próprio povo. Fonte 1: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum. Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei. Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei. Art. 11º. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.” (Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789.)
Fonte 2: Declaração Universal dos Direitos Humanos Artigo 1° - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Artigo 2° - Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania. Artigo 3° - Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 7° - Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo 17° - Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade. Artigo 19° - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão. (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)
Fonte 3: Trecho do artigo 5° da Constituição Brasileira Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; (www.senado.leg.br) Questões: A partir da leitura atenta desses três documentos importantes para a preservação da dignidade humana, responda: a) Pode-se afirmar que na atualidade, existem valores, ideias e instituições que são um legado da Revolução Francesa? Justifique. b) Cite um direito do cidadão presente na Constituição brasileira, cuja ideia é advinda da Revolução Francesa. Utilize trechos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que fundamente seus argumentos. c) O primeiro documento soma mais de duzentos anos de sua publicação. Na sua opinião, a sociedade atual conseguiu garantir direitos e igualdade para todos? Leve em consideração os Direitos civis, Direitos políticos, Direitos socioeconômicos, Igualdade civil e Igualdade social. Justifique. d) O lema da Revolução Francesa era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Pesquise ou apresente sua própria opinião à respeito de cada um desses conceitos e por que são importantes para a vida em sociedade. e) Pense em inúmeros casos de violação dos Direitos Humanos que ouvimos diariamente em jornais, sites, revistas, redes sociais etc. Faça uma análise crítica em um pequeno texto dissertativo com argumentos apoiados nos ideais da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
|
ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12
ESTA SEMAMA SERÁ DESTINADA PARA FAZER
ATIVIDADES ATRASADAS (DO BLOG DA ESCOLA OU DO CLASSROOM).
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), no
classroom e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 14/12 |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 07/12
Objetivo
da aula: compreender como se deu o acesso à terra e
a relação com o fim da escravidão e o incentivo à imigração europeia para o
Brasil.
Tema
da aula: Consequências da Lei de Terras
Texto: Lei de Terras de 1850
Durante o século XIX, a
economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a economia
mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo
industrial. As grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus
interesses econômicos pressionando as demais nações para que se adequassem
aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para exemplificar tal
situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico
negreiro. Com relação ao uso da
terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes
vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço
da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a
terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo
explorado ao máximo. Em consequência dessa nova prática econômica, percebemos
que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre
esse bem. No Brasil, os sesmeiros e
posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais
que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência,
alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios
mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601
ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos
direitos e deveres dos proprietários de terra. Essa nova lei surgiu em um
“momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras
brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria
de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola
deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao
projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização
da economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos
campesinos assalariados. Dessa maneira, ex-escravos
e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente
galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei,
nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou
seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas
“terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sob os cuidados do
Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo. A partir de então, uma
série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a
posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se
interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria
dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de
Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a
posse da mesma aos antigos latifundiários. (Fonte:
Site Brasil Escola)
Atividade:
Responda as questões segundo o texto: a)
Como agia a economia mundial por volta do século XIX? b)
Qual a relação das novas práticas capitalistas com o uso da terra? c)
Quais as consequências da Lei de Terras de 1850 para a aquisição de terras no
Brasil? d) A
transformação da terra em uma mercadoria de grande valor marca a nossa
história, por isso estão presentes até hoje a luta pelo acesso à terra. O que
significa, portanto, reforma agrária? Escreva o que você sabe sobre
esse tema ou faça uma pequena pesquisa sobre o assunto. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até 30/11
Objetivo da aula: Refletir sobre o processo de abolição da escravidão no Brasil e a participação efetiva de pessoas que contribuíram de forma importante para o fim desse sistema e que são pouco lembrados pela História.
Tema da aula: Abolição da escravidão no Brasil
Texto 1: Em 13 de maio de 1888, a Princesa Regente assinou a Lei Imperial 3.353, conhecida como Lei Áurea. Em seu artigo primeiro, deixa claro que “é declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil”. Assim, uma das instituições mais antigas, que perpassou o Brasil colônia até o Império, chegava ao fim. Entretanto, a luta dos negros, ao longo dos mais de 300 anos de escravidão, foi cotidiana e intensa. Fugas, suicídios, assassinato de senhores e capatazes, construções de quilombos foram estratégias que os negros escravizados utilizaram para escapar do cativeiro e buscar liberdade. No século XIX, movimentos abolicionistas brasileiros começaram a ganhar corpo e a denunciar interna e externamente as mazelas do sistema escravista que condenava milhares de homens e mulheres à condição de escravos. Textos em jornais, revistas, textos apócrifos, reuniões em centros abolicionistas, comícios etc. foram táticas que alguns abolicionistas utilizaram para sensibilizar a opinião pública quanto à necessidade do fim da escravidão. Abolicionistas mais radicais utilizavam-se de táticas mais ousadas: financiavam e incentivavam as fugas das senzalas e até mesmo compravam escravos para depois libertá-los. (Fonte: Caderno do Aluno, volume 4, página 88)
Texto 2: Muito além da princesa Isabel, 6 brasileiros que lutaram pelo fim da escravidão no Brasil Conheça a história de Luís Gama, André Rebouças, Maria Tomásia Figueira Lima, Adelina, Dragão do Mar e Maria Firmina Reis, importantes abolicionistas brasileiros. O fim da escravidão no Brasil completou 132 anos em 13 de maio deste ano. Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil Pedro II, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição – sem nenhuma medida de compensação ou apoio aos ex-escravos. A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho. Mas a abolição no Brasil está longe de ter sido uma benevolência da monarquia. Na verdade, foi resultado de diversos fatores, entre eles, o crescimento do movimento abolicionista na década de 1880, cuja força não podia mais ser contida. Entre as formas de resistência, estavam grandes embates parlamentares, manifestações artísticas, até revoltas e fugas massivas de escravos, que a polícia e o Exército não conseguiam – e, a partir de certo ponto, não queriam – reprimir. Em 1884, quatro anos antes do Brasil, os Estados do Ceará e do Amazonas acabaram com a escravidão, dando ainda mais força para o movimento. A disputa continuou no pós-libertação, para que novas políticas fossem criadas destinando terras e indenizações aos ex-escravos – o que nunca ocorreu. Conheça abaixo as histórias de seis brasileiros protagonistas na luta pelo fim da escravidão: · Luís Gama, o ex-escravo que se tornou advogado Luís Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 1830, em Salvador, filho de mãe africana livre e pai branco de origem portuguesa. Quando o menino tinha quatro anos, sua mãe, Luísa, teria participado revolta dos Malês, na Bahia, pelo fim da escravidão. Uma reviravolta ocorreu quando Gama tinha dez anos: ficou sob cuidados de um amigo do pai, que o vendeu como escravo. O menino "embarcou livre em Salvador e desembarcou escravo no Rio de Janeiro", escreve a socióloga Ângela Alonso no livro Flores, Votos e Balas, sobre o movimento abolicionista. Depois, foi levado para São Paulo, onde trabalhou como escravo doméstico. "Aprendi a copeiro, sapateiro, a lavar e a engomar roupa e a costurar", escreveu o baiano. Aos 17 anos, Gama aprendeu a ler e escrever com um estudante de direito. E reivindicou sua liberdade ao seu proprietário, afinal, nascera livre, livre era. Em São Paulo, Gama se tornou rábula (advogado autodidata, sem diploma) e criou uma nova forma de ativismo abolicionista: entrava com ações na Justiça para libertar escravos. Calcula-se que tenha ajudado a conseguir a liberdade de cerca de 500 pessoas. Gama usava diversos argumentos para obter a alforria. O principal deles era que os africanos trazidos ao Brasil depois de 1831 tinham sido escravizados ilegalmente. Isso porque naquele ano foi assinado um tratado de proibição do tráfico de escravos. Mais de 700 mil pessoas tinham entrado no país nessas condições. Apenas em 1850 o tráfico de escravos foi abolido definitivamente. "As vozes dos abolicionistas têm posto em relevo um fato altamente criminoso e assaz defendido pelas nossas indignas autoridades. A maior parte dos escravos africanos (...) foram importados depois da lei proibitiva do tráfico promulgada em 1831", disse Gama na época. O advogado ainda entrou com diversos pedidos de habeas corpus para soltar escravos que estavam presos, acusados, sobretudo, de fuga. Ainda trabalhou em ações de liberdade, quando o escravo fazia um pedido judicial para comprar sua própria alforria - o que passou a ser permitido em 1871, em um dos artigos da Lei do Ventre Livre. Luís Gama morreu em 1882, sem ver a abolição. Seu funeral, em São Paulo, foi seguido por uma multidão. "Quanto galgara Luís Gama, de ex-escravo a morto ilustre, em cujo funeral todas as classes representavam-se. Comércio de porta fechada, bandeira a meio mastro, de tempos em tempos, um discurso; nas sacadas, debruçavam-se tapeçarias, como nas procissões da Semana Santa", relata Alonso. Na hora do enterro, alguém gritou pedindo que a multidão jurasse sobre o corpo de Gama que não deixaria morrer a ideia pela qual ele combatera. E juraram todos. · Maria Tomásia Figueira Lima, a aristocrata que lutou para adiantar a abolição no Ceará Filha de uma família tradicional de Sobral (CE), Maria Tomásia foi para Fortaleza depois de se casar com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima. Na capital, tornou-se uma das principais articuladoras do movimento que levou o Estado a decretar a libertação dos escravos quatro anos antes da Lei Áurea. Segundo o Dicionário de Mulheres do Brasil, ela foi cofundadora e a primeira presidente da Sociedade das Cearenses Libertadoras que, em 1882, reunia 22 mulheres de famílias influentes para argumentar a favor da abolição. Ao fim de sua primeira reunião, elas mesmas assinaram 12 cartas de alforria e, em seguida, conseguiram que senhores de engenho assinassem mais 72. As mulheres conseguiram, inclusive, o apoio financeiro do imperador Pedro II para a iniciativa. Juntamente com outras sociedades abolicionistas da época, elas organizaram reuniões abertas com a população, promoviam a libertação de escravos em municípios do interior do Ceará e publicavam textos nos jornais pedindo a abolição em toda a província. Maria Tomásia estava presente na Assembleia Legislativa no dia 25 de março de 1884, quando foi realizado o ato oficial de libertação dos escravos do Ceará, que deu força à campanha abolicionista no país. · André Rebouças, o engenheiro que queria dar terras aos libertos André Rebouças nasceu na Bahia, em 1838, em uma família negra, livre, e incluída na sociedade imperial. Quando jovem, estudou engenharia e começou a trabalhar na área. Foi responsável por diversas obras de engenharia importantes no país, como a estrada de ferro que liga Curitiba ao porto de Paranaguá. Conquistou posição social e respeito na corte. A Avenida Rebouças, importante via em São Paulo, é uma homenagem a André e a seu irmão Antônio, também engenheiro. Em uma das obras de que participou, outro engenheiro pediu que Rebouças libertasse o escravo Chico, que era operário e tinha sido responsável pelos trabalhos hidráulicos. "Foi quando sua atenção recaiu sobre o assunto", escreve Ângela Alonso, também em Flores, Votos e Balas. Chico foi, então, libertado. "Sou abolicionista de coração. Não me acusa a consciência ter deixado uma só ocasião de fazer propaganda para a abolição dos escravos, e espero em Deus não morrer sem ter dado ao meu país as mais exuberantes provas da minha dedicação à santa causa da emancipação", discursou certa vez Rebouças, na presença do imperador Pedro II. Na década de 1870, Rebouças se engajou na campanha pelo fim da escravidão. Participou de diversas sociedades abolicionistas e acabou se tornando um dos principais articuladores do movimento. Um de seus papéis foi fazer lobby - uma ponte entre os abolicionistas da elite e as instituições políticas, para quem executava obras de engenharia. As ideias de Rebouças incluíam não apenas o fim da escravidão. Ele propunha que os libertos tivessem acesso à terra e a direitos, para serem integrados, não marginalizados. "É preciso dar terra ao negro. A escravidão é um crime. O latifúndio é uma atrocidade. (...) Não há comunismo na minha nacionalização do solo. É pura e simplesmente democracia rural", proclamou Rebouças. O engenheiro também se opunha ao pagamento de indenização para os senhores de escravos em troca da liberdade - para Rebouças, isso seria uma forma de validar que uma pessoa fosse propriedade da outra. Apoiador da monarquia e da família real brasileira, Rebouças foi ainda um dos responsáveis pela exaltação da Princesa Isabel como patrona da abolição. · Adelina, a charuteira que atuava como 'espiã' Filha bastarda e escrava do próprio pai, Adelina passou a vender charutos que ele produzia nas ruas e estabelecimentos comerciais de São Luís (MA). Suas datas de nascimento e morte não são conhecidas. Seu sobrenome, também não. Como escrava criada na casa grande, Adelina aprendeu a ler e escrever. Trabalhando nas ruas, assistia a discursos de abolicionistas e decidiu se envolver na causa. De acordo com o Dicionário da Escravidão Negra no Brasil, de Clóvis Moura (Edusp), Adelina enviava à associação Clube dos Mortos - que escondia escravos e promovia sua fuga - informações que conseguia sobre ações policiais e estratégias dos escravistas. Aos 17 anos, Adelina seria alforriada, segundo a promessa que seu senhor fez a sua mãe. Mas, segundo o Dicionário, isso não aconteceu. · Dragão do Mar, o jangadeiro que se recusou a transportar escravos para os navios O jangadeiro e prático (condutor de embarcações) Francisco José do Nascimento (1839-1914), um homem pardo conhecido como Dragão do Mar, foi membro do Movimento Abolicionista Cearense, um dos principais da província, a primeira do Brasil a abolir a escravidão. Em 1881, o Dragão do Mar comandou, em Fortaleza, uma greve de jangadeiros que transportavam os negros e negras escravizados para navios que iriam para outros Estados do Nordeste e para o Sul do Brasil. O movimento conseguiu paralisar o tráfico negreiro por alguns dias. Com o comércio de escravizados impedido nas praias do Ceará, Nascimento foi exonerado do cargo, segundo o registro de Clóvis Moura. E se tornou símbolo da batalha pela libertação dos escravos. Depois da abolição, ele tornou-se Major Ajudante de Ordens do Secretário Geral do Comando Superior da Guarda Nacional do Estado do Ceará e morreu como primeiro-tenente honorário da Armada, em 1914. · Maria Firmina dos Reis, a primeira escritora abolicionista A maranhense Maria Firmina (1825-1917) era negra e livre, "filha bastarda", mas formou-se professora primária e publicou, em 1859, o que é considerado por alguns historiadores o primeiro romance abolicionista do Brasil, Úrsula. O livro conta a história de um triângulo amoroso, mas três dos principais personagens são negros que questionam o sistema escravocrata. A escritora assinava o livro apenas como "Uma maranhense", um expediente comum entre mulheres da época que se aventuravam no mercado editorial, e só agora começa a ser descoberto pelas universidades, segundo a professora de literatura brasileira da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Constância Lima Duarte. Maria Firmina também publicava contos, poemas e artigos sobre a escravidão em revistas de denúncia no Maranhão. De acordo com o Dicionário de Mulheres do Brasil: de 1500 Até a Atualidade (Ed. Zahar), ela criou, aos 55 anos de idade, uma escola gratuita e mista para crianças pobres, na qual lecionava. Maria Firmina morreu aos 92 anos, na casa de uma amiga que havia sido escrava. (Artigo da BBC Brasil)
Atividade: a) Segundo o texto 1, quais eram as táticas utilizadas pelos escravos para conseguirem a liberdade? b) O texto 2, um artigo da BBC, traz seis personagens importantes da nossa História no que diz respeito a luta pelo fim da escravidão. Escolha três deles e comente o que chamou mais sua atenção quanto a sua luta em defesa da liberdade. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11
PREZADO ALUNO,
-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas: |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A
entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika),
ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me
entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega: até
16/11
Objetivo da aula:
compreender o contexto da História do Brasil no período do Segundo Reinado e
suas principais características político-econômicas. Esta aula é a base para
as próximas atividades, nas quais trataremos de assuntos como a abolição e a
imigração.
Tema
da aula: Segundo Reinado no Brasil
Texto: Segundo Reinado
(1840-1889) A 23 de julho de 1840, por meio de uma medida
constitucional, dom Pedro de Alcântara, com 14 anos e sete meses de idade,
teve sua maioridade antecipada. Foi coroado como dom Pedro II e assumiu o
trono e o governo imperial. Iniciava-se o Segundo Reinado, que durou até 1889. A
antecipação da maioridade do herdeiro do trono real passou para a história
como o "golpe da maioridade". A medida foi uma iniciativa dos
políticos pertencentes ao Partido Liberal como uma alternativa ao governo
regencial (1831-1840), que era apontado na época como a principal causa das
frequentes rebeliões, agitações sociais do país. No Segundo Reinado o país foi pacificado. Cessaram as
rebeliões provinciais que marcaram o panorama político dos governos
regenciais e ameaçaram a ordem social e a consolidação do Estado brasileiro.
Duas rebeliões que eclodiram ainda no período regencial chegaram ao fim no
segundo reinado: a Balaiada em 1841, e a Farroupilha, em 1845. A única grande rebelião iniciada no segundo reinado foi
a Revolução Praieira, que eclodiu em 1848 na província de Pernambuco, mas foi
debelada no ano seguinte, em 1849. A paz interna advinda com o governo de dom
Pedro II favoreceu a consolidação dos interesses da classe dominante
representada pelos grandes proprietários rurais.
·
Escravidão
e ausência de participação popular: A classe dominante estava coesa em torno da manutenção
da escravidão e da alienação (ou ausência) da participação popular nas
decisões políticas governamentais. Mas tinham divergências no que diz
respeito a interesses econômicos e políticos locais. Assim, organizaram-se
politicamente em duas agremiações políticas: o Partido Liberal e Partido
Conservador. Os dois partidos políticos disputavam o poder através
de eleições legislativas (para a Câmara dos Deputados). Por meio de um
processo eleitoral bastante fraudulento e violento, tentavam conquistar
maioria no Parlamento e influenciar as decisões governamentais na medida que
seus membros fossem nomeados para formar os gabinetes ministeriais. No
transcurso do segundo reinado, liberais e conservadores se alternaram no
poder.
·
Parlamentarismo
e poder Moderador: Os anos de 1840 até 1846 foram marcados por conflitos e
divergências políticas entre liberais e conservadores com relação ao sistema
de governo. Em 1847, porém, foi instituído o Parlamentarismo, que passou a
funcionar articulado ao Poder Moderador. Criou-se o cargo de presidente do Conselho de
Ministros. Desse modo, o imperador em vez de escolher todos os seus ministros
(regra que vigorou no período precedente), escolhia apenas o
primeiro-ministro. Uma vez nomeado, o primeiro-ministro se encarregava das
nomeações para formar o gabinete ministerial. Com o ministério nomeado, restava a aprovação dos
parlamentares da Câmara dos Deputados. Dispondo do Poder Moderador, o
imperador detinha a prerrogativa de dissolver os gabinetes ministeriais como
condição para formação de outro ministério, dependendo da ocasião e da
conjuntura política. ·
O
poder do café: A estabilidade política advinda com o governo imperial
de dom Pedro 2º foi amplamente favorecida pela comercialização do café. A
expansão da lavoura cafeeira a partir da segunda metade do século XIX deu
novo impulso à economia agroexportadora, trazendo prosperidade econômica ao
país e favorecendo a consolidação dos interesses dos grandes proprietários
rurais. A produção em larga escala do café começou no Rio de
Janeiro, nas regiões de Angra dos Reis e Mangaratiba, a partir de 1830. Em
seguida, as plantações se alastraram para o vale do rio Paraíba, a partir daí
a produção voltou-se para exportação. Por volta de 1850, a lavoura cafeeira
se expandiu para o Oeste paulista, favorecida pelas condições propícias do
solo para o cultivo do café. Para ser lucrativa, a comercialização do café no
concorrido mercado mundial exigiu dos grandes fazendeiros o emprego em larga escala
de mão de obra escrava. Não obstante, nesta época o tráfico mundial de
escravos entrou em declínio.
·
Escravidão:
O governo imperial brasileiro relutava em cumprir os
acordos, leis e tratados firmados com a Inglaterra, país cujos interesses
econômicos a levaram a defesa da extinção do tráfico de escravos. Em 1850 o
Brasil cedeu às pressões dos ingleses promulgando a Lei Eusébio de Queirós,
que levou a extinção definitiva do tráfico. A proibição do tráfico negreiro levaria inevitavelmente
ao fim o trabalho escravo. Mas a classe dominante adiou o quando pôde a
abolição da escravidão no país. Para solucionar o problema da crescente
escassez de mão de obra, os fazendeiros recorreram inicialmente ao tráfico
interno de escravos, comprando-os de regiões economicamente decadentes. Quando o problema da falta de mão de obra escrava
agravou-se, os prósperos fazendeiros paulistas colocaram em prática uma
política de incentivo à imigração de colonos, que passaram a trabalhar sob
regime assalariado. O Brasil seria um dos últimos países do mundo a abolir a
escravidão, em 1888.
·
Declínio
do Segundo Reinado O café tornou-se o principal produto de exportação
brasileiro. A prosperidade econômica advinda com sua comercialização
estimulou a industrialização e a urbanização. Com isso, surgiram novos grupos
e classes sociais, portadoras de novas demandas e interesses. Esses grupos
passariam a contestar o regime monárquico através dos movimentos republicano
e abolicionista. Enquanto a produção cafeeira das regiões do vale do rio
Paraíba e do Rio de Janeiro entraram em decadência, devido ao esgotamento dos
solos, o oeste paulista expandia a produção beneficiado pelas terras roxas,
bastante propícias à cultura do café. Para os interesses dessa classe de
ricos proprietários rurais a monarquia centralizadora - sediada no Rio de
Janeiro e apoiada pelos decadentes senhores de engenhos nordestinos e
cafeicultores do vale do Paraíba -, já não tinha utilidade. Enquanto puderam, defenderam tenazmente a manutenção da
escravidão, mas progressivamente tornaram-se adeptos dos princípios
federalistas contidos nos ideais do movimento republicano. Desse modo, gradualmente, a monarquia foi perdendo
legitimidade diante dos novos interesses e aspirações sociais que surgiram.
Além disso, a partir da década de 1870, o Estado monárquico entrou em
conflito com duas instituições importantes que formavam a base de sustentação
do regime: o Exército e a Igreja Católica. Uma aliança entre os ricos
proprietários rurais do oeste paulista e a elite militar do Exército levou a
derrocada final do regime monárquico, com a proclamação da República.
Atividade: O texto traz vários elementos
importantes para compreendermos o contexto do Segundo Reinado. Faça um breve
resumo de cada um dos tópicos do texto, apresentando as principais características
do Brasil no que diz respeito: a escravidão e ausência de participação
popular; o parlamentarismo e o poder moderador; o poder do café; a escravidão
e o declínio do Segundo Reinado. |
ATIVIDADES DA
SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 09/11
Objetivo
da aula: compreender a Guerra Civil norte-americana
e suas consequências, como o fim da escravidão naquela nação. Refletir acerca
dos efeitos para uma sociedade escravista mesmo após o fim da escravidão e
formas que podemos contribuir para uma sociedade com menos preconceitos.
Tema
da aula: A Guerra Civil Norte-Americana
Introdução: A
independência dos Estados Unidos da América foi um importante marco na
história da humanidade. Uma ex-colônia europeia no continente americano,
declarou guerra contra sua metrópole e, após oito anos de batalhas, com
envolvimento de potências como França e Espanha, teve, finalmente, sua
independência reconhecida. Surgiu, assim, um país livre, que buscava, entre
outras coisas, segundo sua Constituição, a liberdade. Entretanto a liberdade
desejada pelos pais da nação não alcançou a todos. Os negros, submetidos à
escravidão, não foram incluídos no processo e permaneceram na condição de
escravos, sobretudo nos estados do Sul. A situação só se alterou com o fim da
Guerra Civil Norte-Americana, conflito que opôs Norte (avançado em termos
industriais, classe média emergente e indústria diversificada) e Sul (sistema
de plantation e escravidão). A guerra devastou a economia dos estados do Sul
e forçou sua rendição em 1864. A União, ao vencer a guerra, garantiu unidade
territorial, unificação das leis e a aprovação da Décima Terceira Emenda da
Constituição norte-americana, que proibiu a escravidão em todo o território
nacional. (Caderno
do aluno, volume 4)
A
Guerra de Secessão
A Guerra de Secessão
(separação), nos Estados Unidos, teve início no dia 12 de abril de 1861 e foi
um dos conflitos mais importantes da história dos Estados Unidos. Essa guerra
civil foi marcada pelas diferenças políticas e econômicas entre as regiões Norte
(industrial) e Sul (agrária). O Norte era comandado pela
burguesia industrial que defendia o protecionismo alfandegário por não
conseguir competir com os preços dos produtos ingleses, de qualidade
superior. Já o Sul, que tinha como base a economia agrária, era comandado por
uma aristocracia que defendia a liberdade de comércio, preferindo comprar os
produtos da Inglaterra, já que a economia protecionista tornava a região
dependente do Norte, por exportar parte de sua produção e comprar seus
produtos manufaturados. O início do conflito
aconteceu devido à questão da escravidão, que passou a ser discutida no
âmbito político dentro do Congresso criando blocos claramente distintos entre
escravistas e abolicionistas. Por ocasião da época da expansão para o Oeste e
de uma expansão na indústria, os representantes do Norte eram abolicionistas,
por terem interesse no crescimento do mercado consumidor e, ao mesmo tempo,
de obter mão-de-obra barata. Já os sulistas defendiam a livre adoção do
escravismo por se beneficiarem diretamente desta mão-de-obra em suas fazendas
e lucrarem com os preços altos dos escravos. O estopim para a guerra
foi a eleição, em 1860, de Abraham Lincoln pelo Partido Republicano,
representando a região Norte. Temendo, com razão, que o presidente eleito
adotasse medidas contrárias aos seus interesses, os Estados do Sul romperam
com a União, formando os Estados Confederados da América, em 8 de fevereiro
de 1861. A liderança do movimento coube à Carolina do Sul ao qual se
agregaram a Virgínia, a Carolina do Norte, a Geórgia, o Mississipi, a Flórida
entre outros. Richmond, na Virgínia, tornou-se a capital do novo país e
Jefferson Davis foi aclamado o presidente dos Estados Confederados. As tropas
rebeldes eram lideradas pelo comandante Robert Lee.
O ataque feito a uma
guarnição federal do "novo Estado" em 12 de abril do mesmo ano foi
o início da guerra entre as duas partes, que lutaram com forças extremamente
desiguais. Enquanto o Norte contou com o apoio de 25 Estados e de uma
população de 22 milhões de habitantes, o Sul teve o suporte de 11 Estados e
de uma população de nove milhões de habitantes, sendo quatro milhões de
escravos. Milhões de homens foram mobilizados durante o conflito (cerca de
2,5 milhões), modernos recursos para a época foram usados (telégrafo,
ferrovias, trincheiras, armamentos). A guerra foi sangrenta:
yankees, como eram chamados os federalistas do Norte, e confederados
enfrentaram-se em inúmeras batalhas. Os primeiros desejavam manter a união,
enquanto os sulistas almejavam a independência. O Norte, porém, dotado de
indústrias que se converteram em fábricas de armamentos, estava melhor
preparado para os combates e venceu boa parte das batalhas. Os sulistas
chegaram a convocar escravos para lutar contra os yankees. Em 1863, ocorreu a batalha
mais importante - a batalha de Gettysburg - a qual garantiu a vitória para as
forças da União. Lincoln decretou então a abolição da escravidão em todo o
país, que só passou a vigorar com o fim dos combates e a derrota definitiva
do Sul, em 1865. Nesse mesmo ano, Abraham Lincoln foi assassinado por um
fanático sulista.
Ao final do conflito, os
Estados Unidos contavam 600 mil mortos, a devastação dos Estados do Sul, que
se enfraqueceram econômica e politicamente, ao mesmo tempo em que se
consolidava a hegemonia do Norte. Com isso, triunfa o espírito capitalista e
burguês, garantindo o crescimento econômico norte-americano. Em pouco tempo,
os Estados Unidos converteram-se em potência econômica do mundo capitalista. Com o fim da guerra nos
Estados Unidos, consolidou-se a tendência ao desenvolvimento econômico no
país. Mais uma vez, a imigração garantiu um significativo aumento da
população, que passou de 30 milhões, em 1865, para 90 milhões em 1914. A
prosperidade econômica, assegurada por um mercado interno integrado e forte,
não tardou. Por outro lado, a abolição
da escravidão não significou para os cerca de 4,5 milhões de negros que
viviam nos Estados Unidos a integração social: a segregação racial, social e
política foi mantida e gerou problemas raciais que se prolongam até os dias
de hoje.
Atividade:
a)
Segundo o texto do caderno do aluno (introdução), a Independência dos EUA não
deu a liberdade aos escravos. Que situação então pôs fim à escravidão naquele
país? b) A
Guerra Civil norte-americana, ou Guerra de Secessão, foi travada entre o
norte e o sul. Quais eram os principais interesses de cada uma dessas
regiões? c)
Por que a questão da escravidão era uma das bases desse conflito? d)
Quais as principais consequências desse conflito para os Estados Unidos? e)
Embora o fim da escravidão foi garantido, há traços que marcam até hoje a
história dos EUA. Escreva como podemos observar a presença de características
que remetem ao seu passado escravista.
|
ATIVIDADES DA SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até 03/11
Objetivo da aula: compreender as características da expansão dos Estados Unidos a partir do conhecimento do Destino Manifesto e de suas implicações na história norte americana, assim como a importância da expressão artística no convencimento de práticas e ideologias.
Tema da aula: Estados Unidos da América no século XIX
Texto 1: Seguramente uma das principais políticas estadunidenses, implementada na primeira metade do século XIX, foi a Doutrina Monroe. Um dos pilares da política internacional para as Américas, esta política consistia em impedir a recolonização da América por países europeus, a não intervenção nos assuntos internos e a não interferência dos Estados Unidos nos assuntos europeus. Tratava-se, portanto, de um projeto político, econômico e militar, por parte dos Estados Unidos, cujo objetivo era o de manter o hemisfério Ocidental sob sua influência, numa espécie de juiz e guardião de todas as questões que envolvessem a América. “A América para os americanos”, o lema dessa política, foi, em certa medida, aceita pelos principais líderes sul-americanos, visto que seus países (ao sul dos Estados Unidos) estavam passando por lutas de independência de suas antigas metrópoles europeias e precisavam de apoio internacional para consolidar a autonomia. (Caderno do aluno, volume 4.)
Atividade: a) Segundo o texto acima, quais eram as bases da Doutrina Monroe? b) Por que os líderes da independência dos países sul-americanos apoiaram os Estados Unidos, inicialmente?
Texto 2: O Destino Manifesto A conquista da independência alcançada pelos Estados Unidos promoveu um notável processo de crescimento econômico e populacional. Mais do que isso, a vitória contra os antigos laços coloniais foi apenas o primeiro passo para que outras conquistas viessem a ser logo empreendidas por essa mesma população. Nesse contexto, observamos o expressivo alargamento das fronteiras da nação norte-americana rumo ao norte e ao sul de um imenso espaço inexplorado. A primeira das conquistas estabelecidas pelos Estados Unidos aconteceu em 1803, quando o governo negociou a compra da Louisiana junto aos franceses. Pouco tempo depois, no ano de 1819, o governo conseguiu adquirir a Flórida anteriormente controlada pelos espanhóis. Essa mesma política de compra territorial também aconteceu no Alasca (comprado dos russos em 1867), e na conquista do Oregon (região que anteriormente pertencia aos domínios do Império Britânico). No caso de conquista da região do Texas, os Estados Unidos tiveram que empreender uma guerra contra o México. Desde as primeiras décadas do século XIX, colonos norte-americanos se instalavam de forma ilegal ou consentida nos territórios texanos empreendendo formas autônomas de organização de suas áreas de influência. Com o passar do tempo, o não reconhecimento da autoridade política mexicana incitou os colonos daquela área a travarem uma guerra contra os mexicanos. A vitória contra os mexicanos aconteceu paralelamente ao processo de ocupação das terras a oeste. A busca e o controle dessas terras motivaram diversos colonos e imigrantes europeus a tentarem a sorte buscando um pedaço de terra onde poderiam alcançar uma vida mais próspera. É importante ressaltar que nessa corrida, um violento conflito contra as populações indígenas promoveu, décadas mais tarde, as famosas histórias que marcaram os filmes de faroeste. Contudo, mesmo sendo marcada pela violência e pelas guerras, a expansão dos Estados Unidos até o extremo oeste recebeu uma significativa justificação ideológica, a doutrina do Destino Manifesto, que colocou os colonos norte-americanos como divinamente destinados a promover a conquista dessas novas terras. A ambição e o interesse econômico ganharam um arrebatador apelo religioso que legitimava os conflitos e massacres que marcaram esse episódio na história norte-americana. Todas essas conquistas territoriais foram de fundamental importância para que os Estados Unidos acelerassem o seu processo de desenvolvimento agrícola e industrial. No setor agrário, o país conseguiu ampliar sua produção de trigo, milho e algodão. Além disso, a criação de ovinos, suínos e bovinos significou outra frente de fortalecimento da pecuária estadunidense. Na indústria, o crescimento dos mercados consumidores e o investimento em infraestrutura dinamizaram a economia nacional. Os ganhos alcançados por meio de tantas conquistas foram a prova fundamental que comprovava a doutrina do Destino Manifesto. Com isso, essa sociedade mobilizada em torno do objetivo de conquistar terras construiu uma autoimagem de uma nação eleita por Deus para civilizar novas terras e prosperar economicamente. Dessa forma, estavam estabelecidas as condições e o sentimento que transformaram as antigas Treze Colônias em uma grande potência mundial.
(American Progress (1872), de John Gast, exemplifica os valores expressos pela ideia do Destino Manifesto.)
Atividade: a) Segundo o texto, o alargamento das fronteiras a norte e oeste foram cruciais para a consolidação dos Estados Unidos como conhecemos hoje. Como se deu a conquista da região do Texas? b) Qual era a justificativa ideológica presente no Destino Manifesto para a expansão à Oeste? c) Em relação aos indígenas, o que está acontecendo na imagem? Qual foi o impacto do expansionismo norte-americano para essas comunidades? d) Observe que a imagem também faz referência às ferrovias. Qual a importância das ferrovias na expansão norte-americana para o Oeste? |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 19/10 ATÉ 23/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 26/10
Objetivo
da aula: compreender as principais transformações
na Europa do século XIX e as características e consequências dos ideais
nacionalista e liberal para as sociedades.
Tema
da aula: Liberalismo e nacionalismo
Texto
1: A Europa após o Congresso de Viena Após a derrota de Napoleão
na Europa, as potências vitoriosas esperavam restabelecer no continente a
ordem social e política que havia sido rompida com a Revolução Francesa. No
entanto, os esforços do Congresso de Viena para restaurar o Antigo Regime não
foram suficientes para conter as ideias que circulavam na Europa desde a
revolução. Assim, na primeira metade do século XIX, surgiram diversas ondas
revolucionárias que varreram o continente europeu. Entre as bandeiras desses
movimentos estavam, principalmente, o liberalismo e o nacionalismo. O liberalismo foi um
conjunto de ideias que se desenvolveram na Europa a partir do século XVIII,
identificadas com os interesses da burguesia em ascensão. Ele defendia as
liberdades individuais, a liberdade econômica e a liberdade política. A
garantia dessas liberdades dependia da instituição de um governo
constitucional, subordinado à vontade soberana do povo. Já o nacionalismo se
desenvolveu a partir da Revolução Francesa e pode ser definido como uma
doutrina que prega a união de indivíduos culturalmente próximos (língua,
religião, história etc.) em torno de um Estado nacional. Durante a Revolução, as
ideias nacionalistas estiveram presentes, de forma embrionária, na luta dos
franceses para combater a invasão das tropas austro-prussianas. Elas também
se reafirmaram e se desenvolveram durante e após os processos de
independência na América Latina. Após a queda de Napoleão na França e a
realização do Congresso de Viena, os mesmos ideais, somados aos princípios
liberais, foram adotados como bandeiras das lutas revolucionárias que se
espalharam pela Europa entre 1820 e 1848, assim como nas unificações italiana
e alemã.
Atividade:
1)
Qual a principal medida que o Congresso de Viena tentou impor na Europa? 2)
Segundo o texto, o que representam os ideais do liberalismo? 3) E
o nacionalismo, quais ideais fazem referência a essa doutrina?
Texto
2: Nacionalismo, racismo e xenofobia O nacionalismo pode estar
associado a atitudes racistas ou xenófobas (de hostilidade contra povos
estrangeiros), como mostra o texto a seguir. “As culturas nacionais são
tentadas, algumas vezes, a se voltar para o passado, a recuar defensivamente
para aquele ‘tempo perdido’, quando a nação era ‘grande’. [...] Mas
frequentemente esse mesmo retorno ao passado oculta uma luta para mobilizar
as ‘pessoas’ para que ‘purifiquem’ suas fileiras, para que expulsem os
‘outros’ que ameaçam sua identidade e para que se preparem para uma nova
marcha para frente.” (HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.) Essas atitudes preconceituosas estão
presentes em alguns países europeus, que recebem muitos imigrantes refugiados
de regiões em conflito, especialmente do Oriente Médio. Na Europa, muitos
culpam os imigrantes pelo aumento da violência, da pobreza e do desemprego.
Outros associam equivocadamente os imigrantes islâmicos ao terrorismo,
revelando a intolerância religiosa no continente.
Atividade:
1.
Que aspecto negativo o nacionalismo pode despertar nas pessoas? 2.
Como o nacionalismo exacerbado na Europa atual se manifesta? 3.
Explique de que forma é possível relacionar o nacionalismo à xenofobia. |
ATIVIDADES DA SEMANA 13/10 ATÉ 16/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 19/10
Objetivo
da aula: compreender as principais transformações
econômicas e sociais que ocorreram a partir da Primeira Revolução Industrial
na Inglaterra do século XVIII e suas consequências na luta pelos direitos
sociais ao longo do século XIX.
Tema
da aula: A luta por direitos sociais no século XIX
Com a aceleração da
industrialização, a crescente concentração de capital e a formação de grandes
monopólios no século XIX, diversos países europeus (como a Inglaterra, a
França e a Alemanha) se destacaram com o fortalecimento de suas economias. A
industrialização trouxe consigo a urbanização, as cidades não cheiravam mais
a cavalo (decorrente da grande quantidade de charretes que circulavam nas
cidades), mas, sim, à fumaça e óleo (com a introdução dos automóveis no final
do século XIX). Assim, uma rápida e desorganizada urbanização se acentuou na
Europa. A partir da ascensão do
sistema capitalista (industrialização, formação de mercados, bancos,
comércios), ocorreu a ascensão de uma nova classe social: os operários, isto
é, os trabalhadores das indústrias capitalistas. Consequentemente, surgiram
as relações sociais entre donos das fábricas (exploradores) e trabalhadores
das fábricas (explorados) que permearam o dia a dia das indústrias. Dessas relações nem um
pouco amistosas entre capitalistas e trabalhadores surgiram na Inglaterra
dois movimentos, os ludistas e os cartistas, que tinham um objetivo em
comum: encontrar soluções para os problemas enfrentados pelos operários,
principalmente o desemprego (decorrente da introdução nas fábricas de
máquinas que substituíram diversas forças de trabalho humana). Tanto ludistas
quanto cartistas reivindicavam, através de ações (como a quebra de
maquinarias das indústrias), o retorno ao emprego dos trabalhadores
desempregados. Outra forma de reivindicação
operária que não surtiu tanto efeito foi a tentativa de alcançar melhores
condições de trabalho solicitando-as ao governo. Geralmente o poder público
não atendia a essas reivindicações, pois o próprio governo era dono de
indústrias. Com o decorrer das
décadas, o capitalismo foi agregando novas feições, a sociedade passou por
crescentes transformações e, assim, os operários necessitavam articular novas
formas de lutar por suas causas. Dessa maneira, surgiram os movimentos
socialistas, a partir da organização dos trabalhadores. Os principais movimentos
socialistas que surgiram no século XIX foram o anarquismo e o comunismo.
Segundo as ideias anarquistas, os operários somente iriam melhorar as
condições de vida se o Estado e todas as formas de poder fossem extintas.
Daí, temos as seguintes observações, tanto o anarquismo quanto o comunismo
pautavam suas metas em transformações sociais profundas, não solicitavam
somente mudanças nas relações entre patrões e trabalhadores. Para os comunistas, a
situação de exploração capitalista acabaria somente quando os operários
assumissem o poder estatal, ou seja, o controle do Estado. A partir daí,
então, criariam novos valores sociais para aumentar a qualidade de vida da
sociedade, acabando, dessa maneira, com a exploração capitalista. O movimento operário se
consolidou e se organizou fundamentalmente no século XIX. A luta trabalhadora
havia apenas começado.
Atividade: Leia o texto e responda as
questões: 1)
Com o desenvolvimento da indústria e do capitalismo surge uma nova classe
social e novas relações. Que classe e que novas relações são essas? 2)
Tanto o ludismo como o cartismo foram movimentos que tinham o objetivo de
defender a nova classe social surgida com a industrialização. Quais eram os
seus principais objetivos? 3) O
surgimento de movimentos sociais foi uma importante forma de repensar o papel
dos trabalhadores na sociedade. Aponte os dois movimentos citados no texto e
suas principais características. 4) O
texto aponta para o começo das lutas dos trabalhadores. Escreva um pequeno
texto que apresente as suas ideias sobre a condição dos trabalhadores hoje,
suas conquistas e os problemas que ainda enfrentamos em nossa sociedade
quando o assunto é o acesso e as condições de trabalho no mundo atual. Aula do Centro de Mídias: |
ATIVIDADES
DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 05/10
Objetivo
da aula: compreender as principais transformações
econômicas e sociais que ocorreram a partir da Primeira Revolução Industrial
na Inglaterra do século XVIII.
Texto
1: A Revolução Industrial Inglesa
Por Revolução Industrial,
as ciências humanas compreendem como o período de grande desenvolvimento
tecnológico que foi iniciado na Inglaterra a partir da segunda metade do
século XVIII. Com o tempo, esse desenvolvimento espalhou-se para outras
partes do mundo, como a Europa ocidental e os Estados Unidos. Assim, surgiu a
indústria, e as transformações causadas por essa possibilitaram a
consolidação do capitalismo. A economia, a nível
mundial, sofreu grandes transformações. O processo de produção de mercadorias
acelerou-se bastante, já que a produção manual foi substituída pela
utilização da máquina. O resultado foi o estímulo à exploração dos recursos
da natureza de maneira excessiva, uma vez que a capacidade produtiva
aumentou. A Revolução Industrial também impactou as relações de trabalho,
gerando uma reação dos trabalhadores, cada vez mais explorados no contexto
industrial.
O início da Revolução
Industrial ocorreu pelo desenvolvimento da máquina a vapor, que aproveita o
vapor da água aquecida pelo carvão para produzir energia e revertê-la em
força para mover as máquinas. Na Inglaterra, ainda no final do século XVII,
foi criada a primeira máquina desse tipo, por Thomas Newcomen, e, na década
de 1760, esse equipamento foi aprimorado por James Watt. As primeiras máquinas que
surgiram voltavam-se, principalmente, para atender as necessidades do mercado
têxtil da Inglaterra. Sendo assim, grande parte das primeiras máquinas
criadas veio com o objetivo de facilitar o processo de produção de roupas.
Essas máquinas teciam fios em uma velocidade muito maior que a do processo
manual.
Com o tempo e à medida que
os grandes capitalistas foram enriquecendo, o lucro de suas indústrias
começou a ser revertido em investimento para o desenvolvimento das estradas
de ferro, por exemplo. O surgimento da locomotiva e da estrada de ferro
permitiu que as mercadorias pudessem ser transportadas com maior rapidez e em
maior quantidade. Isso aconteceu porque o lucro da indústria inglesa era tão
alto que permitiu a diversificação dos investimentos em outros segmentos.
A Revolução Industrial
causou profundas transformações no mundo, e uma dessas transformações deu-se
no processo produtivo e no estilo de vida dos trabalhadores. Para que
possamos entender como a vida do trabalhador mudou, precisamos visualizar,
antes, as mudanças no processo de produção de mercadorias utilizando o
contexto da produção têxtil. Antes da Revolução
Industrial, o processo de produção era manufatureiro, ou seja, a produção
acontecia em uma manufatura, na qual a produção era manual e o trabalhador
realizava seu trabalho por meio de sua capacidade artesanal. Com o
desenvolvimento das máquinas, a produção passou a ser parte da maquinofatura,
isto é, a máquina era a grande responsável pela produção. Assim, se, antes da
máquina, a produção necessitava da habilidade artesanal do trabalhador,
agora, isso não era mais necessário porque qualquer trabalhador poderia
manejar a máquina e realizar todo o processo sozinho. Na prática, isso
significa que não era mais necessário um trabalhador com habilidades manuais,
e o resultado disso foi que seu salário diminuiu. O historiador Eric
Hobsbawm traz um dado interessante que comprova essa observação. Utilizando
como base o salário de um artesão que trabalhava na cidade de Bolton (cidade
inglesa próxima à Manchester), ele aponta que, em 1795 (no começo da
Revolução Industrial), o salário médio era de 33 shillings. Em 1815, esse
salário já havia caído para 14 shillings, e, entre 1829-1834, ele já era
inferior a 6 shillings. Esse processo de quedas salariais aconteceu em toda
Inglaterra e espalhou-se pela Europa na medida em que ela industrializou-se. Além do salário
extremamente baixo, os trabalhadores eram obrigados a aceitar uma carga de
trabalho excessivamente elevada que, em alguns casos, chegava a 16 horas
diárias de trabalho, das quais o trabalhador só tinha 30 minutos para
almoçar. Essa jornada era particularmente cruel porque todos aqueles que não
a aguentassem eram prontamente substituídos por outros trabalhadores. O trabalho, além de
cansativo, era perigoso, pois não havia nada que protegesse os trabalhadores,
e eram comuns os acidentes que os faziam perder os dedos ou mesmo a mão em
casos mais graves. Os afastados por problema de saúde não recebiam, pois o
salário só era pago para aqueles que trabalhavam. Os que ficavam fisicamente
incapacitados de exercer o serviço eram demitidos e outros trabalhadores
contratados. Na questão salarial,
mulheres e crianças também trabalhavam e seus salários eram, pelo menos, 50%
menores do que os dos homens adultos. Muitos patrões preferiam contratar
somente mulheres e crianças porque o salário era menor (e, por conseguinte,
seu lucro maior) e essas eram mais sujeitas a obedecerem às ordens, sem se
rebelarem. Esse quadro de extrema
exploração dos trabalhadores fez com que esses se mobilizassem em prol de
melhorias de sua situação. Assim, foram criadas as organizações de
trabalhadores, conhecidas no Brasil como sindicatos e na Inglaterra como
trade union. As maiores reivindicações dos trabalhadores eram melhorias no
salário e redução da carga de trabalho. A mobilização dos
trabalhadores deu surgimento a dois grandes movimentos, na primeira metade do
século XIX, na Inglaterra, que são o ludismo e o cartismo. O primeiro atuou
no período entre os anos de 1811 e 1816 e ficou marcado pela mobilização de
trabalhadores para invadir as fábricas e destruir as máquinas. Os adeptos do
ludismo acreditavam que as máquinas estavam roubando os empregos dos homens
e, assim, era necessário destruí-las. A repressão das autoridades inglesas
sobre o ludismo foi duríssima, e o movimento teve atuação muito curta. O segundo surgiu na década
de 1830 e mobilizou trabalhadores para lutar por direitos trabalhistas e
também por direitos políticos. Os cartistas tinham como uma de suas
principais exigências o sufrágio universal masculino, isto é, exigiam que
todos os homens tivessem direito ao voto. Além disso, reivindicavam que a
classe trabalhadora tivesse representação no Parlamento. Os protestos de
trabalhadores na Inglaterra resultaram em algumas melhorias para essa classe,
e essas melhorias foram obtidas, principalmente, por meio da greve. Um dos
grandes ganhos dos movimentos de trabalhadores na Inglaterra foi conquistar a
redução da jornada de trabalho para 10 horas por dia. (Fonte:
Mundo Educação Uol.)
Atividade:
Leia com atenção o texto. Em seguida faça um resumo que apresente as
principais transformações trazidas pela Revolução Industrial. Você pode
escrever em um texto só, dissertativo, ou pode organizar seu resumo em
tópicos, desde que seu texto apresente: as principais características da
Revolução, as invenções tecnológicas da época, as condições de trabalho, as
formas de mobilização dos trabalhadores e outras informações que você achou
importante no texto.
Aula do CMSP:
|
ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega: até 28/09
Objetivo da aula: retomar o golpe militar que culminou na ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder e o fim da Revolução Francesa, apresentar as fases de seu governo, identificando as mudanças e permanência políticas, econômicas e sociais, considerando o contexto da Revolução Francesa.
Tema da aula: O Império Napoleônico
Durante a Revolução Francesa, as disputas entre a burguesia e as camadas populares geravam uma grande tensão política que ameaçava a imposição de uma nova era política na França. Enquanto tais contendas inflamavam o contexto interno, várias monarquias da Europa se uniam com o objetivo de derrubar os defensores e os ideais destes revolucionários. Nesse tempo, a figura de um jovem militar passou a ganhar um destaque de projeções meteóricas. Nascido na Córsega, em 1769, Napoleão Bonaparte ficara conhecido pela sua invejável habilidade militar e sua capacidade de vencer batalhas que pareciam estar praticamente perdidas. Em pouco tempo, a população francesa reconheceu em sua imagem a figura de um herói defensor do ideal revolucionário. Fustigada pelas sucessivas crises internas, a burguesia viu em Napoleão a oportunidade perfeita para que as contendas políticas cessassem e o desenvolvimento econômico surgisse. Por isso, em 1799, Bonaparte teve o apoio político necessário para derrubar o Diretório que controlava seu país e organizar o Consulado. Neste novo sistema de governo, Napoleão já possuía em suas mãos as mais importantes atribuições políticas da nação. Aproveitando da situação, logo tratou de criar o Banco da França, que deveria custear os empreendimentos burgueses e reorientar a enfraquecida economia nacional. Logo em seguida, reatou as relações do Estado com a Igreja, que passara a reconhecer a perda de suas propriedades e todas as demais satisfações que os clérigos deviam ao regime republicano. No ano de 1804, o Código Civil Napoleônico estabeleceu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
Os bons resultados de sua administração materializaram paulatinamente a conquista do poder absoluto de Napoleão na França. Coroado, Napoleão fez questão de esclarecer que assumia o trono francês na qualidade de um abnegado defensor do regime republicano. Como imperador, sustentou as conquistas camponesas com a reforma agrária, promoveu uma série de obras públicas e deu continuidade ao processo de modernização da economia. A aparência estável do governo napoleônico instigou as monarquias europeias a se organizarem novamente contra os franceses. Vencendo batalhas de grande importância, Napoleão se tronou o senhor da Europa. Em contraste aos ganhos militares, o governo francês tinha enormes dificuldades para ampliar os números de sua economia. A hegemonia industrial britânica era o seu principal obstáculo. Visando resolver esta questão, Napoleão publicou um decreto internacional, chamado Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre a Inglaterra e qualquer outra nação europeia. Todo o país que desobedecesse este tratado, seria implacavelmente invadido pelas tropas francesas. Em pouco tempo, não resistindo à dependência com relação aos produtos ingleses, várias nações desobedeceram ao acordo e foram invadidas por Napoleão. Apesar de expor sua hegemonia militar terrestre, as invasões napoleônicas acabaram retirando a agilidade e o poder de reação das tropas francesas. Em 1812, o descumprimento russo ao Bloqueio Continental obrigou ao estadista francês empreender uma grande investida militar que contava com seiscentos mil soldados. Surpreendido pela tática de terra arrasada e o vigor do inverno siberiano, Napoleão Bonaparte acabou perdendo milhares de soldados. Aproveitando da situação, as tropas monarquistas da Europa se reorganizaram para derrotar o governo francês. A primeira derrota aconteceu em 1814, na cidade de Leipzig, onde Napoleão se entregou aos inimigos. Depois disso, foi exilado na pequena ilha mediterrânea de Elba para que não oferecesse maiores riscos. Entretanto, um destacamento de soldados fiéis conseguiu retirá-lo da região e devolver-lhe o controle da França.
Conhecido como o “Governo de Cem Dias”, essa desesperada volta de Napoleão ao poder foi logo fustigada pelos seus inimigos na batalha de Waterloo. Dessa vez, o lendário militar foi exilado na ilha africana de Santa Helena. Seis anos mais tarde, ele morreu em consequência de uma terrível doença (provavelmente câncer) que acometia o seu estômago. (Fonte: Brasil Escola Uol) (A autocoroação: o ponto máximo do governo de um lendário estadista e chefe militar.)
Atividade: a partir da leitura do texto acima, responda: 1) Qual o contexto da França em que surge a figura de Napoleão Bonaparte? 2) Por que a população francesa, viu em Napoleão o herói que iria trazer estabilidade ao país? 3) O texto cita três medidas tomadas por Napoleão para retomar a economia e as estabilidade social da França. Quais são elas? 4) Qual o país que impunha um grande obstáculo no desenvolvimento da economia francesa? E que medida tomou Napoleão para eliminar esse problema? 5) As invasões napoleônicas marcam também o fim desse império. Segundo o texto, quais acontecimentos foram levando ao fim do Império de Napoleão?
Aula do CMSP sobre esse tema: |
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno
e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça de se identificar com nome e
serie!
Entrega:
até 21/09
Objetivo:
As questões a seguir tem como objetivo aprofundar os conhecimentos e são
referentes aos temas estudados ao longo deste ano. Elas abarcam, portanto,
desde o Renascimento, passando pela formação das monarquias e a conquista da
América. Leiam com atenção e marquem as alternativas que julgarem corretas.
1.
Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos da Flandres ou da Itália,
procuravam por toda a parte. Para satisfazê-los, as raças foram melhoradas
através do aumento progressivo das suas dimensões. Esse crescimento
prosseguiu durante todo o século XIII, e as abadias da Ordem de Cister, onde
eram utilizados os métodos mais racionais de criação de gado, desempenharam
certamente um papel determinante nesse aperfeiçoamento.
(DUBY,
Georges. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval)
O texto aponta para a relação entre
aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço técnico na Europa Ocidental
feudal, que resultou do(a):
a)
crescimento do trabalho escravo.
b)
desenvolvimento da vida urbana.
c)
padronização dos impostos locais.
d)
uniformização do processo produtivo.
e)
desconcentração da estrutura fundiária.
2.
No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média (no Ocidente) nasceu
com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e
industrial, digamos modestamente artesanal, que ele apareceu, como um desses
homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão
do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência as
duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade
de professor e erudito, em resumo, um intelectual, esse homem só aparecerá
com as cidades.
(LE
GOFF, J. Os intelectuais da Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.)
O surgimento da categoria
mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a):
a)
apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
b)
relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
c)
importância organizacional das corporações de ofício.
d)
progressiva expansão da educação escolar.
e)
acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.
3.
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido
talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo
rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características
da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha.
(ARIÈS,
P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença.)
As práticas e os usos das
muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram
a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente
relacionado com:
a) o
crescimento das atividades comerciais e urbanas.
b) a
migração de camponeses e artesãos.
c) a
expansão dos parques industriais e fabris.
d) o
aumento do número de castelos e feudos.
e) a
contenção das epidemias e doenças.
4.
(...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma
estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o
centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda
ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e
com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da
minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não
superficialmente, mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei
nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra
mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o
sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser
julgadas senão por matemáticos.
(COPÉRNICO,
N. De Revolutionibus orbium caelestium)
Aqueles que se entregam à
prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem
bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer
de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se
as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode
se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas.
(VINCI, Leonardo da. Carnets)
O aspecto a ser ressaltado
em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é
a) a
fé como guia das descobertas.
b) o
senso crítico para se chegar a Deus.
c) a
limitação da ciência pelos princípios bíblicos.
d) a
importância da experiência e da observação.
e) o
princípio da autoridade e da tradição.
5. O
príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu
propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos
duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem
os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
(MAQUIAVEL,
N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.)
No século XVI, Maquiavel
escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A
manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na:
a)
inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b)
bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c)
compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d)
neutralidade diante da condenação dos servos.
e)
conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.
6.
(...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os
reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei
vê de mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve
obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a
sedição.
(Jacques-Bénigne
Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada Escritura.)
Com base no texto,
assinale a alternativa correta:
a) O
autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em
relação aos homens.
b)
Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo
de oposição dos homens.
c)
Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas
pelas obrigações para com Deus.
d)
Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade
divina dos reis.
e) O
autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se
mostre digno de sua função.
7.
Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um
vórtice, arrasta consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire
para que todo o reino gema.
(Hamlet,
1603.)
Essas palavras,
pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um drama teatral de William
Shakespeare, aludem:
a) ao
absolutismo monárquico, regime político predominante nos países europeus da
Idade Moderna.
b) à
monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam do
consentimento popular.
c)
ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei
reina, mas não governa”.
d) à
oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à emergência das
revoluções democráticas.
e) à
decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as Revoluções Puritana
e Gloriosa.
8.
No século XVI, a conquista e ocupação da América pelos espanhóis:
a)
desestimulou a economia da metrópole e conduziu ao fim do monopólio de
comércio.
b)
contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena, concentrada
nas áreas de mineração.
c)
eliminou a participação do Estado nos lucros obtidos e beneficiou
exclusivamente a iniciativa privada.
d)
dizimou a população indígena e destruiu as estruturas agrárias anteriores à
conquista.
e)
impôs o domínio político e econômico dos criollos.
9.
Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, ficou sem
palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alentado
relato de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por
Hernán Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519,
porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do desfiladeiro
e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá embaixo, viram um
cenário que, anos depois, assim descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas
que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos apresentava diante dos
olhos era real”.
(Matthew
Restall. Sete mitos da conquista espanhola.)
O texto mostra um aspecto
importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber,
a) a
superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus.
b) o
caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre
conquistadores e conquistados.
c) a
surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos
americanos.
d) o
reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e
comerciais com os europeus.
e) a
rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola.
10. O
comércio foi de fato o nervo da colonização do Antigo Regime, isto é, para
incrementar as atividades mercantis processava-se a ocupação, povoamento e
valorização das novas áreas. E aqui ressalta de novo o sentido da colonização
da época Moderna; indo em curso na Europa a expansão da economia de mercado,
com a mercantilização crescente dos vários setores produtivos antes à margem
da circulação de mercadorias – a produção colonial era uma produção
mercantil, ligada às grandes linhas do tráfico internacional.
(Fernando
A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial.)
O mecanismo principal da
colonização foi o comércio entre colônia e metrópole, fato que se manifesta:
a)
na ampliação do movimento de integração econômica europeia por meio do amplo
acesso de outras potências aos mercados coloniais.
b)
na ausência de preocupações capitalistas por parte dos colonos, que preferiam
manter o modelo feudal e a hegemonia dos senhores de terras.
c)
nas críticas das autoridades metropolitanas à persistência do escravismo, que
impedia a ampliação do mercado consumidor na colônia.
d)
no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras conquistadas,
limitando-se à exploração imediatista das riquezas encontradas.
e)
no condicionamento político, demográfico e econômico dos espaços coloniais,
que deveriam gerar lucros para as economias metropolitanas.
|
Observação
importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser
feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo
centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça de se identificar com nome e
serie!
Entrega: até 14/09
Objetivo
da aula: compreender
a importância da Revolução Francesa como propiciadora da Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, assim como compreender o processo da
revolução e suas consequências.
Tema da aula: As etapas da
Revolução Francesa
A
partir da Queda da Bastilha, o processo revolucionário francês estendeu-se por
dez anos e só foi finalizado com o Golpe de 18 de Brumário, organizado por
Napoleão Bonaparte. Toda a extensão do processo revolucionário francês é
organizado em três fases:
Assembleia Constituinte e
Assembleia Legislativa
Esse
é o período inicial da Revolução Francesa e corresponde aos anos em que os
constituintes redigiram uma Constituição para a França e ao período da
Assembleia Legislativa. Como mencionado, a Queda da Bastilha fez com que se
espalhasse o processo revolucionário por todo o país. Os camponeses, temerosos
de que a aristocracia reagisse e deixasse-os sem alimentos, partiram para o
ataque.
Essa
investida, conhecida como Grande Medo, aconteceu entre julho e agosto de
1789 e foi marcada por ataques e saques contra propriedades de aristocratas e,
muitas vezes, pelo assassinato dos donos desses locais. Os camponeses lutavam
pelo fim de alguns impostos e exigiam que fosse garantido a eles um maior
acesso aos alimentos – a fome era um problema grave entre o campesinato.
Com
a radicalização do povo nesse contexto, uma série de mudanças aconteceu na
França. Os privilégios feudais foram abolidos no começo de agosto e, no fim
desse mês, foi anunciada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
talvez o documento mais importante de toda a Revolução Francesa. Esse documento
determinava, teoricamente, que todos os homens eram iguais perante a lei.
A
radicalização popular fez com que a classe média e a burguesia francesa
assumissem uma posição conservadora como forma de frear o ímpeto do povo. Já a
nobreza e o clero iniciaram uma fuga em massa da França, mudando-se para países
como Áustria e Prússia. Além disso, começaram uma conspiração contrarrevolucionária,
que tinha como objetivo reverter as mudanças que estavam em curso.
O
próprio rei Luís XVI tentou fugir da França em 1791, mas foi reconhecido quando
se aproximava da fronteira com a Bélgica. Depois de recapturado, foi
reconduzido ao Palácio de Tulherias, localizado em Paris. Esse era o local onde
o rei morava desde 1789, quando os revolucionários obrigaram-no a abandonar
Versalhes.
As
tentativas de barrar a radicalização da revolução tornaram-se claras quando foi
promulgada a nova Constituição Francesa em 1791. Ela transformou a
França em uma Monarquia Constitucional e frustrou aqueles que esperavam que a
França seria uma República com ampla democracia. Com isso, a Assembleia
Nacional Constituinte transformou-se em Assembleia Legislativa.
Consolidaram-se,
então, os dois grandes grupos políticos que marcaram a Revolução Francesa: girondinos
e jacobinos. Esses grupos possuíam visões radicalmente diferentes em
relação à condução do processo revolucionário. Os girondinos entendiam que as
mudanças deveriam ser contidas, já os jacobinos achavam que as mudanças
deveriam ser mais radicalizadas.
A
Assembleia Legislativa também deu início à guerra contra outras nações
europeias. O processo revolucionário francês era visto como um grande ameaça
por outras nações absolutistas da Europa. Assim, muitas começaram a conspirar a
possibilidade de invadir o país. Antecipando-se a isso, a Assembleia declarou
guerra contra a Áustria e a Prússia. A defesa da França foi realizada pela
Guarda Nacional, tropa criada em Paris no começo da revolução.
Essa
declaração de guerra, que aconteceu em abril de 1792, abriu caminho para a
radicalização da Revolução Francesa e deu início a um período conhecido como
Terror. O clima de guerra empurrou a sociedade francesa para o lado dos
jacobinos e dos sans-culottes (trabalhadores, camponeses, mendigos e pequenos
comerciantes, que formavam as classes baixas da sociedade). O resultado disso
foi que os sans-culottes organizaram-se, derrubaram a Monarquia Francesa e
instauraram a República.
Convenção
Com
a instauração da República na França, a Assembleia Legislativa foi substituída
pela Convenção,
inaugurada em setembro de 1792. Os membros da Convenção foram determinados por
sufrágio universal masculino. Com isso, Luís XVI deixou de ser o rei da França,
e um novo debate surgiu: a execução do rei.
Enquanto
os girondinos exigiam que Luís XVI fosse exilado, os jacobinos exigiam sua
execução. O destino do rei foi selado quando foram descobertas evidências que
associavam-no ao esforço contrarrevolucionário realizado no exterior. Assim,
o rei foi executado em janeiro de
1793.
O
regicídio inaugurou o período do Terror, no qual jacobinos liderados
por Maximilien Robespierre radicalizaram a revolução na tentativa de impor uma
ampla agenda reformista no país. Apesar de a Convenção ser a instituição mais
importante do país, os jacobinos impuseram seus ideais por meio do Comitê de Salvação Pública.
A
República liderada por jacobinos ficou marcada por conseguir estabilizar a
situação do país e colocar a guerra e as massas populares sob controle. Apesar
disso, a guerra agravou-se depois da execução do rei, porque os países
absolutistas alarmaram-se com o regicídio cometido pelos jacobinos. Outra marca
jacobina era a perseguição a todos os seus opositores.
Com
a Lei dos Suspeitos,
os jacobinos começaram a perseguir todos aqueles que eram considerados inimigos
da revolução. Os suspeitos eram julgados e, se condenados, guilhotinados. A fase do Terror
foi responsável por 17 mil
mortes em cerca de 14 meses. Foram abolidos os privilégios
feudais que existiam no país e imposta uma economia de guerra. As medidas na
economia, no entanto, atrasaram o desenvolvimento capitalista da França.
A
atuação dos jacobinos gerou, naturalmente, uma reação dos grupos conservadores,
representados pelos girondinos. Essa articulação contou com o apoio da alta
burguesia francesa e resultou num golpe conhecido como Reação Termidoriana, que
aconteceu em 1794. A partir dessa data, os girondinos tomaram uma série de
medidas que reverteram as decisões jacobinas. Em 1795, a Convenção foi
substituída pelo Diretório.
Com a Reação Termidoriana, vários jacobinos, incluindo Robespierre, foram
guilhotinados.
Diretório
Com
a derrocada jacobina, os girondinos e a alta burguesia francesa redigiram uma
nova Constituição para a França e restauraram algumas medidas, como o voto censitário.
Foi um período autoritário no qual o exército francês foi utilizado várias
vezes para reprimir o povo. Além disso, houve resistência às tentativas de
golpe por parte de jacobinos e monarquistas.
A
instabilidade que a França vivia fez com que a alta burguesia francesa
defendesse esse autoritarismo, pois as massas estavam insatisfeitas, a economia
estava ruim e a guerra ameaçava o país. Por isso, passaram a defender a
implantação de uma ditadura no país sob o governo de uma figura forte, autoritária.
Dessa forma, nasceu o apoio a Napoleão Bonaparte,
general famoso por liderar os exércitos franceses na luta contra as coalizões
internacionais.
O
resultado disso foi a organização de um golpe por Napoleão, que, em 1799, tomou
o poder da França em um evento conhecido como Golpe do 18 de Brumário. Iniciou-se, então, o Período Napoleônico.
Consequências:
Os
dez anos da Revolução Francesa geraram diversas consequências para a França e
para o mundo. Algumas consequências de destaque foram:
Atividade:
segundo o texto, responda:
1) Por que a primeira
fase da Revolução ficou conhecida pelo Grande Medo?
2) Como reagiram os
grupos sociais que compunham a França ao sentir a radicalização popular no
contexto da Revolução?
3) Dois grupos
políticos foram muito importantes para o processo da Revolução. Quais eram eles
e o que os diferenciava?
4) Que afirmações
encontradas no texto podem justificar nome de Período do Terror, dado à fase da
Convenção?
5) Segundo o texto,
quais eram as condições da França que levaram ao apoio de Napoleão Bonaparte?
6) Leia com atenção as
consequência da Revolução Francesa. Ela influenciaram formas de organizar e
pensar o mundo atual? Escolha alguma(s) para justificar a sua resposta.
Esta
aula do CMSP pode ajudá-lo muito a compreender esse tema. Assista:
|
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não esqueça
de se identificar com nome e serie!
Entrega: até 08/09
Objetivo da aula: compreender a importância da Revolução
Francesa como propiciadora da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
de 1789, assim como trazer uma reflexão em torno da Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948, através da análise comparativa de trechos de ambos
os documentos. Esta atividade está disponível no caderno do aluno, volume 3.
Tema
da aula: A Declaração dos Direitos dos Direitos do Homem e do Cidadão
Em agosto de 1789, a
Assembleia Constituinte aprovou a “Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão”, inspiradas nos ideais do Iluminismo. Este documento declara que
todos os homens nascem livres e iguais em direitos, e que a única fonte de
poder é o próprio povo.
Fonte
1: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Art.1º. Os homens nascem e são livres e
iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na
utilidade comum.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer
tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais
de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros
membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem
ser determinados pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas
opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não
perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das ideias e
das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode,
portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos
abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.”
(Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789.)
Fonte
2: Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 1° - Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2° - Todos os seres humanos podem
invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem
distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de
religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de
fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será
feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou
internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse
país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma
limitação de soberania.
Artigo 3° - Todo indivíduo tem direito à
vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo
7° - Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual
proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a
tal discriminação.
Artigo 17° - Toda a pessoa, individual ou
coletiva, tem direito à propriedade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado
da sua propriedade.
Artigo 19° - Todo o indivíduo tem direito à
liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser
inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem
consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de
expressão.
(Declaração
Universal dos Direitos Humanos, 1948)
Atividade: A
partir da leitura atenta desses dois documentos importantes para a
preservação da dignidade humana, responda:
1)
Pode-se afirmar que na atualidade, existem valores, ideias e instituições
legadas da Revolução Francesa? Quais seriam?
2) Pesquise
o artigo 5º da Constituição Brasileira e cite um direito do cidadão no
Brasil, cuja ideia é advinda da Revolução Francesa. Utilize também trechos da
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que fundamente seus argumentos.
3) As
duas declarações juntas somam mais de trezentos anos de sua publicação. Na
sua opinião, a sociedade atual conseguiu garantir direitos e igualdade para
todos? Leve em consideração os Direitos civis, Direitos políticos, Direitos
socioeconômicos, Igualdade civil e Igualdade social. Justifique.
4) O
que você compreende sobre o significado, no contexto do século XVIII, do lema
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade? (Se necessário, volte a aula anterior,
sobre a sociedade pré-Revolução para responder.)
5)
Pense em inúmeros casos de violação dos Direitos Humanos que ouvimos
diariamente em jornais, sites, revistas, redes sociais etc. Faça uma análise
crítica em um pequeno texto dissertativo com argumentos apoiados nos ideais
da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
Aula do CMSP:
|
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 17/08 ATÉ 21/08
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Entrega: até 24/08
Objetivo da aula: apresentar o contexto social, político e econômico que culminou na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Monarquia Constitucional da França no século XVIII.
T
Tema da aula: A Revolução Francesa
A Revolução Francesa foi um movimento de revolta social e política que ocorreu em 1789 na França. Na época, o país enfrentava grandes crises econômicas, pois a burguesia trabalhava duro para arcar com os privilégios cedidos apenas a uma parte da população.
Os burgueses não concordavam com o modelo de política predominante no país, por isso entraram em guerra na tentativa de conquistar uma sociedade mais justa, onde eles pudessem ter os seus direitos atendidos e a implantação de um Estado Democrático.
Nesse período, a França dividia a população em três estados:
Primeiro Estado: correspondia a 2% da população, sendo formada pelo clero;
Segundo Estado: essa divisão era formada pelo rei e sua família, correspondendo a 2,5% da população. Além deles, havia uma pequena parcela de burgueses que compravam os títulos de nobreza para fazer parte da classe, que não pagava impostos e ainda ocupava cargos públicos.
Terceiro Estado: correspondia a muito mais da metade da população, cerca de 95%. A classe que preenchia esse estado era composta pelos burgueses, a exemplo dos comerciantes, advogados, médicos e banqueiros, que apesar de grandes movimentadores da economia, não usufruíam de liberdade econômica e direitos políticos.
A França era governada pelo rei Luís XIV, também conhecido como “Rei Sol”. Dessa forma, a corte detinha poder absoluto em todas as áreas como economia, política, justiça, religião e outros.
O país já enfrentava crises econômicas desde a posse do rei, devido as dívidas contraídas nos antigos reinados para manter a corte, que era muito luxuosa. No início, a produção da França era estruturada em um modelo feudal, ou seja, os burgueses trabalhavam em grandes plantações dentro das propriedades do clero.
Na Inglaterra, país rival, já aconteciam os primeiros sinais da Revolução Industrial e isso estava deixando os burgueses cada dia mais indignados. Eles desejavam acabar com o absolutismo e o poder do rei, já que eles sustentavam o estado. Além disso, queriam romper as restrições do comércio internacional, acreditando que o liberalismo econômico pudesse ajudar a resolver os problemas.
Os burgueses buscavam por mais participação nas decisões políticas do país. O Iluminismo, no entanto, surgiu como um parâmetro a essas insatisfações, pois o movimento cultural pregava ideias contra a restrição de liberdade e fazia duras críticas às práticas econômicas e mercantilistas que estavam acontecendo. Isso fez com que os burgueses se unissem ao movimento para exigir reformas urgentes no modelo de gestão executado.
O país estava enfrentando grandes crises como a falência das empresas, quebra do comércio nacional, além do aumento dos índices de desemprego. Para conter o início de uma possível revolução, o rei resolveu convocar os três estados para uma assembleia. O Terceiro Estado queria que as votações fossem realizadas individualmente, pois só assim eles conseguiriam ter as suas normas aceitas, já que possuíam o maior número de pessoas em sua classe.
No entanto, o Primeiro e parte do Segundo Estado (alto clero) não aceitavam essa decisão e desejavam que as votações continuassem sendo da mesma forma. Essa decisão revoltou parte da população que decidiu detonar a Bastilha (local usado para a prisão de opositores). No local, eles tocaram fogo, destruíram a estrutura, enfrentaram os guardas e ainda libertaram os presos. Esse movimento ficou conhecido como o marco inicial da Revolução Francesa. Prometendo a união até a publicação da primeira Constituição da França, o Primeiro e Parte do Segundo Estado declaram-se como Assembleia Nacional Constituinte.
Atividade: Segundo o texto, responda:
1) O que buscavam os burgueses ao almejarem uma revolução?
2) Por quem eram formados os três estados que compunham a sociedade francesa da época?
3) Qual o principal fator de endividamento da França sugerido no texto?
4) Por que o movimento iluminista foi um incentivador da Revolução Francesa?
5) Que movimento ficou conhecido como o marco inicial da Revolução Francesa?
A aula do Centro de Mídias pode ajudá-lo a compreender esse tema:
|
Observação
importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve
ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo
centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo
da aula: apresentar
os fatores que culminaram no processo de independência dos Estados Unidos da
América, relacionando-os com os ideais do iluminismo, tema da nossa aula
anterior.
Tema
da aula: A Independência dos Estados Unidos
A Revolução Americana, também conhecida como independência dos Estados Unidos,
foi declarada pelos colonos em 4 de julho de 1776 e marcou o fim da colonização inglesa sobre
as treze colônias americanas. O processo de independência dos Estados Unidos
manifestou a insatisfação dos colonos com a política exploratória imposta
pela Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII.
Esse processo de independência foi amplamente
influenciado pelos ideais
iluministas difundidos na época. Esse modelo de
nação construído pelos Estados Unidos serviu de exemplo para outros
movimentos de emancipação que surgiram no continente americano durante os
séculos XVIII e XIX.
A independência dos Estados Unidos
organizou-se principalmente por causa das tentativas inglesas de ampliar a
exploração sobre a economia das treze colônias. Essas ações da metrópole, que
visavam aumentar a exploração, principalmente a partir da cobrança de
impostos, geraram grande insatisfação nas elites locais, as quais passaram a
defender a independência.
Ao longo do século XVIII, a Inglaterra
envolveu-se em uma série de conflitos que contribuíram para o endividamento
da metrópole. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) foi a mais relevante dessas
guerras, pois colocou franceses e ingleses disputando o controle de
territórios na América do Norte. Com a vitória nessa guerra, a Inglaterra
recebeu da França territórios que passaram a ser almejados também pelos
colonos.
O interesse dos colonos, no entanto, foi
ignorado pela Coroa. Os colonos americanos desejavam ocupar os novos
territórios obtidos, porém a Coroa inglesa, visando apaziguar as nações
indígenas que habitavam aquela região, proibiu qualquer iniciativa de
ocupação e colonização com uma lei em 1763.
As diversas guerras contribuíram para
esvaziar os cofres ingleses e onerar os colonos com os custos de manutenção
dos exércitos, sendo assim, os ingleses decretaram uma série de leis impondo
taxas à colônia.
Além disso, a Inglaterra estava passando pelo
processo de Revolução Industrial,
que foi responsável pelo desenvolvimento das fábricas. Isso fez com que a
produção interna aumentasse e, consequentemente, a demanda por mercados
consumidores também. A colônia surgiu, então, aos olhos dos metropolitanos,
como cliente em potencial.
A maior interferência da metrópole e a
procura por ampliar sua exploração sobre a colônia fizeram com que a
Inglaterra decretasse uma série de leis nas décadas de 1760 e 1770 visando
aumentar a arrecadação de sua colônia, como:
Todas essas leis evidenciaram a política
inglesa que procurava aumentar a exploração sobre sua colônia. Os colonos,
naturalmente, não ficaram satisfeitos com essas ações metropolitanas e
passaram a defender a independência das colônias.
Com o aumento dos impostos e da exploração,
os colonos manifestaram seu desagrado para a metrópole. Mas a Inglaterra
ignorava todos os protestos dos colonos a respeito do aumento de impostos, no
entanto, à medida que novas leis eram decretadas, a insatisfação popular
aumentava e alcançava as ruas da colônia. Isso fez com que a Inglaterra
revogasse a Lei do Selo em 1766, por exemplo.
O elemento final a provocar a insatisfação
popular foi a postura da metrópole após a Lei do Chá, decretada em 1773.
Conforme dito anteriormente, essa lei estipulou o monopólio da venda do chá
para a Companhia das Índias Orientais, o que desagradou as elites locais que
reagiram, em 16 de dezembro de 1773, no episódio que ficou conhecido
como Festa do Chá de Boston (Boston Tea Party).
Nesse dia, colonos invadiram o porto de Boston,
atacaram navios da Companhia das Índias Orientais e lançaram mais de 300
caixas de chá ao mar. A resposta metropolitana foi firme e resultou no
decreto chamado de Leis Intoleráveis, definindo a
ocupação de Massachusetts pelo exército inglês, o fechamento do porto de
Boston e a exigência de pagamento dos prejuízos pelos colonos etc.
A intransigência inglesa motivou a reunião
das elites coloniais de todas as colônias – menos a Geórgia – no Primeiro
Congresso Continental da Filadélfia. Nesse congresso, discutiu-se a
postura da Inglaterra e foi redigido um documento solicitando o abrandamento
dessas imposições. A resposta inglesa foi aumentar o número de soldados
instalados na colônia.
Em razão disso, os colonos organizaram
o Segundo Congresso Continental da Colônia, que contou com
representantes de todas as colônias, inclusive da Geórgia. Nessa reunião,
eles optaram por romper definitivamente com a metrópole e redigiram a
declaração de independência, que foi finalizada em 4 de julho de 1776.
A intenção dos colonos, a princípio, não era
conduzir a separação das Treze Colônias, já que no Primeiro Congresso
Continental da Filadélfia ressaltaram a lealdade com a Coroa. A
intransigência inglesa, no entanto, acabou convencendo-os a declararem a
independência.
A declaração de independência das Treze
Colônias deu início a uma guerra contra a Inglaterra. Durante esse conflito,
os ingleses enviaram o que possuíam de melhor em seu exército, contudo, o
apoio de franceses e de espanhóis aos colonos garantiu a vitória das colônias
sobre os ingleses.
A vitória decisiva dos americanos aconteceu
em Yorktown, no estado da
Virgínia, em 1781. Após essa batalha, os ingleses conduziram negociações que
levaram ao Tratado de Paris, em 1783, no qual os ingleses
reconheceram a independência dos Estados Unidos da América. A partir disso,
os Estados Unidos consolidaram-se como uma nação republicana,
baseada em um sistema federalista que dava
grande autonomia para os governos estaduais.
(Fonte: adaptado do site Mundo Educação UOL)
Atividade:
Leia o texto para responder as questões abaixo:
1)
Quais os principais motivos que levaram os colonos a questionarem o domínio
inglês sobre o território da América do Norte?
2) O que implicava na colônia estar ocorrendo
a Revolução Industrial na Europa?
3)
Apresente três leis impostas pela Inglaterra aos colonos americanos e o que
significavam.
4) O
que foi a festa do chá de Boston e como a Inglaterra reagiu a esse evento?
5)
Qual o desfecho desses inúmeros desentendimentos entre a metrópole inglesa e
a colônia americana?
6) O
que reconheceu o Tratado de Paris de 1783?
Esta
aula do Centro de Mídias pode ajudá-lo a compreender melhor esse tema:
|
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ 07/08
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo da aula: Rever as características do Iluminismo na
Europa, movimento intelectual que se iniciou na Europa dos séculos XVII e
XVIII, reconhecendo a importância desse pensamento e conceitos na História
Contemporânea. Os fragmentos utilizados nessa aula foram retirados do Caderno
do Aluno.
Tema da aula: O Iluminismo
Texto 1:
Uma
das principais ideias do pensamento iluminista é a obediência à vontade
geral, isto é, os governos devem obedecer a vontade geral dos seus
governados, expressa por meio de um pacto social. Em outras palavras, o povo,
sendo o único detentor da soberania, poderá delegar ou retirar poder dos
governantes caso ele não desempenhe corretamente o seu papel neste acordo.
Questões:
1)
Você consegue identificar a aplicação desse princípio iluminista na sociedade
que você vive? Explique sua resposta.
2)
Quais comportamentos são necessários para a manutenção deste contrato social
entre povo e governantes?
3)
E você? Como manifesta esses comportamentos na sua escola e comunidade?
Texto 2:
Luís
XIV da França (1638-1715) é considerado, por muitos estudiosos, como uma das
principais referências de monarca absolutista. À ele atribui-se a frase
“L’État c’est moi”, que significa “O Estado sou eu”, indicando que ele
personificava todo o poder político da França.
Questões:
1)
Ao se declarar ser “o próprio Estado”, Luiz XIV manifesta com clareza a ideia
da concentração do poder político, um dos princípios do absolutismo. Construa
com suas palavras uma definição para essa ideia.
2)
Alguns teóricos do iluminismo se destacaram pela defesa da fragmentação do
poder político, como Montesquieu que propôs essa divisão entre os poderes
executivo, legislativo e judiciário. Reflita e descreva quais são os
benefícios dessa proposta de dividir as atribuições do Estado para várias
esferas de poder.
3)
Você consegue observar a teoria iluminista de divisão dos poderes aplicada na
sua cidade, estado e país? Você acha que esse arranjo é o mais adequado para
esses espaços? Justifique.
A aula do
Centro de Mídias pode ajudá-lo a compreender melhor esse assunto:
|
O
objetivo dessa semana será recuperar os temas trabalhados, tirando as dúvidas
e fazendo as atividades do bimestre que ainda não foram entregues.
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
|
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega pode ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom,
e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Tema
da Aula: A Revolução Inglesa
Objetivo
da aula: apresentar o contexto social e político na
Inglaterra do século XVII com a implantação da Monarquia Constitucional ou
Parlamentarista a partir de 1688, que causou o fim do Absolutismo.
Texto:
Ao vermos a grande
reverência e prestígio que as autoridades monárquicas inglesas possuem, nem
chegamos perto de imaginar que esse país foi palco de um conflito contra sua
realeza. No entanto, no século XVII, a ilha britânica protagonizou um dos
primeiros episódios que sinalizavam a crise do Antigo Regime. Foi durante a
Revolução Inglesa que as instituições nobiliárquicas foram alvo de uma
violenta disputa que marcou a história política da Inglaterra.
Durante os reinados da
dinastia Tudor, a Inglaterra viveu um notório desenvolvimento de sua
economia. Sob a tutela do rei Henrique VIII e, posteriormente, da rainha
Elizabeth I, a burguesia britânica viveu anos de intensa ascensão econômica.
A formação de monopólios comerciais e o desenvolvimento de lucrativas
atividades fizeram com que a parte da burguesia britânica enriquecesse
rapidamente.
No entanto, os pequenos
comerciantes acabaram sendo prejudicados. As vantagens da política econômica
britânica beneficiavam uma parcela limitada de uma burguesia bem relacionada
com as autoridades reais da época. Além disso, parte das corporações de
ofício inglesas detinha o monopólio sob a produção de certos produtos
manufaturados que impediam a ampliação do campo de atividades econômicas
explorados pela burguesia.
No campo, a velha economia
agrícola voltada ao abastecimento sofria grandes transformações. As terras
passaram por um grande processo de especulação econômica decorrente da
demanda da burguesia por matérias-primas. Foi nesse período que se instituiu
a política dos cercamentos. Tal medida visava ampliar a disponibilidade de
matéria-prima por meio da apropriação das terras coletivas e devolutas. Com
isso, vários camponeses e pequenos proprietários de terra sofreram uma
terrível perda que empobreceu tais setores da sociedade britânica.
Nesse contexto
contraditório, onde a Inglaterra enriquecia à custa da exclusão econômica de
parte da população, é que temos preparado o contexto revolucionário inglês.
Além dos problemas de caráter econômico, as contendas religiosas entre
católicos e protestantes dividiam a sociedade britânica em mais uma delicada
questão histórica.
As tensões sociais e a
situação da monarquia britânica se agravaram quando, em 1603, a dinastia
Stuart chegou ao trono inglês. Influenciados por uma forte tradição católica
e interessada em fixar bases mais sólidas ao absolutismo britânico, os
monarcas da família Stuart acabaram alimentando disputas de caráter econômico
e religioso. Dessa forma, foi dado início às disputas entre o Parlamento, de
visão liberal e composta por burgueses protestantes; e o reis da Dinastia
Stuart, que eram católicos e procuravam ampliar sua autoridade política.
O autoritarismo real
contribuiu para que diversos conflitos acabassem se desenvolvendo no interior
da Inglaterra. Não conseguindo atingir a imposição de reformas que acabassem
com os problemas religiosos e econômicos, o Parlamento buscou no apoio
popular a instauração de uma guerra civil que marcou as primeiras etapas do
processo revolucionário inglês.
Atividade:
1)
Segundo o texto, quais eram as características da economia inglesa durante a
dinastia Tudor?
2) Por
que os comerciantes se sentiam prejudicados diante das relações econômicas
existentes? E que mudanças vinham transformando a situação dos camponeses?
4)
Além das transformações econômicas a Inglaterra também passava por
instabilidade em outra questão de muita importância na época, que dividia a
sociedade britânica. Que questão era essa?
5) O
texto traz características importantes do contexto do período moderno. Leia
com atenção e extraia palavras/conceitos que já foram trabalhados em outras
atividades e que você acredita serem essenciais para compreendermos esse
período da História Moderna.
Aula do Centro de Mídias:
|
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega pode ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Tema
da Aula: A colonização espanhola na América
Objetivo
da aula: apresentar o processo de exploração e as
diferentes formas de administração colonial na América Espanhola entre os
séculos XVI e XVIII.
Habilidade: estabelecer relações entre formas
de colonizações espanhola, portuguesa e inglesa, identificando semelhanças e
diferenças.
Texto:
A Colonização Espanhola
Os espanhóis, logo após
empreenderem um sangrento processo de dominação das populações indígenas da
América, efetivaram o seu projeto colonial nas terras a oeste do Tratado de
Tordesilhas. Para isso, montaram um complexo sistema administrativo
responsável por gerir os interesses da Coroa espanhola em terras americanas.
Todo esse esforço deu-se em um curto período de tempo. Isso porque a ganância
pelos metais preciosos motivava os espanhóis.
As regiões exploradas foram
divididas em quatro grandes vice-reinados: Rio da Prata, Peru, Nova Granada e
Nova Espanha. Além dessas grandes regiões, havia outras quatro capitanias:
Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada uma delas, havia um corpo
administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados pela
Coroa. No topo da administração colonial havia um órgão dedicado somente às
questões coloniais: o Conselho Real e Supremo das Índias.
Todos os colonos que transitavam entre a
colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de Contratação, que
recolhia os impostos sob toda riqueza produzida. Além disso, o sistema de
porto único também garantia maior controle sobre as embarcações que saiam e
chegavam à Espanha e nas Américas. Os únicos portos comerciais encontravam-se
em Veracruz (México), Porto Belo (Panamá) e Cartagena (Colômbia). Todas as
embarcações que saíam dessas regiões colonias só podiam desembarcar no porto
de Cádiz, na região da Andaluzia.
Responsáveis pelo
cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os chapetones
eram todos os espanhóis que compunham a elite colonial. Logo em seguida,
estavam os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis nascidos na América e
dedicavam-se a grande agricultura e o comércio colonial. Sua esfera de poder
político era limitada à atuação junto às câmaras municipais, mais conhecidas
como cabildos.
Na base da sociedade
colonial espanhola, estavam os mestiços, índios e escravos. Os primeiros
realizavam atividades auxiliares na exploração colonial e, dependendo de sua
condição social, exerciam as mesmas tarefas que índios e escravos. Os
escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas regiões
centro-americanas. A população indígena foi responsável por grande parte da
mão de obra empregada nas colônias espanholas. Muito se diverge sobre a
relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios.
Alguns pesquisadores apontam
que a relação de trabalho na América Espanhola era escravista. Para burlar a
proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis
adotavam a mita e a encomienda. A mita consistia em um trabalho
compulsório onde parcelas das populações indígenas eram utilizadas para uma
temporada de serviços prestados. Já a encomienda funcionava como uma “troca”
onde os índios recebiam em catequese e alimentos por sua mão-de-obra.
No final do século XVIII,
com a disseminação do ideário iluminista e a crise da Coroa Espanhola (devido
às invasões napoleônicas) houve o processo de independência que daria
fim ao pacto colonial, mas não resolveria o problema das populações
economicamente subordinadas do continente americano.
Atividade:
responda às questões de acordo com o texto:
1)
Qual a principal motivação dos espanhóis para a colonização da América?
2) Por
que a ‘Casa de Contratação’ e o sistema de porto único eram muito
convenientes para os espanhóis?
3)
Nessa sociedade colonial, quem eram os chapetones e os criollos?
4)
Quem estava na base da sociedade colonial espanhola e quais suas funções?
5)
Haviam duas formas de trabalho, a mita e a encomienda. Como funcionava cada
uma delas e por que foram adotadas pelos espanhóis?
Aula do Centro de Mídias:
|
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega pode ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Tema
da Aula: A colonização portuguesa na América
Objetivo
da aula: apresentar o processo de exploração do
território e as formas de administração colonial, nas terras em que hoje é o
Brasil, pela Coroa portuguesa, entre os séculos XVI e XVIII.
Texto: A Colonização do
Brasil
A colonização portuguesa no
Brasil se efetivou a partir da exploração, povoamento, extermínio e conquista
dos povos indígenas (povoadores) e das novas terras.
Sempre que ouvimos falar da
colonização portuguesa na América, lembramos logo da colonização do
Brasil. Será que o Brasil foi realmente descoberto pelos portugueses? Ou
o processo de colonização portuguesa foi uma conquista?
A colonização
portuguesa no Brasil teve como principais características: civilizar,
exterminar, explorar, povoar, conquistar e dominar. Sabemos que os termos
civilizar, explorar, exterminar, conquistar e dominar estão diretamente
ligados às relações de poder de uma determinada civilização sobre outra, ou
seja, os portugueses submetendo ao domínio e conquista os indígenas. Já os
termos explorar, povoar remete-se à exploração e povoamento do novo
território (América).
A partir de então, já
sabemos de uma coisa, que o Brasil não foi descoberto pelos portugueses, pois
afirmando isto, estaremos negligenciando a história dos indígenas
(povoadores) que viviam há muito tempo neste território antes da chegada dos
europeus. Portanto, o processo de colonização portuguesa no Brasil teve um
caráter semelhante a outras colonizações europeias, como, por exemplo, a
espanhola: a conquista e o extermínio dos indígenas. Sendo assim, ressaltamos
que o Brasil foi conquistado e não descoberto.
A Coroa portuguesa, quando
empreendeu o financiamento das navegações marítimas portuguesas no século XV,
tinha como principal objetivo a expansão comercial e a busca de produtos para
comercializar na Europa (obtenção do lucro), mas não podemos negligenciar
outros motivos não menos importantes como a expansão do cristianismo
(Catolicismo), o caráter aventureiro das navegações, a tentativa de superar
os perigos do mar (perigos reais e imaginários) e a expansão territorial
portuguesa (territórios além-mar).
No ano de 1500, os primeiros
portugueses chegaram ao chamado “Novo Mundo” (América), e com eles o
navegador Pedro Álvares Cabral desembarcou no litoral do novo território.
Logo, os primeiros europeus tomaram posse das terras e tiveram os primeiros
contatos com os indígenas denominados pelos portugueses de “selvagens”.
Alguns historiadores chamaram o primeiro contato entre portugueses e
indígenas de “encontro de culturas”, mas percebemos com o início do processo
de colonização portuguesa um “desencontro de culturas”, começando então o
extermínio dos indígenas tanto por meio dos conflitos entre os portugueses
quanto pelas doenças trazidas pelos europeus, como a gripe e a sífilis.
Entre 1500 a 1530, os
portugueses efetivaram poucos empreendimentos no novo território conquistado,
algumas expedições chegaram, como a de 1501, chefiada por Gaspar de Lemos e a
expedição de Gonçalo Coelho de 1503, as principais realizações dessas
expedições foram: nomear algumas localidades no litoral, confirmar a
existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.
Em 1516, Dom Manuel I, rei
de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a
exploração, instalaram-se em Porto Seguro, mas rapidamente foram expulsos
pelos indígenas. Até o ano de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante
tímida, somente no ano de 1531, o monarca português Dom João III enviou
Martin Afonso de Souza ao Brasil nomeado capitão-mor da esquadra e das terras
coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a
distribuição das sesmarias (lotes de terras).
No litoral do atual estado
de São Paulo, Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros
povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de
São Paulo). No litoral paulista, o capitão-mor logo desenvolveu o plantio da
cana-de-açúcar; os portugueses tiveram o contato com a cultura da cana-de-açúcar
no período das cruzadas na Idade Média.
As primeiras experiências
portuguesas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar e o processamento do
açúcar nos engenhos aconteceram primeiramente na Ilha da Madeira (situada no
Oceano Atlântico, a 978 km a sudoeste de Lisboa, próximo ao litoral
africano). Em razão da grande procura e do alto valor agregado a este produto
na Europa, os portugueses levaram a cultura da cana-de-açúcar para o Brasil
(em virtude da grande quantidade de terras, da fácil adaptação ao clima brasileiro
e das novas técnicas de cultivo), desenvolvendo os primeiros engenhos no
litoral paulista e no litoral do nordeste (atual estado de Pernambuco), a
produção do açúcar se tornou um negócio rentável.
Para desenvolver a produção
do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava, os
primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi
utilizada a mão de obra escrava africana, o tráfico negreiro neste período se
tornou um atrativo empreendimento juntamente com os engenhos de açúcar.
(Leandro Carvalho, Mestre em História.
Texto retirado do site Brasil Escola)
Atividade: O
texto acima traz muitas informações importantes quanto ao início da formação
de nosso território, leia-o com atenção para responder às seguintes questões:
1) Segundo o texto, por que o Brasil não foi
descoberto, mas conquistado pelos portugueses?
2) Quais são os outros motivos da Coroa
portuguesa incentivar as navegações além da obtenção de lucro?
3) Por que o texto chama de “desencontro de
culturas” o primeiro contado dos europeus com os nativos da América?
4) Quais foram os primeiros empreendimentos
feitos pelos portugueses no litoral brasileiro?
5) Quais a forma de obter mão de obra para
suas realizações, utilizada pelos portugueses no Brasil colonial?
6) Você acredita que a utilização desse tipo
de mão de obra (da questão anterior) tem relação com preconceitos ainda
existentes em relação à esses grupos? Explique por quê.
Aula do Centro de Mídias sobre o tema desta
atividade:
https://www.youtube.com/watch?v=NBlERntfIpA&list=PLtYe4M7gMnkMPSCmOoK6PXUvzH0CU4Uu6&index=11&t=2014s
|
ATIVIDADES
Leitura e análise de texto..
Aula do CMSP: https://www.youtube.com/watch?v=WLjZnjbP_Y4&list=PLtYe4M7gMnkMPSCmOoK6PXUvzH0CU4Uu6&index=10&t=0s
As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos.
A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Tema da aula: A colonização
da América
Texto:
Sistema Colonial Mercantilista
Sistema colonial é o conjunto de relações de dominação e
subordinação envolvendo metrópoles e colônias durante a época moderna.
Relações mantidas entre áreas metropolitanas e áreas periféricas eram diretas
e exclusivas. Originando-se da expansão marítima
europeia, em meados do século XVI, o
sistema comercial mercantilista, estendeu-se até o século XVIII,
quando entrou em crise. A denominação mercantilista vincula esse tipo
de colonialismo à revolução
comercial.
Áreas metropolitanas era o centro do sistema colonial, as metrópoles
que disputavam e estabeleciam áreas de influência na América, na África e na Ásia. As metrópoles
asseguravam de forma exclusiva o abastecimento das colônias fornecendo produtos manufaturados e a mão-de-obra escrava sempre com preços elevados. Por outro lado
garantiam a apropriação de toda a produção colonial, sempre a preços baixos
revendendo-a por preços mais altos no mercado europeu. Além disso, gravava o
mundo colonial com tributos, que as vezes eram excessivos.
Áreas coloniais correspondiam à periferia do sistema colonial.
Porções de terra localizadas na América, África e Ásia, onde se localizavam
as colônias e feitorias. As primeiras áreas colônias, no continente
americano, operam na área de produção especializada de gêneros do mercado, já
as feitorias, típicas da África e Ásia, operavam na área de trocas de
mercadorias.
As
colônias eram focadas na produção de especiarias para o abastecimento da
metrópole, principalmente de produtos tropicais que não eram encontrados
na Europa, da mesma forma na extração de metais
preciosos.
Relações entre Metrópole e
Colônia correspondia às
duas áreas que formavam o Sistema Colonial em que existia um conjunto de
regras e relações que fora chamado de Pacto Colonial. Dentre as exigências impostas pela metrópole
sobre a colônia destacava-se o exclusivo e navegação coloniais, e o monopólio estatal de determinados produtos coloniais, no caso
do Brasil, o pau-brasil, sal, diamantes, etc.
O
exclusivo ou monopólio do comércio colonial era seu elemento essencial,
portanto, o definidor das relações metrópole-colônia.
A produção colonial tinha a função de complementar e economia
europeia, e para tal concentravam-se na produção em grande escala de alguns
gêneros agrícolas, altamente lucrativos como o açúcar, algodão ou ainda de
minérios. Isso tornava a produção colonial altamente especializada e voltada
para os interesses da metrópole.
Na
montagem de um sistema produtor na América, os recursos naturais como terra
eram abundantes. Os capitais de um modo geram, eram escassos e a mão-de-obra
era até abundante em alguns países europeus. No entanto, não havia capital
para remunerá-la, a solução foi utilizar na colonização americana formas de
trabalho compulsório como a servidão temporária,
como a mita e encomienda.
Atividade: Leia com atenção o texto, ele apresenta 5
conceitos importantes para compreender a colonização, são eles: sistema
colonial, áreas metropolitanas, áreas coloniais, relações entre metrópole e
colônia e produção colonial. Organize um resumo desses principais
conceitos, você pode fazer por tópicos ou organizá-lo da forma que achar
melhor, até mesmo com desenhos, como num infográfico, mas o importante é que
apresente as principais características desses 5 conceitos citados acima.
|
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 22/06 ATÉ 26/06
ATIVIDADES
Leitura e análise de texto e pesquisa.
Tema da aula: Sistemas Coloniais Europeus
Sabemos que uma das principais consequências das grandes navegações foi a chegada dos europeus à América, datada em 1492, por Cristóvão Colombo. Ao se dar conta da existência de um novo continente, logo foi feito o famoso Tratado de Tordesilhas, dividindo o território que seria inicialmente colonizado pelos espanhóis e portugueses.
Atividade 1: Para responder às questões da atividade, observe a seguinte imagem ou a presente no Caderno do Aluno 2, página 74:
1) Você já vivenciou alguma situação em que, por algum motivo, sentiu-se “diferente” das outras pessoas? Descreva no seu caderno quando isso ocorreu e o que você sentiu.
2) Agora tente imaginar-se no lugar de um nativo americano no momento da chegada dos colonizadores europeus. O que mais chamaria atenção? Quais dificuldades você acredita que estes povos tiveram no momento dos primeiros contatos culturais?
Atividade 2:
“Qorikancha foi um dos templos mais importantes do Império Inca. Situado na cidade de Cusco, era a residência dos imperadores, alguns sacerdotes, chefes do exército e outros membros da casta administrativa Inca. Consistia num complexo de locais sagrados, onde veneravam a lua, as estrelas, os raios, arco-íris e, principalmente, Intitayta, o “Pai Sol”. As pedras de basalto e andesito usadas no templo foram trazidas de um local a 35 quilômetros da cidade de Cusco e dispostas numa inclinação de 14 graus, utilizando uma técnica antissísmica, cujas estruturas fossem resistentes a terremotos. Já o convento de Santo Domingo de Cusco começou a ser construído por volta de 1534, aproveitando-se das estruturas dos templos Incas de Qorikancha. Estima-se que a construção em formato de cruz grega e fachada de característica barroca tenha demorado, aproximadamente, um século para ficar pronta. Por volta de 1650, acredita-se ter ocorrido um terremoto em Cusco com profundos danos ao templo católico, obrigando-o a ser reconstruído em boa parte. Trezentos anos depois, aproximadamente, um abalo sísmico ainda maior, danificou a estrutura da igreja, expondo desta vez o que restava das antigas construções de templo Inca de Qorikancha.”
(Fonte: Caderno do aluno 2, página 76)
O texto acima, faz referência a uma construção pré-colombiana, escolha um ponto turístico listado abaixo, pesquise e escreva suas principais características:
· Qorikancha (Peru)
· Machu Picchu (Peru)
· Sacsayhuaman (Peru)
· Lima (Peru)
· Praça das Armas (Peru)
· Calakmul (México)
· Teotihuacán (México)
· Chichén Itzá (México)
· Cidade do México (México).
Aula do Centro de Mídias:
|